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Por: Redação Nerd Recomenda 07/01/2021
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‘Para Duas’ chega no Teatro Sérgio Cardoso em janeiro de 2021

A dramaturgia de Ed Anderson mescla drama e humor ácido no encontro entre mãe e filha

Após a estreia em uma temporada digital, o espetáculo Para Duas retorna em cartaz presencialmente no dia 8 de janeiro, sexta-feira, às 19h, no Teatro Sérgio Cardoso (Sala Paschoal Carlos Magno). A montagem é um acerto de contas entre mãe e filha em meio as inquietudes sobre memória e família. A direção é de Elias Andreato e dramaturgia de Ed Anderson, além de ser protagonizada por Karin Rodrigues e Chris Couto, e Claudio Curi completa o elenco. 

Com produção da Nosso Cultural a temporada vai até 1º de fevereiro com sessões sexta e sábado, às 19h, e domingo e segunda, às 20h. Devido a pandemia, a temporada conta com todos os protocolos de segurança e saúde disponibilizando somente 40% da capacidade total da plateia.

Crédito: Kim Lee Kyung

A Para Duas é um registro de um inusitado reencontro entre mãe e filha após anos em silêncio. Ao misturar momentos de drama e humor, o texto aborda uma sensível reflexão sobre escolhas e consequências, amor e recusa, solidão e presença, além de evidenciar a fragilidade da culpa e do perdão. A história se desenvolve durante um jantar improvisado servido com temperos distintos, degustado pelas duas mulheres sob a sombra de um pai não mais presente, interpretado por Claudio Curi.

De acordo com Elias Andreato, a obra permeia camadas que são inerentes para qualquer ser humano. “É uma história sobre família, nos enxergamos dentro dessa história, nos traz identificação, põe em cena um duelo de mulheres – Anete (Karin Rodrigues) e Tula (Chris Couto). Duas personagens inteligentes, espirituosas, de raciocínio veloz, que certamente surpreenderão o público com as suas várias facetas”.

Crédito: Kim Lee Kyung

A encenação procura obter a cumplicidade com a plateia permitindo que o texto se apresente no palco com a desenvoltura necessária para que os diálogos cortantes e o humor cáustico sejam plenamente vivos, tanto para os intérpretes quanto para os espectadores. O cenário é um espaço dividido em dois ambientes, o lado imaginário habitado pelo pai e a sala de jantar com o embate entre as duas mulheres.  

O figurino funciona como a extensão de cada personagem. O pai é uma lembrança, amava o cinema, e se materializa de gravata borboleta, como uma memória. Anete é ousada, não gosta de amarras, suas roupas refletem a idealização de liberdade e aparenta até ser mais jovem do que é. Enquanto Tula é uma filha dura, seca, sua vestimenta é básica e incorpora essa personalidade mais direta. “Todos os elementos cênicos transmitem esse espírito e mantém as intenções do texto, desde o lado ácido até seu flerte permanente com o perigo, os atores se entregam não somente às reações psicológicas, mas também às físicas com a precisão de uma coreografia”, conta o diretor.

Crédito: Kim Lee Kyung

Para Ed Anderson, a trama envolve três personagens em estado limite, como uma foto de família em quebra-cabeças com algumas peças perdidas. “O momento indeterminado do tempo em que algo especial acontece é chamado de Kairos, a forma qualitativa do tempo. E é deste instante que se deriva a feitura de Para Duas, um reencontro com diálogos curtos, frases cortantes e verdades (não) ditas. A dramaturgia procura se aprofundar nas relações, pode ser equiparada ao trabalho de arqueólogos na captura das memórias de um berço fossilizado”.

Além de dialogar com o cotidiano em lembranças, possibilidades perdidas, o espetáculo conta com o despojamento cenográfico e dos figurinos realizados por Fabio Namatame. Iluminação de Cleber Elí e trilha sonora de Jonatan Harold.

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