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Por: Redação Nerd Recomenda 11/02/2021
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Ex-detentas estrelam filme no Dia Internacional da Mulher

Filme “Flores do Cárcere”, sobre as ex-detentas da cadeia de Santos (SP), ganha lançamento digital no Dia Internacional da Mulher

O filme “Flores do Cárcere”, dirigido por Barbara Cunha e Paulo Caldas, sobre as ex-detentas da Cadeia Pública Feminina de Santos (SP), ganha lançamento digital no próximo dia 8 de março, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher. O documentário, lançado com apoio da Spcine e contemplado com o edital de distribuição em 2019, terá estreia exclusiva no NOW. “Estamos felizes e orgulhosos com a parceria com a Spcine, cujo edital nos dá condições de fazermos um lançamento digital histórico deste filme tão importante”, afirma Igor Kupstas, diretor da O2 Play, distribuidora do filme.

Preconceito e desafios: “Flores do Cárcere” conta como as mulheres retratadas no filme reconstruíram a vida após deixarem a cadeia / Crédito: Barbara Cunha


Já no dia 18 de março, “Flores do Cárcere” chegará também às demais plataformas digitais (Vivo, iTunes, Google Play, Youtube Filmes e Looke).
Em um país onde mais de 42 mil mulheres estão encarceradas, o documentário aborda o tema com histórias reais que retratam e denunciam o cenário desolador do sistema carcerário. Narrado pelas próprias egressas, “Flores do Cárcere” mostra os motivos que as levaram ao encarceramento e ainda, em um segundo momento, como foi a vida após o cumprimento de suas penas, e os preconceitos e dificuldades ao tentarem se reinserir socialmente. “O Dia Internacional da Mulher é uma data em prol da igualdade e emancipação das mulheres. É emblemático lançarmos o filme nesta data. O encarceramento feminino representa um produto de dois fatores de opressão: o patriarcado e o cárcere, onde a brutalidade que essas mulheres vivenciaram lá dentro é apenas reflexo da violência que existe nas demais esferas sociais aqui fora. O filme Flores do Cárcere não pretende criticar um sistema carcerário notoriamente problemático, mas propõe um olhar para a mulher com respeito e empatia”, avalia a diretora Barbara Cunha.

“Flores do Cárcere” estreia dia 8 de março no NOW / Crédito: Barbara Cunha

Livro inspirou filme
Com depoimentos e cenas reais de arquivos gravados durante um trabalho social realizado por Flavia Ribeiro de Castro na cadeia de Santos em 2005, o filme é inspirado no livro homônimo “Flores do Cárcere” lançado em 2011 por Flavia, e que conta parte de sua experiência durante esse trabalho. “O filme é uma oportunidade única de jogar luz e emoção em um assunto muito importante e ainda desconhecido: as causas e as consequências do encarceramento de mulheres”, comenta a autora.

Na época das filmagens, a equipe conseguiu autorização para que pudesse realizar as entrevistas dentro da Cadeia Pública Feminina de Santos, desativada para reformas. Doze anos depois, Ana Pérola, Charlene, Dani, Mel, Rosa e Xakila retornaram aos espaços que antes dividiam com centenas de outras detentas. A emoção das mulheres, protagonistas de “Flores do Cárcere”, conduz o público para dentro da vida de cada uma das personagens.

O documentário é uma produção da Academia de Filmes e Monalisa Produtores Associados. “Não é a primeira vez em minha trajetória profissional que adentro presídio e cadeias, mas foi chocante perceber as diferenças de dois sistemas prisionais (feminino e masculino). Conhecer a realidade dessas mulheres foi transformador na minha própria evolução enquanto sujeito. Propomos no filme que, ao invés de estigmatizar e desumanizar essas mulheres, olhemos para suas trajetórias, nos responsabilizando por desigualdades históricas. Só assim poderemos transformar a sociedade, sendo indubitavelmente justos e igualmente livres”, comenta o diretor Paulo Caldas.

“Flores do Cárcere” foi exibido em 2019 na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio. Já em 2020 passou pelo Festival de Cinema Brasileiro de Paris, Los Angeles Brazilian Film Festival, FESTin Lisboa (onde recebeu menção honrosa) e pelo Festival de Trancoso.

Sinopse
Ana Pérola, Charlene, Dani, Mel, Rosa e Xakila são egressas da Cadeia Pública Feminina de Santos. Doze anos depois, retornam ao espaço prisional, hoje abandonado, revisitando a antiga experiência e refletindo sobre o encarceramento feminino, as questões relativas à autoestima e à reinserção na sociedade.

Ficha Técnica
Produção Academia de Filmes e Monalisa Produtores Associados
Direção e Roteiro Barbara Cunha e Paulo Caldas
Produtores Paulo Schmidt, Patrick Goffaux
Direção de Fotografia Renato Stockler
Som Direto Jeymes Cabala
Trilha Sonora Mateus Alves
Desenho de Som e Mixagem Nicolau Domingues
Montagem Heloisa Kato, Vânia Debs
Cor Julia Bisilliat
Finalização Thais Barcelos
Distribuição O2 Play

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