Divertido e hilário, “O Urso do Pó Branco” é uma brisa insana que não se leva a sério
“Urso do Pó Branco” é a escolha certa para quem procura uma comédia para descontrair
O que temos em “O Urso do Pó Branco”? Um animal perigoso que consumiu drogas e está fora de controle? Sim! Situações e piadas absurdas em meio a uma floresta? Certamente! Uma obra que claramente não pode ser levada a sério? Com certeza! Mas qualquer um destes fatores torna o filme ruim? É claro que não!
Dirigido por Elizabeth Banks, “O Urso do Pó Branco” se apresenta como uma deliciosa homenagem e, ao mesmo tempo, sátira aos filmes sobre predadores selvagens, desde o clássico “Tubarão” até o mais recente “A Fera”. Nele, vemos um urso que, ao ingerir alguns pacotes de cocaína que foram perdidos na floresta, se transforma numa incansável máquina de matar. Não só isso, mas caça qualquer pessoa com resquício desta ou outras drogas, sendo movido não só pelo êxtase, mas também pelo vício.
Acompanhado de uma grande quantidade de clichês, o ponto mais positivo do filme é – como já citado – não se levar a sério. Com uma mistura de gore, galhofa e bom humor, Banks sabe dosar estes elementos para fazer uma obra que, certamente, será lembrada como um grande filme trash. Tal nomenclatura se adequa não pela falta de qualidade gráfica, mas pelo roteiro, carregado de cenas absurdamente cômicas como, por exemplo, quando o urso passa pela perna decepada de uma de suas vítimas, que está cheia de cocaína, cheirando ela de uma ponta a outra.
Tamanhas insanidades se mantêm, em grande parte, por causa do eficiente elenco que compõem todos os diversos arcos de “O Urso do Pó Branco”. Desde a guarda-florestal exagerada, até os contrabandistas de bom coração que são lacaios de um perverso chefe do crime, todos os personagens apresentados são extremamente satirizados, sendo muito bem interpretados. O melhor membro do elenco, entretanto, ainda é o urso de computação gráfica, que diverte o público com divertidos viciosos delírios violentos, cômicos e, vez ou outra, adoráveis.
Assim, em poucas palavras – que já querem dizer muito –, “O Urso do Pó Branco” atinge tudo aquilo o que propõe, sendo um longa-metragem brutal, hilário e, com toda a certeza, insano.
Comentários