365 DNI: A romantização da Síndrome de Estocolmo e dos abusos
Um relacionamento que começa por um sequestro pode ser tudo, menos saudável
Comparada pelos fãs com Cinquenta Tons de Cinza, “365 DNI” filme original da Netflix conta a história de Massino Torricelli (Michele Morrone), um homem rico e italiano, que ao sofrer um ataque a tiros e perder os sentidos, vê uma mulher. Os anos se passaram e o magnata procurou pela moça de seus sonhos pelo mundo todo, até que a encontrou no aeroporto em Sicília, na Itália.
Ninguém espera que, o que deveria ser uma linda história de amor, pudesse se transformar em um sequestro. Na tentativa de conquistar Laura Biel (Anna Maria Sieklucka), o italiano a captura e a leva para a mansão. Sem entender o que está acontecendo, a jovem polonesa acorda em um quarto desconhecido. Andando pela casa, ela encontra Massino e o confronta. No decorrer da história, Laura descobre que o homem na verdade é um mafioso perigoso, sendo que até um assassinato ela presenciou.
Com uma trama erótica semelhante a Cinquenta Tons De Cinza, o longa tem diversas cenas de sexo explícito.
Confira o trailer de 365 DNI:
E importante lembrar que Christian Grey e Anastasia Steele, personagens de 50 Tons, se conheceram em uma entrevista para o jornal da faculdade. Após o primeiro encontro houve uma sequência de acordos tratados entre eles. Já o relacionamento de Massino e Laura começou com um sequestro.
A romantização da Síndrome de Estocolmo – quando a vítima cria vínculo sentimental após pressão psicológica – está presente na trama quando Laura, presa em um cativeiro, se apaixona. O machismo também está presente, principalmente nas cenas em que a jovem experimenta roupas que são desaprovadas pelo magnata.
Um dia após a chegada na plataforma de streaming, o longa já conquistava um lugar no top 10. Nas redes sociais, ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter.
Texto: Letícia Couto (@ilecouto)
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