Por Lugares Incríveis – Trama perdida com personagens incríveis
Ao assistir Por Lugares Incríveis temos a mesma sensação que há décadas é tão comum e popular: a familiaridade de estarmos cara a cara com a história de dois jovens que se encontram de forma inusitada, têm alguns tipos de problemas parecidos, e ocasionalmente se apaixonam.
Essa sensação vem devido a semelhança com a temas baseados em autores como John Green ou Nicholas Sparks, que se empolgam com o foco romantizado e teen. Entre tantas semelhanças, as diferenças ficam por conta dos detalhes da produção cinematográfica, que se destacam negativa e positivamente.
Resumindo: Violet Markey (Elle Fanning), uma jovem adolescente de 17 anos, que após perder sua mãe em um acidente de carro, após 1 ano, segue passando pelo luto (ainda). Com pensamentos suicidas, Violet sobe ao parapeito da uma ponte onde aconteceu a tragédia, e é lá que ela conhece Theodore Fitch (Justice Simth) que – incrivelmente – aparece para impedi-la de cometer o ato. Após este dia, Theodore encontra a oportunidade para se aproximar da garota por causa de um trabalho escolar.
A adaptação baseada no livro de Jennifer Niven, tem a sensibilidade de falar sobre temas delicados e por vezes não discutido entre os adolescentes, como o medo, a solidão, dificuldade de se fazer entender ou não ser bem interpretado ou até mesmo não saber quem de fato é. Por mais que a história tente focar em Violet, quem nos chama mais atenção é o personagem de Finch. Aparentemente apenas com problemas escolares, ele se mostra completamente normal, muito alegre e bem resolvido – notamos até uma pequena referência a “A Culpa é das Estrelas”. Aos poucos vamos entendendo que Finch tem tantos problemas psicológicos, e tão conflitantes, quanto Violet.
E não se engane, pois no decorrer não há nada diagnóstico definitivo sobre a aparente depressão de Finch. Seus sumiços inexplicáveis fazem com que seus “colegas” cometam bullying, influenciando e definindo boa parte de sua personalidade.
Quanto à atuação, há igualdade entre Elle Fanning e Justice Smith, que teve destaques em grandes filmes como Pokémon: Detetive Pikachu e Jurassic World: Reino Ameaçado. E por mais que Fanning tenha potencial graças às suas experiências anteriores, não fomos surpreendidos por sua evolução, mas sim pelo boa dinâmica entre os dois atores em seus papéis.
Acompanhe o trailer de “Por Lugares Incríveis”:
Nota-se que o filme parece perder o ‘timing’ da narrativa, nessa união entre roteiro para filme e a obra e essência do livro de Niven. No fim, acabou sendo mais uma história cujo único objetivo que pareceu ser “é importante falarmos sobre o sofrimento entre os adolescentes, mas é mais importante ainda fazer com que o público caia em prantos.”
*Texto por Caroline Dias
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