Homem Formiga Quantumania é o início da fase 5 da Marvel, e todos nós como fãs, esperamos ver o vilão dessa nova fase, e tudo isso é desapontador nesse filmes

Homem Formiga Quantumania, apesar de abrir a fase 5 da Marvel, deixou muito a desejar nessa, que foi a apresentação do próximo vilão. Temos aqui um sintoma, que a Marvel ainda está perdida e de uma ressaca do épico que criou na saga do infinito, principalmente com os vingadores Guerra infinita e Ultimato, e desses do final da saga do infinito, a Marvel vem encontrando dificuldade para achar um rumo do MCU. Homem Formiga Quantumania poderia ter sido uma luz para Marvel, com um roteiro fraco, é apenas mais um filme genérico de herói.

Quantumania começa mostrando a vida de Scott Lang (Paul Rudd) após salvar o mundo do Thanos. Ele tem fama, sucesso, escreveu sua biografia e uma excelente estrutura familiar, porem sua filha Cassie Lang vai presa por ativismo. Durante o jantar vemos uma discussão com toda família, e Cassie revela que esta trabalhando com seu avô, Henry Pym, em projeto para explorar o reino quântico. Porem, depois uma falha, toda família é transportada para o reino quântico, onde Kang O Conquistador é o imperador. Janett Van Dyne tem segredos escondidos, que vêm de sua primeira viajem ao reino quântico.

Temos aqui em Quantumania um filme genérico, uma aventura boba da sessão da tarde, com um texto bastante fraco. Para um filme que se vendia como a apresentação da “grande ameaça da Marvel”, deixou muito a desejar. Os personagens não têm um desenvolvendo, nem carisma, em especial Scott Lang. Esse é o tipo de personagem que brilha como secundário ou coadjuvante, porém quando o Homem Formiga se torna progonista, vemos o quão raso ele é. Sua interação com Cassie em certos momentos parece forçada, seu romance com a Hope (Vespa) é um tanto quanto tosco e suas piadas são batidas, sendo brega e sem graça.

A grande promessa de Quantumania era apresentar Kang O Conquistador, como a próxima grande ameaça, depois de Thanos, porém esse é um personagem desperdiçado nesse filme. Uma participação bem discreta. Apesar de Jonathan Majors ser um excelente ator, e entregar o máximo como Kang, o roteiro não favorece para criação de medo desse vilão. O roteiro transforma Kang um vilão comum, derrotado de maneira tosca por um exército de formigas, e longo em seguida ele é apanha fácil para Homem Formiga e Vespa, tendo um final desapontador. Era para O Kang ser uma ameça terrível, uma entidade poderosa, porém é apenas um homem com um traje tecnológico.

Outro personagem cafona é MUDORK, no passado ele era o Jaqueta Amarela, vilão de Homem Formiga 1, onde se torna um capanga de Kang no reino quântico, com um potencial visual, entretanto, os efeitos especias deixam MUDORK bizarro e desconfortável de se ver.

Um ponto alto em Quantumania é o universo criado para o reino quântico. Com diversas inspirações, seja no universo de Star Wars, Rick and Morty, ou qualquer outra obra de ficção científica de espaço. Temos aqui um lugar heterogêneo, com múltiplas facetas, e um poder grande de exploração. O universo quântico realmente é intrigante, com criaturas das mais varias possível, que vai desde um humano até seres gelatinosos, robóticos ou um prédio vivo como vemos. Temos aqui um potencial universo para a Marvel poder se aprofundar que sabe no futuro.

Atuações em Quantumania são ok, dentro da média para um filme medíocre. Com exceção de Jonathan Majors e Kathryn Love Newton (Cassie Lang) que entregam tudo e fazem um ótimo trabalho, apesar de serem prejudicados pelo texto.

Temos em Homem Formiga Quantumania uma decepção por ser o primeiro filme da fase 5, depois de uma fase 4 fraquíssima sem rumo. Uma obra genérica, que todo mundo já viu com outros personagens. Agora se esse for o caminho da Marvel, teremos mais uma fase.

Texto por Rafael Bittencourt