“Tempo” – Filme de M Night Shyamalan discute relação do homem e tempo
Em um suspense com estética de quadrinhos, Shyamalan tenta demostrar nossa relação com tempo
M Night Shyamalan está de volta com a adaptação da história em quadrinho Castelo de Areia, de Pierre Oscar Lévy. Tempo é um filme com bastante filosofia e uma estética peculiar do diretor.
Cheia de mistérios, a história se passa durante as férias da família Cappa em um resort paradisíaco, em meio a uma crise. A mãe de Prisca está em processo de divórcio com o pai, assim eles escolhem o melhor lugar para viver o que possivelmente serão as últimas férias juntos em família. As duas crianças, Maddox e Trent, aproveitam o máximo da aventura, desconfiando da péssima relação entre seus pais.
A história se desenvolve quando, durante a viagem, a família Cappa conhece outras pessoas e, reunidos, todos vão passar uma tarde em uma praia deserta e misteriosa. Mas o que eles não sabem é que nessa praia o tempo passa mais depressa. Assim, depois de poucas horas, os personagens estão mais velhos.
A direção tem assinatura autoral do M Night Shyamalan, e logo percebemos a estética de quadrinhos que o diretor gosta tanto. Cores intensas, que combinam com os momentos apresentados, e a fotografia que tenta emular os quadros de uma HQ, são marcas registradas dos filmes, e um conceito particular de Shyamalan.
Discutindo sobre o tempo, morte, arrependimento, e relações, o filme brinca com essa temática, começando de forma mais lenta, apresentando os personagens com mais calma, às vezes até mais arrastada. Porém, ao longo do filme, o tempo vai acelerando, assim como na praia.
Tempo é uma obra autoral, com um grande mistério a ser revelado. Nesse período vemos discussões filosóficas sobre a relação entre o tempo e vida. M Nigth Shyamalan faz de Tempo, uma adaptação da HQ Castelo de Areia, um filme de suspense, com diversas intrigas e reflexões sobre nossa relação com tempo.
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