5 Comics sobre realeza onde as protagonistas não são apenas rostinhos bonitos com uma coroa na cabeça
Nada de Cinderella, aqui as mulheres são as verdadeiras governantes de seus reinos
Comics sobre a luta por ascensão ao trono, traições, estratégia, harém… todos protagonizados por mulheres fortes e inteligentes, que passam por várias adversidades, mas sem perder a classe. Todos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Webtoon (em inglês), e estão em lançamento, ou seja, a partir de certo capítulo é preciso aguardar, com os demais mortais, pela continuação.
1 – Men of The Harem
Latil era uma jovem princesa que se apaixonou e fez uma promessa com um príncipe de que ambos se casariam, assim que ele resolvesse os problemas em seu reino e ascendesse ao trono. Adivinha se ele cumpriu essa promessa… Claro que não, o cara se casou com outra por questões políticas e ainda teve a audácia de pedir para moça esperar que daqui a tantos anos ele se divorciaria e ficaria com ela.
Ela deu-lhe um pé na bunda, nesse meio tempo também se envolveu na luta pelo trono de seu próprio império, mas a mesma conseguiu se tornar imperatriz e ainda se impôs diante de todos que falaram que ela precisava se casar. Latil instituiu um harém com 5 homens, todos belos e de partes importantes da sociedade.
Breve opinião: gostei da forma como a autora tratou algumas coisas, como o encontro entre Latil e noiva do ex, foi bem maduro, sem necessidade de rivalidade entre mulheres. Já tenho meus favoritos no harém e, se tem algo que posso reclamar, gostaria que ela desse mais atenção a eles, e realmente queria ver mais intimidade, senão fica parecendo que ela montou o harém só para se esquecer e esfregar na cara do outro, que é o que ele diz (faça uso moça, seu harém te adora e só você não percebe!).
2 – The Princess’s Jewels
Se na última comic faltou um contato mais íntimo entre a protagonista e seu harém, aqui é que terá de sobra, com todos.
Princesa Ariana de Secramise quer se tornar imperatriz do império de Arbezela, porém precisa vencer seu meio irmão e os apoiadores dele.
Todavia, além de ser conhecida como a mais bela, a jovem também é uma ótima estrategista e decide montar um harém, colecionando homens lindos e talentosos, como “joias”, que a ajudarão a subir ao trono. Claro que, além das questões diplomáticas e políticas relacionadas as escolhas dela, a aparência e condicionamento físico também foram considerados. Já que temos um harém, vamos botar ele para jogo, não?
Para deixar claro aos curiosos, não temos cenas explícitas desenhadas, até porque a plataforma não permite esse tipo de conteúdo. O que temos é a insinuação do que está para acontecer, um quadro de mãos sendo prensadas na cama, exemplo clássico.
Ponto positivo pela representatividade com um personagem assumidamente bissexual. No começo parecia só mais uma insinuação para agradar quem shipa o cara com o outro rapaz do harém, mas gostei que a autora deixou claro que ele é, sim, bissexual e tudo bom, e se o outro topar, pode rolar (e eu torço para isso kkkk).
O interessante é que a Ariana tem um noivo, que no começo até fiquei com um pouco de pena porque todo mundo faz pouco dele quando aparece, mas, ao mesmo tempo, deu a entender que esse cara está escondendo algo bem sombrio. Além disso, tem a consorte do imperador, tentando de tudo para colocar o filho no trono, dessa forma, tentando de tudo para acabar com a Ariana e a mãe dela, a atual imperatriz. A história também envolve magia, inclusive um dos favoritos do harém é tipo um lobisomem e a própria princesa é bem poderosa.
3 – The Remarried Empress
Navier Ellie Trovi era a imperatriz perfeita, mesmo que seu casamento tenha sido arranjado, seu marido era seu amigo de infância, por quem tinha muito carinho. Todavia, parece que isso não importou muito para o imperador que, um belo dia, trouxe para o palácio uma jovem escrava para ser sua consorte.
Todos ficaram chocados e a jovem consorte, que nada entendia de regras de comportamento, acreditou que ambas estavam em pé de igualdade, pois tinham o “mesmo marido” (o meu choque quando eu li isso…). Ao longo da história vamos acumulando uma raiva interna por essa menina que começa a imitar a imperatriz e pelo imperador que, qualquer coisa que acontecesse, ele culpava Navier como se ela fosse uma mulher diabólica e manipuladora.
A própria Navier se mostrou por diversas vezes muito digna, não se deixando levar por todas as ofensas e humilhações e, ainda assim, conseguia priorizar seus deveres como imperatriz, pensando no bem-estar do império, além de até pensar no bem de sua “inimiga”, a consorte do caos. Porém, a gota d’água chega para todos e para Navier foi quando ela ouviu que seu marido ia se divorciar dela para casar com a consorte, que estava grávida do primeiro filho do imperador. Navier então, que a algum tempo trocava mensagens com um amigo, rei de um país vizinho, prontamente aceitou o pedido de casamento dele.
Falando assim, parece que foi tudo corrido, mas na história mostra eles se conhecendo, através das mensagens, e o rapaz se apaixonando, aos poucos, pela Navier (e ele dá uns “chega para lá” na consorte que é lindo!). Enfim, claramente que o imperador ficou morrendo de ciúmes quando soube disso porque o bonito queria que ela ficasse lá, divorciada, esperando por ele, que daqui a alguns anos ele voltaria para casar com ela de novo e fazê-la cuidar do filho da consorte, como madrasta (ideia top, hein).
4 – Happily Ever Afterwards
Típica história do “morri e reencarnei como uma personagem do meu livro favorito”, mas quem esta aqui para julgar clichês?
Peony era super fã do livro “A música de Askar”, porém, seu personagem favorito era o antagonista, o ex-príncipe Richt que foi apaixonado pela protagonista, tentou um golpe de Estado e acabou banido para uma terra inóspita. Peony, reencarnada no corpo da frágil princesa de Garten, consegue convencer seu pai e irmãos que se apaixonou a primeira vista pelo ex-príncipe e que deseja se casar com ele.
Num primeiro momento, ela não está apaixonada por ele. Como fã, ela só vê esse noivado como uma oportunidade para fazer companhia ao seu personagem favorito e garantir que ele não se sinta sozinho no castelo, sem sequer comer um docinho porque ela sabe que ele adora doces, mas não conta para ninguém.
Logicamente que Richt acha esse pedido de casamento absurdo e suspeito, visto que ele tem uma péssima reputação e Garten nada ganharia dessa união. Peony o convence a deixá-la ficar no castelo por 100 dias, com a promessa de que fara com que ele aceite esse casamento até o final. Lentamente, vamos vendo o Richt, de fato, amolecendo mais em relação à Peony e a relação dos dois é muito fofa e frustrante ao mesmo tempo.
E não pense que a protagonista da história, aquela por quem o Richt era apaixonado, ficou para trás, ela aparece de novo, e traz consigo seu marido, o imperador. Ao que parece tem muito mais coisa por trás daquele golpe de Estado do que a própria Peony que leu o livro não sabia.
5 – Your Throne
Por último, mas não menos importante, diria até que a mais cheia de reviravoltas até aqui, Your Throne pega minhas previsões, embrulha e taca pela janela com os eventos que vão acontecendo nessa história. Começando por Lady Medea Solon, uma jovem perfeita para candidata a princesa coroada, uma genia da estratégia. Desde pequena cresceu com sua família deixando claro que o mais importante na vida é ter poder, de forma que Medea compreende que, se ela quiser ter mais poder que o próprio pai abusivo, ela precisa fazer parte da família real.
Uma competição para escolher a futura princesa coroada que se casaria com o príncipe foi anunciada e Medea ganhou de lavada todas as provas para, no final, ser humilhada ao ver o príncipe escolher, não ela, mas Psyque como noiva. Mas não pense que isso é uma simples história que coloca mulheres umas contra as outras por conta de macho.
Por motivos desconhecidos, Medea e Psyque se envolvem num acidente que faz com que as duas troquem de corpo, dessa forma, cada uma, sem saber como retornar ao próprio corpo, se vêem obrigadas a fingir ser a outra (e elas têm personalidades totalmente opostas) e acabam conhecendo melhor uma a outra.
Psyque e Medea, na verdade, era amigas, antes dessa história de competição, mas Psyque não fazia ideia do que as consequências da escolha leviana do príncipe causaram na vida da Medea que passou a ser assunto de todos, começaram a dizer que ela era cruel e queria machucar Psyque (wtf?).
Além disso, o pai abusivo de Medea, não contente com o resultado da competição, tinha um hobby “interessante” de, ao invés de agredir a filha (o que poderia gerar rumores), agredia os empregados da casa e, inclusive, matou a babá que Medea considerava como mãe.
Já Medea, no corpo de Psyque, descobriu que a jovem era manipulada e vivia sob vigilância do próprio príncipe. Psyque tinha poderes raros e cresceu trancada num porão, de forma que, quando “não se comportava”, o príncipe insinuava a trancafiá-la novamente, revivendo seus traumas. O príncipe, na verdade, não ama Psyque, pouco se importa com ela, seu único interesse é pegar seus poderes e depois matá-la porque ele é um psicopata que se acha um deus (sério).
As duas jovens que, a princípio pensei que seriam inimigas, se provam grandes parceiras para tentar frustrar os esquemas do príncipe, com a ajuda de aliados, claro. Psyque passa a adorar Medea (uma grande parte do fandom até shipa, eu também, um pouco, não minto).
Acredito que o mais prazeroso da história é ver o crescimento das personagens, Medea, como Psyque, aprendeu a ser um pouco mais “gentil”, não faz tudo pelo poder e sabe que existem limites. Ela desiste dessa de ser futura rainha e foca em tomar o título de seu pai, o duque, tornando-se a autoridade máxima da casa Solomon. Psyque deixou de ser aquela garota ingênua e resolveu até aprender a lutar, tentar enfrentar seus problemas. Ela começa a se impor mais, distinguir seus aliados e inimigos e se utilizar de alguns traços de personalidade que ela tinha que fazer, no papel de Medea.
Em comum, todas essas histórias têm, principalmente, o plano de fundo que seria um período de monarquia/império, tendo essas protagonistas como “responsáveis” pelo reino ou com poder hierárquico bem influente na sociedade, mas sendo subestimadas pelos parceiros, familiares ou outros membros da alta sociedade. Todas precisam se provar diante das situações, o fazem maravilhosamente, mas não tem como deixar de comparar com a nossa realidade, não é mesmo?
No final das contas, assim como nessas histórias fictícias, na realidade ainda vivemos numa sociedade machista, onde, na grande maioria das vezes, as mulheres precisam estar provando seu valor desde sempre, crescem conquistando na luta um lugar que muitos homens conseguem de forma muito mais fácil. E fica aqui a reflexão sobre isso, não vamos cutucar mais esse ninho.
No mais, além do girl power que corre solto nas histórias, que fará vocês se apaixonarem por essas figuras poderosas, temos, também, momentos hilários, dramáticos, uma mistura perfeita para agradar a todos. E, enquanto vocês se perdem nessa lista, eu exploro mais ainda esse poço sem fundo das comics. Lembrando que elas estão disponíveis de graça no site/app da Webtoon. Vale muito a pena se cadastrar na plataforma porque, além desses, tem muito conteúdo legal por lá, como no caso de outras duas indicações que nossa colega Larissa já fez por aqui no site (já li todos, recomendo todos, também):
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Por: Letícia Vargas
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