Entrevista com o time feminino ‘Fúria’: vencedoras da WESG LATAM 2021
Uma conversa exclusiva com as campeãs brasileiras na modalidade CS:GO
A etapa final de um dos maiores campeonatos multiplataforma de eSport da América Latina foi realizada nos dias 6 e 7 de março no Rio de Janeiro. A equipe do Nerd Recomenda teve a oportunidade de conversar com as ganhadoras da equipe Fúria do CS:GO Feminino: Izaa, Gabs Gabee, Gabi, Kaah e Nandinnn. Confira a entrevista na íntegra:
Quando você começou a jogar, sofreu alguma tipo de preconceito ou foi desestimulada a parar de jogar?
(Izaa) Sim, eu já sofri muito preconceito por ser mulher e estar jogando, mas nunca liguei para esse tipo de hater; usei como gás para evoluir cada vez mais.
Cada vez mais, mulheres estão presentes no mundo dos games e não apenas observando namorado, amigo, irmão jogar, você teria alguma palavra de incentivo para as meninas que desejam ser gamers?
(Izaa) O meu conselho é começar a jogar e dar o primeiro passo. Porque no inicio é difícil, você vai sentir vontade de desistir, mas se gosta mesmo do jogo, não desista. Sempre dê o seu melhor, pois no final vai ser gratificante todo esforço.
Agora falando um pouco da partida. Qual foi o maior obstáculo/desafio nesta final?
(Izaa) Não sei se foi pelo fato de ter sido na LAN, mas não vi tantos obstáculos que as vezes vemos online. Foi tudo mais fácil de estabilizar , entende? Normalmente manter a calma, ansiedade e cabeça sob controle talvez fosse o maior desafio em grandes finais como essa, principalmente começando com 1 mapa de desvantagem como foi a Mirage, mas tudo pareceu ser mais fácil com uma muito próxima da outra, nós 6 juntos trazendo confiança uns pros outros e trazendo round a round até chegarmos na vitória.
Logo após a vitória em um mapa apertado, a Overpass iniciou com folga. Como foi não deixar a ansiedade apertar na série de rounds rápidos e deixar a MIBR aproximar no placar?
(Izaa) Entramos confiantes na overpass, pois já temos ele há bastante tempo e apenas fizemos o que sabemos fazer dentro do servidor. Os pauses também são importantes, pois não deixamos a emoção e ansiedade de ganhar tomar conta, mantendo o pé no chão.
Vocês sempre comentam sobre não deixar o favoritismo pesar e estar estudando o time adversário constantemente. Como foi estudar o MIBR, com tão pouco tempo de formação?
(Gabi) O time da MIBR tem uma base de jogadoras que já jogavam juntas em outra equipe, então, já temos uma noção do jogo delas. Nos últimos meses, tiveram bastante jogos de campeonatos e conseguimos assistir e estudar um pouco o time delas.
Uma coisa que eu percebi após as vitórias da MIBR é que houve provocação por parte delas, enquanto vocês optaram pelo silêncio para responder em jogo. Essa era realmente uma tática de vocês de não responder na internet e sim em jogo? Como vocês estavam lidando com isso?
(Gabi) Não posso dizer que é uma tática mas preferimos responder dentro do server e é normal essa provocação dentro do jogo. Estamos lidando de boa, focadas nos campeonatos que é o importante. A provocação deixa o confronto sempre mais interessante e melhor para quem tá assistindo.
Para finalizar nossa conversa. O que vocês acreditam que foi o ponto chave para garantir a vitória?
(Nandinnn) Com toda certeza a resposta dessa pergunta é : confiança. Mas não sobre Furia vs MIBR, não importava quem estava do outro lado, eu senti uma confiança absurda entre nós 6 ali no palco e nos bastidores, uma família unida mesmo, que já vem passando por altos e baixos juntos, chorando e rindo juntos e sempre se reerguendo. Ali no momento que importava, elas chamaram a responsabilidade e deram confiança umas pras outras e isso trouxe o resultado que vimos.
Entrevista elaborada por Aline Meireles e Daniel Meireles
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