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Por: Ana Paula Castro 03/08/2023
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“Bob Esponja, o musical” chega em São Paulo com um espetáculo sobre inclusão, amizade e comunidade

A peça estreou em 28 de julho no teatro Sérgio Cardoso e fica em cartaz até 17 de setembro

Recém chegado em São Paulo, no dia 28 de julho, o espetáculo “Bob Esponja, o musical” já é um sucesso e existem vários motivos para isso. Produzido pela Touché Entretenimento, a versão brasileira do espetáculo da Broadway traz os personagens marcantes que já conhecemos em uma nova história, independente da animação, discutindo temas como diversidade, inclusão e aceitação de forma lúdica e divertida.

A peça teve sua primeira temporada no Rio de Janeiro, com idealização e produção de Renata Borges e direção de Gustavo Barchilon. Agora, ela chega em São Paulo no Teatro Sérgio Cardoso, sem perder a grandiosidade nem a magia do que foi apresentado no Rio, mantendo o mesmo nível de qualidade. As sessões vão até 17 de setembro, nas quintas-feiras às 20h30, sextas-feiras às 15h e 20h30, sábados às 15h e 20h30 e nos domingos às 16h.

Bob Esponja é um dos personagens mais aclamados do mundo das animações e é um desafio trazer toda a magia do desenho para os palcos. Por isso, mesmo sendo baseado no desenho da Nickelodeon, a história segue um caminho diferente do que os fãs da animação estão acostumados. Nela, um vulcão ameaça destruir a Fenda do Biquíni e a população precisa se unir e superar as adversidades para que consiga salvar sua casa.

Bob Esponja, o musical

Com um enredo que tem uma forte relação com o mundo real, o musical tem um texto acessível para todas as idades. Segundo Davi Sá, que interpreta o tão querido Patrick Estrela, as crianças vão entender o espetáculo de uma forma e os adultos de outra, o que também é um paralelo com o desenho, cheio de piadas de duplo sentido que são absorvidas de formas diferentes por adultos e crianças.

“O espetáculo é uma história sobre comunidade. Eu acho que isso é o que mais me tocou nesse texto. É uma história de um grupo de pessoas, da Fenda do Biquíni, que tenta salvar o lugar. Então é uma história de união, de amizade.”, conta Davi.

A versão original do musical, de 2016, apresentada na Broadway, já falava de pluralidade e diversidade antes da polarização política que o mundo vive hoje tão intensamente. Nesse sentido, as mensagens para os adultos que forem prestigiar a peça não passam despercebidas, como a associação da personagem Sandy com uma imigrante, como explica Renata Borges: “A Sandy é do Texas, ela tem pulmões, ela não é da Fenda do Biquíni.”

A produtora ainda fez um paralelo com a forma como muitos países lidam politicamente com a questão da imigração. “Quando se tem uma crise, a reação é fechar as fronteiras, barrar todo mundo e deixar imigrantes morrerem porque não podem entrar no território. Então o espetáculo traz essa mensagem de humanidade, que eu acho que está esquecida.”

Bob Esponja, o musical

Sandy é também um ótimo exemplo da diversidade e inclusão que a peça traz tanto na dramaturgia quanto no elenco. “Quando fiquei sabendo que eu ia ser a Sandy e fui estudar o espetáculo em si eu fiquei muito emocionada, porque ela é uma personagem de muito empoderamento e ela faz um carinho muito grande na minha criança interior, que é poder ver uma mulher preta no palco, fazendo uma personagem que, de certa forma, sem dar spoiler, é uma heroína. Então isso me emocionou muito, poder ser esse símbolo de representatividade para crianças, que eu não tive.”, relata Analu Pimenta, intérprete da personagem.

Mas Sandy não é a única que traz toda essa pluralidade. O próprio elenco é diverso em raças, tamanhos e histórias, tendo desde atores como Ruben Gabira (Lula Molusco), que completa 40 anos de carreira, Mateus Ribeiro (Bob Esponja), que já participou de produções como “Chaves – Um tributo musical”, “Peter Pan – O musical da Broadway” e “Sweeney Todd”, e até o próprio Davi Sá (Patrick Estrela), que fez sua estreia nos palcos em “Bob Esponja, o musical”.

Além de tudo isso, finalmente não temos um único personagem gordo em cena. Não apenas o Patrick, cujo desenho já foi inspirado em pessoas de corpos maiores, mas também o Sr. Sirigueijo (Naice) e sua filha Pérola (Suzana Santana) trazem a representatividade gorda para o palco de “Bob Esponja, o musical“. “É muito legal a gente ver pessoas na plateia se vendo na gente. E isso é muito especial principalmente com crianças, é um trunfo do espetáculo que é imensurável.”, celebra Naice.

Bob Esponja, o musical

Um elenco diverso com uma história que trata de inclusão e união. O diferencial de Bob Esponja é também o que torna ele tão especial para todos os públicos. E todos os públicos mesmo. Haverá sessões gratuitas para as ONGs que se inscreveram e sessões com preços populares, pensando em um público menos privilegiado. A acessibilidade também foi pensada para as sessões com Libras e audiodescrição, além da preparação do ambiente para receber pessoas autistas e com síndrome de Asperger, com iluminação adequada e um design de som mais baixo.

Como bem disse a produtora Renata Borges, “é um espetáculo para todos. Acho que todos nós temos direito de estar numa sala de teatro e ter a possibilidade de assistir um espetáculo da Broadway.”

E a grandiosidade da versão brasileira de “Bob Esponja, o musical” está em tudo, cenografia, música, coreografia, figurino, iluminação, elenco e produção. Toda essa equipe montou o espetáculo em apenas um mês e o resultado vale muito a pena ser conferido. A união do enredo também está nos bastidores, como explicou Mateus Ribeiro, que interpreta o protagonista, “quando a gente se uniu, estava todo mundo em prol de levantar esse espetáculo, mais do que tudo, queríamos honrar tudo isso, porque ele fala sobre representatividade, são pessoas excluídas que se juntam para salvar o mundo. E são pessoas completamente diferentes.”

Bob Esponja, o musical” fica em cartaz até 17 de setembro no Teatro Sérgio Cardoso.

Ficha Técnica

Direção: Gustavo Barchilon

Direção musical: Laura Visconti 

Versão brasileira: Anna Toledo

Assistente de direção: Lucas Pimenta

Figurinos: Fabio Namatame 

Desenho de luz: Maneco Quinderé 

Coreografia: Alonso Barros 

Cenografia: Natália Lana 

Visagismo: Feliciano Sanroman 

Desenho de som: Gabriel D´angelo

Assistente design de luz: Russinho

Produtora de elenco: Giselle Lima

Direção de arte: Luiz Pimenta e Eduardo Juffer

Direção de produção: Roberta Juricic e Alex Felippe

Coordenação de produção: André Gress

Produção geral: Renata Borges

SERVIÇO BOB ESPONJA, O MUSICAL

Estreia: 28 de julho

Temporada:: De 28 de julho a 17 de setembro | Quinta-feira às 20h30; sexta-feira às 15h e 20h30, sábados às 15h e 20h30 e domingos, às 16h

Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Licia –  Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista

Duração:  2h30min (com intervalo de 15min)

Classificação etária: Livre

Ingressos:

Sessão das sextas, às 15h R$150 (inteira) R$75 (meia-entrada)

Sessões de quinta a domingo, às 20h30 e sábado, às 15h

Balcão R$150 (inteira) R$75 (meia-entrada)

Plateia Lateral R$180 (inteira) R$90 (meia-entrada)

Plateia Central R$210 (inteira) R$105 (meia-entrada)

Plateia Vip R$280 (inteira) R$140 (meia-entrada)

Promoção aberta ao público, disponível no site e na bilheteria do Teatro Sérgio Cardoso: Na compra de 4 ingressos com o valor cheio, ganhe 30% de desconto.

Vendas: site Sympla.

bob esponja teatro teatro musical Teatro Sergio Cardoso
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Comentários
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    "Bob Esponja – Burguer & Restaurante" abre ao público em 20 de abril, em São Paulo - [2024]

    […] já se vê do lado de fora. Trazendo as cores vibrantes do universo da Fenda do Biquini e um Bob Esponja gigante recepcionando seus convidados, a bela e divertida fachada emoldura a entrada do complexo […]

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