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Por: Letícia Bortoleto Vargas 08/09/2021
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Chame de Rurouni Kenshin, chame de Samurai X: Melhor live action já feito

Adaptação fiel e completa da obra de Nobuhiro Watsuki

Samurai X (Rurouni Kenshin, em japonês) é um dos clássicos dos animes, um shonen que retrata o Japão da era Meiji (1868 – 1912), trazendo um pouco de história, com ação, redenção e ótimos personagens. A obra que surgiu nas páginas dos mangás, foi adaptada, tanto para anime, como para filmes em live action, foco da nossa resenha.

A história começa, resumidamente, com Kenshin Himura (interpretado por Takeru Sato), um andarilho que acaba ajudando Kaoru Kamiya (Emi Takei) e, em troca, ganha abrigo no dojo de sua família. Tudo tranquilo, até descobrirmos que Kenshin é, na verdade, o famoso Battousai, o retalhador (“Hitokiri Battousai”), um homem que matou dezenas de pessoas no Bakumatsu*, à serviço dos monarquistas que desejavam a restauração do governo para as mãos do imperador.

Samurai X
Foto divulgação

A verdade é que Kenshin largou a vida de retalhador e passou a vagar por aí, em busca de redenção por tudo que fez. Ele até carrega uma espada consigo, mas é uma Sakabatou, uma espada de lâmina invertida, de forma que ele não possa matar mais ninguém. Mesmo sabendo do passado dele, Kaoru permite que Kenshin continue morando no dojo, mas até parece que o passado dele não voltaria para assombrá-lo.

Além dos dois, outros personagens que passam a se tornar muito importantes são: Sanosuke Sagara (Munetaka Aoki), um jovem que vivia como mercenário, comprando brigas e, após ser derrotado pelo Kenshin, se junta ao grupinho; Yahiko Myoujin (Kaito Oyagi), um menino órfão, descendente de samurais e que roubava carteiras para pagar a dívida de seus pais; Megumi Takani (Yū Aoi) uma farmacêutica que acaba envolvida num esquema de fabricação de drogas, até ser salva por Kenshin e seus amigos.

Samurai X
Foto divulgação

Como adiantei, a resenha é para falar especificamente da adaptação para live action, mas, se possível, não deixem de conferir o mangá que foi todo republicado numa edição especial de colecionador pela JBC, e o anime (por mais que ele não contemple a história toda). Os filmes adaptaram todos os arcos do mangá, num total de 5 produções, mas que podem ser divididas, em dois “arcos”, dessa forma:

Trilogia do arco de Kyoto:

Rurouni Kenshin Gif - ID: 147808 - Gif Abyss
  • Samurai X – O Filme (Netflix/Telecine/Amazon Prime Video)
  • Samurai X: O Inferno de Kyoto (Telecine/Amazon Prime Video)
  • Samurai X: O Fim de uma Lenda (Telecine/Amazon Prime Video)

Dualogia do Arco Jinchū:

  • Samurai X – O Final – Parte 1 (Netflix)
  • Samurai X: A Origem – Parte 2 (Netflix)

Todavia, existe duas formas possíveis de assistir às obras. Você pode começar pelo arco de Kyoto, sendo onde a história do mangá dá início, no presente (pós Bakumatsu), e deixar o filme “A Origem” por último, ou pode também começar por “A Origem” e seguir a sequência de Kyoto, finalizando com “O final”, numa ordem mais cronológica.

Isso porque o filme “A Origem” é um prólogo da história dos filmes, ele reconta o período onde o Kenshin vivia como Battousai, o retalhador e como ele adquiriu a famosa cicatriz em formato de X. Tanto que as cenas finais são literalmente do começo do filme da trilogia de Kyoto (isso não é nem spoiler).

Samurai X
Foto divulgação

Eu sei que não é sobre isso, mas gostaria de tirar um parágrafo para deixar claro que sei de todos os problemas envolvendo o mangaká, mas meu amor é pela obra, não por quem a escreveu. Entendo quem pare de apoiar uma obra após saber de alguma polêmica sobre um autor, mas eu prefiro não ligar uma coisa à outra, da mesma forma que muita gente continua consumindo Harry Potter, mesmo depois das declarações da autora, por exemplo. Não vou entrar em detalhes, para quem quiser saber, é só dar aquele Google maroto no nome dele.

done and out: Rurouni Kenshin (live action)

Em relação às adaptações, não vou mentir que, em 5 filmes, não tinha como todos saírem perfeitos, então se eu tivesse que escolher, eu diria que os dois últimos filmes da franquia foram os mais “fraquinhos” em relação a toda a obra.

Acredito que seja muito por conta da história mesmo (e de opinião pessoal), já que o arco de Kyoto é o meu favorito, então os três primeiros longas têm um encanto maior para mim, que considerei sempre o que veio depois mais fraco, em comparação.

Ainda assim, em questão de caracterização, trilha sonora, efeitos, cenas de luta e fotografia, todos eles não perdem em nada. Melhores até que muitos filmes de Hollywood por aí. Gostaria de agradecer a quem manteve a caracterização dos personagens fiel ao design do mangá, Takeru Sato, parabéns. O cara nasceu para esse papel e para roubar nossos corações (o que ele faz com maestria).

Vamos exaltar, também, a banda “oficial” da franquia: One Ok Rock. Eles estão quase em todos os encerramentos (tirando o último), cada um com uma música mais épica que a outra e contrastam muito bem com o filme.

Para quem tem aquela preguiça de ver o anime, já que ele tem 95 episódios, mas também não um fã de leitura (trágico), os live actions são uma ótima opção para conhecer toda a história de Kenshin. Felizmente o que não falta é plataforma de streaming para assistir! Vai lá conhecer um pouquinho da história do Samurai X, vou até deixar o trailer do primeiro filme aqui para dar um gostinho:

https://www.youtube.com/watch?v=8uJbqso9OdM

Por: Letícia Vargas

*Ponto de Explicação:

Bakumatsu: Período que abrange os últimos anos do período Edo, final do Xogunato Tokugawa na história do Japão (entre 1853 e 1867). O Japão terminou a sua política de isolamento conhecida como sakoku, e houve a transição do feudalismo sob o comando da figura do Xogum iniciando o período Meiji (onde a obra se passa). Era uma época de caos, onde vários tentavam tomar o poder e o Kenshin, no caso, fazia parte do grupo que queria devolver o poder as mãos do imperador e expulsar os invasores (lê-se estrangeiros).

Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bakumatsu


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