“DPA 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo” encerra a trilogia de forma divertida e com boas intenções
Marcando a despedida dessa geração de detetives, DPA 3 apresenta uma trama infantil criativa, mas com final que deixa a desejar
Lançado há 10 anos, Detetives do Prédio Azul (DPA) se tornou uma sensação entre diversas crianças que sintonizavam no Gloob para se aventurar em uma grande diversidade de mistérios, que envolviam desde condôminos mal-humorados até magias mirabolantes.
A partir de 2016, como os três protagonistas da série já estavam com 15 anos, começaram a ser trocados por atores mais jovens para continuar com a proposta da série de ser uma história de crianças para crianças. A partir disso, entram em cena os personagens Pippo, Bento e Sol, que não só fizeram jus ao programa, como trouxeram uma nova era para a franquia, que viria a se estender m direção a filmes e peças teatrais.
Atualmente, os três atores que protagonizaram essa segunda fase, Pedro Motta, Anderson Lima e Letícia Braga, já passaram suas capas para três novos atores, mas não sem uma despedida especial para seus personagens. Assim, chega aos cinemas o final da trilogia iniciada em 2017, DPA 3: Uma Aventura no Fim do Mundo.
O filme começa com a volta temporária do personagem Bento, que partiu para morar no Chile. Em uma série de desventuras, o porteiro do prédio e grande confidente dos detetives, Severino, acaba em posse de um medalhão há muito tempo perdido, cuja magia faz com que Severino se torne malvado.
Assim, em meio a investigações e muita magia, os personagens se juntam novamente à feiticeira Berenice para encontrar uma forma de salvar a bondade de Severino.
Seguindo a tradição dos filmes anteriores, a obra se propõe a sair dos limites do prédio azul e levar os detetives para lugares divertidos e cativantes. Enquanto o segundo filme levou Pippo, Bento e Sol para a Itália, desta vez o trio vai para Ushuaia, a cidade considerada a mais ao Sul do planeta, carinhosamente apelidada de “Fim do Mundo”.
O local agrega ao filme com uma fotografia deslumbrante, apresentando maravilhas gélidas que não são tão comuns em filmes nacionais. Uma curiosidade é que, ainda que seja um lugar muito belo, não são muitos os filmes gravados lá; a última produção que marcou presença em Ushuaia, de acordo com a divulgação do filme, foi de “O Regresso”, com Leonardo DiCaprio.
Ainda seguindo com as tradições das obras anteriores, o filme traz algumas participações especiais um tanto quanto memoráveis. Alexandra Richter e Klara fazem o papel de vilãs do filme como as divertidas bruxas Duvíbura e Dunhoca. Já Rafael Cardoso aparece como um piloto de avião um tanto quanto peculiar e questionável, enquanto Lázaro Ramos se mantém a menção mais espetacular e divertida do filme, interpretando uma espécie de Willy Wonka argentino/brasileiro cuja maior preocupação é fazer o melhor dulce de leche mágico possível.
O final do filme, entretanto, acaba deixando um pouco a desejar. Não conseguindo ser tão emocionante quanto o encerramento do segundo filme – que levava à lágrimas até aqueles que pouco acompanhavam a série, aos filmes ou ao resto da franquia. O terceiro ato do final de trilogia acaba ficando um pouco corrido, aparentando estar quase com pressa, esquecendo de permitir ao espectador desfrutar seu clímax: a recuperação do personagem Severino.
“DPA 3: Uma Aventura no Fim do Mundo”, entretanto, ainda é um filme divertido para se assistir ao lado de crianças, principalmente as que acompanham a franquia com tamanho afeto. É divertido, engraçado, visualmente encantador e, acima de tudo, é repleto de boas intenções.
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