Elden Ring – a mistura perfeita entre RPG e souls like
Elden Ring está entre nós e é uns dos melhores jogos já feitos
Um dos mais aguardados games nesses últimos anos com certeza é Elden Ring, que chegou para as plataformas ps4, ps5, Xbox séries e PC no dia 25 de fevereiro. Anunciado em 2019, na E3, Elden Ring gerou expectativa por ser o mais novo jogo da From Software, em conjunto com R.R Martin, criador de Games of Thrones.
A From Software criou um novo gênero de games, o famoso Souls Like, no qual a dificuldade e desafio são suas marcas registradas, e junto com isso, vem um sentimento recompensador ao superá-las. Em 2009, com Demons Souls, a empresa trouxe pela primeira vez o Souls like, e reforçou sua fórmula com Dark Souls, um sucesso de críticas e de vendas. Desde então, a empresa vem fazendo jogos desafiadores, cheio de obstáculos e adversidades cuja principal característica são a estratégia e a habilidade requeridas para avançar no game.
Elden Ring tem todas as características de um Souls like, mas inova ao trazer um mundo aberto totalmente explorável, onde cada pedaço do mapa guarda uma surpresa, além de um RPG complexo, com diversas classes de personagens, atributos para se evoluir, itens para crafting entre outros elementos.
Elden Ring está sendo minha primeira experiência com um game da From Software, e ao longo das 20 horas jogadas, percebo o porquê dessa fórmula souls fazer tanto sucesso. Elden Ring oferece um desafio para o jogador, e para progredir, será obrigado a entender seu inimigo e criar uma estratégia para derrotá-lo, e é isso o faz sucesso da From Software. Pensar e planejar um plano para seguir em frente em Elden Ring é extremamente satisfatório, e surge uma recompensa quando se vence um chefão.
Em Elden Ring, estamos em um mundo repleto de revezes, lugares para se visitar e explorar, e mesmo após várias horas jogadas é fácil perceber que você mal saiu da área principal do mapa, que exploramos com o cavalo Torrente, passando por chuva, sol, neve deserto, floresta, cavernas e calabouços repletos de segredos.
Como R.R Martin colocou seu dedo criativo no game, temos citações a sua obra, Games of Thrones, além de uma clara inspiração em Senhor dos Anéis para idealizar o universo de Elden Ring, começando pelo nome Terras Intermedias, uma nítida menção às Terras Médias, dos livros do J.R.R Tolkien.
Impossível não lembrar dos jogos do playstation 2, ICO e Shadow of the Colossus, principais referências de Hidetaka Miyazaki (criador da série Souls e presidente da From Software). Cavalgar pelo mapa tão vasto, em busca de inimigos colossais, faz de Elden Ring um Shadow of the Colossus mais robusto e encorpado.
Os chefes são enormes e intimidadores, dos mais variados tipos: temos gigantes de pedra, dragões, lobisomem, cavaleiros, magos, criaturas humanoides, bichos e animais selvagens, isso só para mencionar alguns.
As mecânicas de gameplay continuam parecidas com Bloodboune e Sekiro, os dois games anteriores da empresa, mas temos alguns acréscimos, muito bem vindos, que complementam o sistema de jogo. Com R1 defendemos, R2 dá o Perry (defesa e contra-ataque) e O (bolinha) faz o rolamento.
As novidades estão no botão R3, onde o personagem entra em modo stealth (furtivo), que permite combate silencioso e o pulo com botão X, usado para esquivar e escalar no mapa. Uma gameplay fluida, e mecânicas que vão levar o máximo aprendizado até dominá-las por completo, faz da jogabilidade um ponto forte em Elden Ring.
Como um bom RPG, sua progressão depende da evolução de personagem, subir de níveis e fazer upgrade de armas e itens, com possibilidades quase infinitas. Atributos são fundamentais para melhorar o seu personagem.
Temos aqui 10 classes de para seu avatar: herói, vagabundo, guerreiro, astrólogo, profeta, miserável, samurai, prisioneiro, confessor e bandido, cada um com sua particularidade, prós e contras.
Outra impressionante característica em Elden Ring é sua otimização gráfica. Estou jogando o game no PS4 base, um hardware de 2013, e é quase um milagre ver como Elden Ring está muito bem otimizado para o console e como um videogame com 9 anos rodando um jogo atual.
Gráficos são lindos, texturas impecáveis, que só acrescentam no mapa, dando vida ou trazendo a morte para os lugares. Não tive problemas até agora com renderização do game, mostrando o excelente trabalho da From Software.
A grande frustração em Elden Ring é a história, afinal chamaram R.R Martin para criá-la, porém ela decepciona. Aqui, o plot se passa na chamada Terra Intermédia. O grande Lorde do Anel Prístino caiu, dividindo esse anel em pedaços e trazendo o caos para a Terra.
Cabe a você recuperar os pedaços do Anel Prístino e se tornar o novo Lorde da Terra Intermédia, e para alcançar seu objetivo, vamos enfrentar poderosos Lordes e Chefes, em busca de poder. Esse enredo é meio jogado e se perde durante o jogo, apenas como um pano de fundo para seu personagem entrar nessa jornada. Não temos profundidade no enredo, e talvez a principal contribuição de R.R Martin seja no desenvolvimento da mitologia em Elden Ring, idealizando seus mapas, inimigos, chefes, desafios.
Elden Ring é uma obra incrível dentro dos games, e com a mistura de mundo aberto na fórmula Souls Like, promete elevar o patamar do gênero e da própria From Software, que demonstrou competência e um excepcional trabalho no game. Divertido, desafiador, fluido e recompensador, Elden Ring vai marcar essa nova geração de consoles e encerrar o ciclo da antiga.
Texto por Rafael Bittencourt
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