Oscars 2024: Trazendo um resumo do que rolou em uma das maiores premiações do cinema
Dia do pelado de ouro mais esperado da indústria cinematográfica internacional: 96° edição do Oscar
A 96° cerimônia do Oscar 2024 aconteceu neste último domingo (10/03/24), trazendo várias apostas previsíveis e algumas surpresas, com direito a discursos políticos, além de apresentações emocionantes e convidados celebres. Resumirei “brevemente” o que aconteceu na cerimônia, ao final, trarei a lista de vencedores.
Apresentada, nesta edição, por Jimmy Kimmel, muito conhecido no meio dos talk shows, está foi a 4° vez que o apresentador fez as honras da casa, começando por uma indireta bem direta aos votantes da academia por não elegerem Greta Gerwig, diretora de Barbie, como uma das indicadas ao Oscar. A plateia riu e Kimmel fez questão de sinalizar que todos estavam rindo, mas são as mesmas pessoas a rir, que votam na academia.
A 96° edição veio com uma proposta muito emocionante, de chamar 5 ex-ganhadores de alguma edição, de certas categorias (ator/atriz principal, ator/atriz coadjuvante) para falarem, cada um, do trabalho de atuação de um dos indicados desta edição. Uma proposta que, esperamos, se repita ano que vem. Além disso, a apresentação fez questão de dedicar um espaço para agradecer aos profissionais que trabalham como dublês nos filmes.
Tivemos reencontros marcantes, como Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito, ambos atores que interpretaram vilões tendo sido mortos pelo Batman, de Michael Keaton, em diferentes filmes.
“Estamos apresentando o Oscar juntos por uma única razão: os dois tentaram matar o Batman”, brincaram os dois, “Você tem muita coragem de aparecer aqui”, disse Schwarzenegger, apontando para Keaton.
Também fomos agraciados com uma amostra do que virá se tornar a dupla do filme musical Wicked, Ariana Grande e Cynthia Erivo, que estreia no final deste ano. John Cena, roubando a “cena”, literalmente, aparecendo nu no palco, segurando apenas o envelope da categoria de Melhor Figurino, uma referência a edição de 1974, onde o fotógrafo Robert Opel invadiu a premiação nu. E, dentre vários outros, o convidado mais celebre, Messi, o cachorro estrela do filme “Anatomia de uma queda”, que estava a caráter e tinha seu próprio assento.
Obs: O cãozinho não estava, de fato, ao longo da premiação. Filmagens com ele foram feitas antes da cerimônia começar, com poucas pessoas, para não estressar nosso astro.
Entre as apresentações da noite que concorriam ao Oscar de melhor canção original, Billie Eilish, cantando “What Was I Made For?”, acompanhada de seu irmão, Finneas O’Connell, ao piano, trilha do filme Barbie; Uma impactante apresentação de Scott George e dos cantores Osage, por Wahzhazhe (A Song for My People), trilha de “Assassinos da Lua das Flores”; Becky G, acompanhada por um coro de crianças, cantando “The Fire Inside”, de “Flamin’ Hot”; Jon Batiste, emocionando a todos com “It Never Went Away”, de seu documentário “American Symphony”, que traz os desafios da luta de sua esposa contra a leucemia; e Ryan Gosling, nosso Ken, trazendo toda a atmosfera de “I’m just Ken”, também do filme Barbie, levantando a plateia e com direito a participação especial do guitarrista Slash.
Tivemos até uma pequena gafe perto do final, que já é de praxe do evento. Al Pacino, grande nome, convidado para fazer a leitura do envelope da categoria mais importante da noite, de Melhor Filme, esqueceu de citar quais eram os indicados da categoria e só leu direto o nome do ganhador, Oppenheimer. O pobre do cameraman saiu correndo pelo Dolby Theatre para filmar a reação do diretor Christopher Nolan e sua esposa.
O final do Oscar também trouxe Jimmy Kimmel, lendo uma crítica publicada no Twitter sobre sua apresentação, de ninguém menos que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas Kimmel não deixou barato, comentando achar estranho o horário da postagem: “Já não passou da sua hora da prisão?”, questionou o apresentador.
Oppenheimer foi um dos maiores ganhadores da noite, levando 7 estatuetas, seguido por Pobres Criaturas, com 4 pelados de ouro. Destaques para: os discursos de Emma Stone, visivelmente surpresa com o Oscar de Melhor Atriz; a felicidade radiante dos criadores de “Godzilla – Minus One”, que levaram até bonecos do famoso monstro, assim como combinaram os sapatos que trazia referência ao Godzilla; Robert Downey Jr, agradecendo, entre outros, até o seu advogado, pelo prêmio de melhor ator coadjuvante; e o discurso sério de Mstyslav Chernov, responsável por “20 Days in Mariupol”, que ganhou como melhor documentário (primeiro Oscar da Ucrânia), pontuando que preferia não ganhar o prêmio:
“Provavelmente serei o primeiro diretor neste palco a dizer que gostaria de nunca ter feito este filme”, disse ele. “Gostaria de poder trocar isto com a Rússia nunca atacando a Ucrânia, nunca ocupando as nossas cidades… mas não posso mudar a história. Não posso mudar o passado.”
Por sinal, diversos artistas como Billie Eilish, Mark Ruffalo e Ramy Youssef, entre outros, usaram pins vermelhos nas roupas, como símbolo do movimento lançado pelo Artists4Ceasefire, grupo de integrantes da indústria do entretenimento que escreveu uma carta aberta a Joe Biden para exigir um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
E antes de partimos para o que mais lhes interessa, como consumidora, preciso reclamar da lastimável cobertura deste ano da cerimônia, pela TNT/Max. Já não é desse ano que a cobertura deixa a desejar, mas desta vez tivemos diversas falhas no sinal, cortes da transmissão na hora errada para as apresentadoras fazerem comentários irrelevantes, o que fazia com que quem assistisse ficasse preso nelas e não conseguisse acompanhar na íntegra tudo que rolava. Além do fato de não trazerem convidados que realmente agregassem nas discussões sobre as premiações.
Confira a lista de indicados e os vencedores de cada categoria:
MELHOR FILME
- “American Fiction”
- “Anatomia de uma Queda”
- “Barbie”
- “Os Rejeitados”
- “Assassinos da Lua das Flores”
- “Maestro”
- “Oppenheimer” – VENCEDOR
- “Vidas Passadas”
- “Pobres Criaturas”
- “Zona de Interesse”
MELHOR DIREÇÃO
- Justine Triet – “Anatomia de uma Queda”
- Martin Scorsese – “Assassinos da Lua das Flores”
- Christopher Nolan – “Oppenheimer” – VENCEDOR
- Yorgos Lanthimos – “Pobres Criaturas”
- Jonathan Glazer – “Zona de Interesse”
MELHOR ATRIZ
- Annette Bening – “NYAD”
- Lily Gladstone – “Assassinos da Lua das Flores”
- Sandra Hüller – “Anatomia de uma Queda”
- Carey Mulligan – “Maestro”
- Emma Stone – “Pobres Criaturas” – VENCEDORA
MELHOR ATOR
- Bradley Cooper – “Maestro”
- Colman Domingo – “Rustin”
- Paul Giamatti – “Os Rejeitados”
- Cillian Murphy – “Oppenheimer” – VENCEDOR
- Jeffrey Wright – “American Fiction”
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Emily Blunt – “Oppenheimer”
- Danielle Brooks – “A Cor Púrpura”
- America Ferrera – “Barbie”
- Jodie Foster – “NYAD”
- Da’Vine Joy Randolph – “Os Rejeitados” – VENCEDORA
MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Sterling K. Brown – “American Fiction”
- Robert De Niro – “Assassinos da Lua das Flores”
- Robert Downey Jr. – “Oppenheimer” – VENCEDOR
- Mark Ruffalo – “Pobres Criaturas”
- Ryan Gosling – “Barbie”
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- “Anatomia de uma Queda” – VENCEDORA
- “Os Rejeitados”
- “Maestro”
- “Segredos de um Escândalo”
- “Vidas Passadas”
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- “American Fiction” – VENCEDOR
- “Barbie”
- “Oppenheimer”
- “Pobres Criaturas”
- “Zona de Interesse”
MELHOR ANIMAÇÃO
- “O Menino e a Garça” – VENCEDOR
- “Elementos”
- “Nimona”
- “Meu Amigo Robô”
- “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”
MELHOR FILME INTERNACIONAL
- “Io Capitano” (Itália)
- “Perfect Days” (Japão)
- “A Sociedade da Neve” (Espanha)
- “The Teacher’s Lounge” (Alemanha)
- “Zona de Interesse” (Reino Unido) – VENCEDOR
MELHOR DOCUMENTÁRIO
- “Bobi Wine: The People’s President”
- “The Eternal Memory”
- “Four Daughters”
- “To Kill a Tiger”
- “20 Days in Mariupol” – VENCEDOR
MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA-METRAGEM
- “The ABCs of Book Banning”
- “The Barber of Little Rock”
- “Island in Between”
- “The Last Repair Shop” – VENCEDOR
- “Nai Nai & Wai Po”
MELHOR CURTA-METRAGEM
- “The After”
- “Invencível”
- “Knight of Fortune”
- “Red, White and Blue”
- “A Incrível História de Henry Sugar” – VENCEDOR
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
- “Letter to a Pig”
- “Ninety-five Senses”
- “Our Uniform”
- “Pachyderme”
- “WAR IS OVER! Inspired by the Music of John and Yoko” – VENCEDOR
MELHOR TRILHA SONORA
- “American Fiction”
- “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”
- “Assassinos da Lua das Flores”
- “Oppenheimer” – VENCEDOR
- “Pobres Criaturas”
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
- “The Fire Inside” – “Flamin’ Hot”
- “I’m Just Ken” – “Barbie”
- “It Never Went Away” – “American Symphony”
- “Wahzhazhe (A Song for My People)” – “Assassinos da Lua das Flores”
- “What Was I Made For?” – “Barbie” – VENCEDORA
MELHOR SOM
- “Resistência”
- “Maestro”
- “Missão: Impossível – Acerto de Contas”
- “Oppenheimer”
- “A Zona de Interesse” – VENCEDOR
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
- “Barbie”
- “Assassinos da Lua das Flores”
- “Napoleão”
- “Oppenheimer”
- “Pobres Criaturas” – VENCEDOR
MELHOR FOTOGRAFIA
- “El Conde”
- “Assassinos da Lua das Flores”
- “Maestro”
- “Oppenheimer” VENCEDOR
- “Pobres Criaturas”
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
- “Golda”
- “Maestro”
- “Oppenheimer”
- “Barbie”
- “Sociedade da Neve”
- “Pobres Criaturas” – VENCEDOR
MELHOR FIGURINO
- Jacqueline Durran – “Barbie”
- Jacqueline West – “Assassinos da Lua das Flores”
- Janty Yates – “Napoleão”
- Ellen Mirojnick – “Oppenheimer”
- Holly Waddington – “Pobres Criaturas” – VENCEDORA
MELHOR EDIÇÃO
- “Anatomia de uma Queda”
- “Os Rejeitados”
- “Assassinos da Lua das Flores”
- “Oppenheimer” – VENCEDOR
- “Pobres Criaturas”
MELHORES EFEITOS VISUAIS
- “Resistência’
- “Godzilla Minus One” – VENCEDO
- “Guardiões da Galáxia Vol. 3”
- “Missão: Impossível – Acerto de Contas”
- “Napoleão”
MELHOR MONTAGEM
- Laurent Sénéchal, por Anatomia de uma Queda
- Kevin Tent, por Os Rejeitados
- Thelma Schoonmaker, por Assassinos da Lua das Flores
- Jennifer Lame, por Oppenheimer – VENCEDOR
- Yorgos Mavropsaridis, por Pobres Criaturas
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