Cavaleiro da Lua- O que esperar da série do avatar de Khonshu
O Nerd Recomenda pode conferir em primeira mão dois episódios dos seis de Cavaleiro da Lua, próxima série da Marvel no Disney+
Desde que a série do Cavaleiro da Lua foi anunciada os poucos fãs que conheciam o avatar de Khonshu ficaram surpresos e curiosos para saber como um personagem tão violento quanto Marc Spector e suas personalidades se encaixariam no universo PG 12 da Marvel, afinal, tirar a loucura e a sanguinolência do Cavaleiro da Lua tiraria grande parte do que faz o personagem ser quem ele é.
Conforme os trailers e imagens da série começaram à alcançar o público, logo deu pra ver que a produção tinha um tom sombrio e violento, diferente do que a Marvel costuma apresentar, tanto nos filmes quantos nas séries, a primeira impressão foi muito boa.
Agora, Cavaleiro da Lua finalmente está entre nós, e o que dá para dizer é que o resultado é instigador, para dizer o mínimo, mas não muito diferente das outras produções Marvel.
O jeito como a ação acontece na série é ditada pela visão caótica de Steven Grant, uma das personalidades do Cavaleiro da Lua, e toda essa narrativa ajuda a criar uma confusão no espectador, que fica quase que completamente sem entender nada do que está acontecendo, e isso é uma coisa muito boa, pois assim como foi feito em Wandavision, uma das maiores qualidades da série aliás, é esta forma de transmitir a loucura do personagem ao espectador, vale dizer que Oscar Isaac faz um trabalho brilhante no papel, retendo a atenção e instigando-o a querer descobrir mais.
O primeiro episódio se concentra principalmente em apresentar as complexidades mentais do Cavaleiro, ação mesmo só no finalzinho, e dá para ver que Jeremy Slater e Mohamed Diab, o primeiro diretor egípcio a dirigir uma produção do estúdio, se esforçaram para arriscar novos tentos na produção. A cena onde o deus Khonshu aparece pela primeira vez para Steven Grant, em um corredor por exemplo, é assustadora, uma vez que Khonshu é um ser imenso com um crânio de águia como rosto.
Ainda falando de Khonshu, o personagem tem toda uma imponência em suas cenas, e sua relação com Marc e quase parecida com o Motoqueiro Fantasma e Mephisto, transmitindo um sentimento de obrigação/maldição entre o deus e seu avatar. Toda as vezes em que Khonshu aparece é para reafirmar a sua autoridade perante Marc.
A ação no começo se concentra principalmente nessa fluidez entre a personalidade pacífica e boba de Steven Grant e a violenta e séria de Marc Spector.
À medida que a história avança e novos elementos são apresentados, aquele tom de mistério do começo vai se dissipando, e é quando a ação começa a aparecer, bem ao estilo história em quadrinhos mesmo, batalhas estas cheias de CGIs bem ao estilo “no way home”, com pouca profundidade onde o Cavaleiro da Lua e os vilões mais parecem bonecos de massinha do “tio Kevin”, mas nada que atrapalhe muito a história que está sendo contada ali.
Falando dos vilões, as motivações do personagem de Ethan Hawke têm um dilema ético que vale a discussão, um dilema bem conhecido dos leitores da Marvel aliás, suas intenções são claras, já as de Khonshu nem tanto. Fica implícito entre o deus e seu avatar que Marc tem que pagar uma dívida, mas o que ele precisa fazer para sanar esse débito não é revelado logo de cara, o que traz um tom bem cinzento acerca das reais intenções de Khonshu na história.
No final do segundo episódio é onde a série engrena de fato, e onde essa história vai nos levar, resta apenas esperar para ver.
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