Chamas da Vingança- a vingança tá na moda
Apesar do nome lembrar os filmes de Steve Magal, a obra é baseada no livro “Firestarter” do gênio do gênero de terror Stephen King traz tudo que está na moda hoje em dia: crianças em bikes, conspirações governamentais, nostalgia e vingança
A vingança está na moda. Desde a estreia de Stranger Things as narrativas trazendo crianças em suas bikes, desvendando segredos sombrios misturados a elementos nostálgicos vem se tornando um tipo de fórmula de sucesso para filmes de suspense/terror.
O mais novo filme a abusar da fórmula, “Chamas da Vingança”, baseado na obra de Stephen King, traz a história de Charlie, uma garotinha com poderes os quais ela não sabe controlar e é claro que isso acaba saindo do controle, ao melhor estilo X-Men.
Os pais da garotinha, Andy (Zac Efron) e Victória (Sydney Lemmon) haviam se submetido a experiências com uma droga experimental desenvolvida por uma agência do governo, o que lhes deu as habilidades de telepatia e telecinese, respectivamente. Poderes que Charlie também herdou. Fogo, telepatia e telecinese, lembra alguém não lembra?
Por medo do que o governo faria caso pusesse as mãos em Charlie, faz com que Andy se oponha a ideia da mãe Victoria de ensinar a garota a usar suas habilidades, gerando o que seria o grande debate moral que rege a história: reprimir o que é, ou aprender a ser?
Quando inevitavelmente os poderes da garota saem de controle, o governo manda um caçador atrás da família, que vivia fora do radar, para trazê-los de volta à sua posse.
Por mais que tenha sequências divertidas de ação, em termos de história as coisas não fluem tão bem quanto poderiam, já que muitas partes da história que poderiam ser melhores desenvolvidas afim de causar maior empatia no público são deixados de lado para dar lugar a lutas e massacres sem fundamento, para justificar o “vingança” do título.
Diferente de outros filmes que usaram a mesma fórmula, como Stranger Things e o próprio It-A Coisa também de Stephen King, a parte do mistério e a própria história é posta de lado, o que é uma pena pois a dinâmica de Charlie junto a seu pai Andy é bem divertida, contudo não é desenvolvida o suficiente no tempo que os dois dispõem em tela, o que torna tanto os atos do pai quanto os da filha no terceiro ato desconexos de toda a construção que o filme buscou construir, que nem foi muita aliás.
Porém devido à grande inacessibilidade à cultura devido aos altos preços de ingressos, a pergunta que você deveria se fazer ao ir no cinema hoje em dia é “vou garantir uma ou duas horas de entretenimento ao assistir esse filme?” e no que diz respeito a Chamas da Vingança, é seguro dizer que o filme é sim divertido, mesmo que peque em sua narrativa.
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