O sexto episódio de “Obi-Wan Kenobi” chegou ao Disney+ na última semana, concluindo a história do velho mestre Jedi durante seus anos vivendo no deserto de Tattoine, entre os filmes “A Vingança dos Sith” e “Uma Nova Esperança”

Uma produção solo sobre o mestre Jedi Obi-Wan Kenobi , já era especulada, e desejada, entre os fãs de Star Wars havia muito tempo, principalmente retratando os “causos” do antigo mestre Jedi durante seus anos de exílio nas areias de Tattoine. 

Com o espaço de tempo existente entre os episódios III e IV, seria um grande desperdício não usar um personagem com tanto potencial como Obi-Wan, principalmente quando até o figurante de luxo Boba Fett já teve uma série para te chamar de sua. 

Em “Obi-Wan Kenobi” vemos o ex-Jedi muito parecido com as suas histórias do universo Legends, abatido, cansado, recluso e ainda atormentado com a culpa do que teve que fazer com seu antigo padawan, Anakin Skywalker. Porém, diferente da linha Legends, a série se importa tanto com expandir possíveis ligações entre outras histórias do universo Star Wars, elevando o lore da saga e abrindo portas para futuros personagens, quanto em contar como Obi-Wan Kenobi de Ewan McGregor deixou de ser um lendário Jedi para se tornar o velho Ben Kenobi de Alec Guiness. 

Star Wars tem um poder muito forte quando se trata de emocionar os seus fãs, seja com o peso de suas histórias ou com as homenagens aos seus lendários personagens, fato esse que se repete com a presença de uma jovem Leia, ainda criança, porém corajosa e guerreira como a princesa rebelde que Carrie Fisher nos ensinou a amar, é impressionante o quanto a jovem atriz Vivien Lyra Blair consegue emocionar os fãs apenas sendo desbocada e mandona como era a líder rebelde de Carrie Fisher. Na mais modesta opinião deste que lhes escreve, o Imperador deveria agradecer Obi-Wan por ter treinado Luke ao invés de Leia, caso o contrário o Império não teria sido tão longevo. 

A grande atração que vendeu a série para os fãs foi a volta de Hayden Christensen ao papel de Anakin/Darth Vader, antes tão odiado pelos fãs e agora ovacionado, nada como o tempo para fazer as pessoas se acalmarem, não é mesmo? E a promessa de uma revanche entre mestre e aprendiz após a trágica batalha de Mustafar. 

Vader surge na série talvez no auge de seus poderes com a Força, movido por puro ódio contra seus inimigos, sua imponência causa medo em quem assiste e as cenas com o Lorde Sith são carregadas de tensão, àquele ponto da história fica claro que apenas um Jedi muito poderoso poderia sobreviver a um duelo contra Vader, o que Obi-Wan descobre da forma mais dolorosa possível. 

A batalha de Mustafar pode ser considerada facilmente como a mais emocionalmente tensa entre todos os duelos de sabre de luz na franquia Star Wars. Contando todas as mídias, me arrisco a dizer que seria impossível qualquer outra superá-la, porém o novo embate entre mestre e aprendiz não passou longe desse tento. 

Após recuperar sua conexão com a Força, Obi-Wan se vê preparado para ficar cara a cara com Anakin, sem pegar leve com seu antigo amigo, agora transformado em uma máquina movida por puro ódio. Mesmo que mais breve e menos voraz que a luta no episódio III o grande destaque fica para as interações entre Ewan e Hayden, que carregam de volta todo o peso da história trágica desses grandes personagens como se 2005 tivesse sido ontem. 

Obi-Wan Kenobi encerra a história do grande mestre Jedi e de seu antigo aprendiz em grande forma, e verdade seja dita, como é bom ter de volta Obi-Wan.

 Texto por: Matheus Henrique

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