Shazam 2: Fúria dos Deuses e os últimos suspiros do Snider Verso
Shazam 2: Fúria dos Deuses, filme da DC Comics transita entre direções da antiga e nova DC, e fica em um limbo na cronologia
Shazam 2 : Fúria dos Deuses não traz novidades, apenas aplicada s receita de herói. A DC busca uma reformulação no seu universo cinematográfico, e Shazam 2 é o primeiro filme sob o guarda-chuva de James Gunn como CEO da DCU (DC Extended Universe ), porém feito na administração anterior. Assim, Shazam 2: Fúria dos Deuses tem a fórmula da velha DC, mas já dá para perceber como Gunn quer conduzir a nova DCU, sendo um sintoma dessa confusão toda.
Shazam 2: Fúria dos Deuses é filme razoável, com história aventuresca, porém com alguns furos de roteiro que me incomodaram um pouco. Um roteiro básico, que não empolga, mas também não ofende.
Os pontos fortes em Shazam 2 são justamente a transformação de Billy Batson e seus irmãos, de adolescentes para um jovens adultos. A vida pós-colégio, ou durante fim do colégio, os dilemas de futuro, profissão, que todos os jovens passam em algum momento da vida, somados aos seus poderes e a responsabilidade de ser um herói. Essa jornada da família Shazam é simples e interessante. Com piadas boas, Shazam contínua com uma comédia leve e alto astral, assim como no primeiro filme.
As vilãs em Shazam 2 Fúria dos Deuses são modestas. Elas são filhas do Deus grego Atlas e querem reconstruir os Jardins dos Deuses, e para isso vão causar um conflito na Terra. Temos aqui uma premissa fácil e até diverte em alguns momentos do filme.
O que me incomodou no filme foi a relação sem profundidade dos personagens Freddy (Jack Dylan Grazer) com Anne (Rachel Zegler), que acontece de uma hora para outra e vai ganhando importância, porém sem seguir uma lógica. Outra parte que me incomodou foi a aparição da Mulher Maravilha (Gal Gadot), sem que tivesse muita necessidade no roteiro. Ela é jogada na tela de modo aleatório, apenas com uma justificativa rasa.
Shazam 2: Fúria dos Deuses não traz novidades, apenas aplicada a receita de super-herói.
Texto: Rafael Bittencourt
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