Quem vai Ficar com Mario discute preconceito no mês do orgulho LGBT
Filme Nacional, Quem vai Ficar com Mario, chega essa semana aos cinemas e aborta pautas LGBT
Quem vai ficar com Mario é o filme nacional produzido pela Warner Bros e distribuída pela Paris Filmes. Um longa que traz debate sobre diversidade e pautas LGBT, de maneira leve e cômica, mas acaba caindo na monotomia.
No dia 10 de junho chega aos cinemas, o mais novo filme nacional: Quem vai Ficar com Mario, uma obra do diretor Hsu Chien, que procurar discutir pautas LGBT e homofobia de uma forma leve, com um bom humor, mas que perde a mão de vez enquanto.
Quem vai Ficar Com Mario conta a história de Mario, filho do empresário Antônio, do ramo da cerveja. Mario vai para o Rio de Janeiro para fazer seu MBA, na cidade ele descobre sua verdadeira paixão, escrever peças de teatros. Mario vai visitar sua família no Rio Grande do Sul, mas ele tem uma surpresa: seu irmão mais velho, Vicente, assume sua homossexualidade e caba brigando com seu pai. Assim, Mario acaba encarregado do cargo de Vicente na fábrica de cerveja.
Mario, tem seu namorado no Rio de Janeiro, chamado Fernando, mas durante sua passagem no Sul, acaba conhecendo em trabalho para cervejaria, Ana, uma coach contratada para melhorar rendimento da empresa. Mario acaba se envolvendo com Ana e descobre sua bissexualidade, e agora tem que fazer uma escolha entre Ana e Fernanda
Debater diversidades e abordar questões LGBT é uma necessidade fundamental para normalizar e acabar com preconceitos inseridos na sociedade até hoje. Esses preconceitos são debatidos no filme, seja com Antônio, um pai tradicional, que não entende e não aceita a homossexualidade de seus filhos, ou seja com o próprio Mario, que descobre sua bissexualidade e fica confuso em todo momento do filme.
A intensão da obra é gerar uma conversar de maneira leve, através de uma comédia romântica, mas ele peca ao reproduzir uma forma já batida nos filmes de nacionais de comédia. Cenas que reproduzem clichês, piadas repetidas e até mesmo um texto que cai na em uma inércia, deixando em certos momentos um filme tedioso. Certos momentos, o filme parece um conjunto de esquetes de algum programa no horário nobre, como Zorra Total, e isso pode cansar o telespectador.
Com muitas barrigadas, a impressão que tive ao assistir, foi que poderia ter sido uma obra redonda, bem fechada se tivesse um cuidado no recorte, enxugando algumas cenas dispensável.
Com Nany People no elenco e outros grandes atores, as atuações do filme estão bem honestas, sem uma performance espetacular, porém muito competente. No elenco temos Daniel Rocha (Mario), Felipe Abib (Fernando), Leticia Lima (Ana), Zé Victor Castiel (Antônio).
Quem vai Ficar com Mario é um filme perfeito para trazer pautas sociais, debater questões LGBT, e apesar de algumas falhas no roteiro e do excesso em tela, é um filme divertido e importante. Tudo isso dentro dos limites de uma obra nacional, o longa consegue ser um bom entretenimento.
Sinopse:
Mário Brüderlich, um rapaz de 30 anos que resolve finalmente visitar sua família e contar para seu pai, um gaúcho de família tradicional, que é escritor de teatro e que mora junto com seu namorado, Fernando, diretor de companhia teatral. O pai, Antônio Brüderlich, acredita que o filho se mudou para o Rio de Janeiro para cursar MBA em administração — algo que Mário nunca cogitou.
Entretanto, Mário tem seus planos adiados e é obrigado assumir a cervejaria no lugar de seu irmão Vicente. A empresa passa pela consultoria de Ana que ajuda Mário, e os dois acabam se envolvendo. Fernando, enciumado, aparece de surpresa na casa dos Brüderlich e, para ajuda-lo, os amigos e atores Lana de Holanda, Kiko Silva e Xande Pinto decidem seguir o diretor. Juntos, eles fingem ser uma família tra-di-ci-o-nal, causando muitas confusões!
Texto por Rafael Bittencourt
Leia Também: Romances nada óbvios: 4 livros sem clichês para ler no Dia dos Namorados
Siga @Nerdrecomenda nas redes Sociais
Comentários