Por: Caroline Dias 06/05/2020

Mulheres por trás das câmeras fazem o sucesso de muitas produções da HBO

RUN, nova série da HBO, soma-se à lista de títulos liderados por grandes diretoras, produtoras e roteiristas

Com assinatura de Vicky Jones e Phoebe Waller-Bridge, o novo thriller romântico RUN chegou à HBO e à HBO GO no dia 12 de abril. A estreia gerou grande expectativa sobre como se desenvolverá a série dessa importante dupla de criação. Jones e Waller-Bridge fundaram a DryWrite Theatre Company e fizeram juntas vários títulos de sucesso como “Fleabag” e “Killing Eve”.

RUN é apenas uma das produções da HBO com mulheres talentosas e criativas por trás das câmeras. Confira abaixo algumas das séries da plataforma lideradas por grandes diretoras, produtoras e roteiristas.

Acompanhe o trailer de RUN – Nova série HBO:

WATCHMEN – NICOLE KASSEL, PRODUTORA EXECUTIVA E DIRETORA

Ganhadora do Directors Guild of America por seu trabalho em WATCHMEN, Nicole Kassel colaborou anteriormente em séries da HBO como VINYL e THE LEFTOVERS. Ela dirigiu os dois primeiros episódios de WATCHMEN e foi a responsável pela construção de um episódio fundamental da história: o massacre de Tulsa. Kassel trabalhou lado a lado com o criador Damon Lindelof e deu uma especial atenção aos detalhes para contar esse fato histórico com veracidade, estimulando debates importantes fora das telas.

BIG LITTLE LIES – NICOLE KIDMAN E REESE WITHERSPOON, PRODUTORAS EXECUTIVAS E ATRIZES

Esta série ganhadora do Emmy® e do Globo de Ouro®, protagonizada por Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Laura Dern e Zoe Kravitz, promoveu uma profunda discussão sobre o assédio e a violência doméstica. Kidman e Witherspoon, que também são produtoras executivas do projeto, assumiram um compromisso que foi além da ficção. Nos últimos anos, as duas participaram ativamente de iniciativas da ONU Mulheres em diversas partes do mundo.

GIRLS – LENA DUNHAM, CRIADORA E ATRIZ

Com GIRLS, Lena Dunham, criadora e protagonista da série original da HBO, contribuiu com uma visão nova sobre as experiências das jovens na contemporaneidade. Ela levou à tela uma construção da mulher mais real e não-idealizada, explorando as relações de um grupo de amigas com o trabalho, o amor, a amizade, a sexualidade e o próprio corpo.

SHARP OBJECTS – GILLIAN FLYNN, AUTORA, ROTEIRISTA E PRODUTORA EXECUTIVA

A autora do romance Objetos Cortantes, Gillian Flynn recriou nas telas da HBO a personagem Camille Preaker 12 anos após a publicação do livro. Preaker (interpretada por Amy Adams), uma repórter do jornal St. Louis Chronicle, é enviada à sua cidade natal para cobrir a história de duas meninas desaparecidas. Por trás desta trama policial, SHARP OBJECTS apresenta uma história familiar traumática, expondo a complexidade do relacionamento entre mães, filhas e irmãs.

LISA JOY – COCRIADORA, PRODUTORA EXECUTIVA, DIRETORA E ROTEIRISTA DE WESTWORLD

Lisa Joy é uma das mentes criativas do complexo mundo de WESTWORLD, junto de seu marido Jonathan Nolan. Na série, ela conduz o público por um caminho que começa, na primeira temporada, provocando a reflexão sobre o desenvolvimento da consciência artificial e os limites da tecnologia. Depois vai além, avançando em direção à verdadeira origem das nossas decisões como seres humanos e à nossa restrita liberdade de ação em uma sociedade dominada pelos dados.

VERA EGITO – CRIADORA E DIRETORA GERAL DE TODXS NÓS

A escritora e diretora brasileira Vera Egito se propôs a contar uma história de diversidade. Na trama de TODXS NÓS, que estreou no dia 22 de março na HBO, três amigos moram juntos em São Paulo. Um dos personagens é não binarie, e a série mostra a realidade e as complexidades cotidianas desse universo. Vera sabia que para desenvolver a história tinha que contar com uma equipe diversa, tanto na frente quanto atrás das câmeras, integrada por pessoas jovens e com uma vivência similar à trama para dar realismo ao roteiro e às vivências do coletivo LGBTQIA+. Isso também lhe permitiu falar com recursos da comédia sobre assuntos importantes como a compreensão, a inclusão, a aceitação e o uso da linguagem neutra.