Mulan: Live action foca na história da guerreira
O filme Mulan tem dividido opiniões na web desde sua estreia, que ocorreu nesse mês. As mudanças na história e a demora em ficar disponível para o público estão entre as principais causas da decepção de muitos fãs. Assim como a animação, o live action conta a história de como Mulan defendeu a China, se transformando em uma famosa guerreira.
Como acontece em toda adaptação, personagens entram e outros saem. O capitão Lee, personagem que se apaixona pela protagonista, foi dividido em dois: comandante Tung e soldado Honghui.
O soldado participa do treinamento como todos os outros homens, que foram designados a defender o país. Assim como Lee, ele também pega bastante no pé da pobre Mulan. Porém, essa troca de provocações acaba virando um romance bem pequeno entre Mulan e Honghui.
O popular e engraçadinho Mushu foi deixado de fora da trama. Com certeza essa foi uma das grandes decepções do público (eu particularmente não senti falta). O dragão, que dava o ar cômico para a história da guerreira, foi substituído por uma fênix. Assim como Mushu, a ave protege e auxilia Mulan em momentos decisivos.
Duas personagens também foram inseridas na trama: a bruxa Xian Lang e a irmã de Mulan, Hua Xiu. Na animação da Disney, os papéis exercidos por homens e mulheres na China naquela época são claros, porém no live action, essa divisão fica mais nítida. A bruxa na verdade é uma mulher que tinha o dom para ser guerreia, não deixando se calar pela sociedade, pelo contrário, obedeceu o seu chamado, mas foi expulsa da sua vila e passou a viver como nômade, até encontrar com o vilão Bori Khan.
A avó de Mulan foi trocada pela sua irmã. Na animação, a avó trazia ensinamentos que acabaram sendo passados pelo pai, Hua Zhou, meio que sem querer. Já na nova produção, a irmã não muda em quase nada na história, sendo que sua presença só ajuda a aumentar a pressão nos ombros da protagonista em ser feminina, se mantendo longe de golpes marciais, afinal a irmã mais nova é a candidata ideal para qualquer rapaz.
Na antiga produção da Disney, a protagonista não teve nenhuma escolha em tomar o lugar do pai, ato que ela decide realizar quando o imperador decide convocar os homens para defenderem o reino. Já nessa nova adaptação, o papel guerreira sempre esteve presente na vida dela, tanto é que Mulan treinava golpes desde que era mais jovem. Além disso, quando a protagonista pega a espada do pai, parece que o objeto se encaixa perfeitamente em sua mão.
Algo que mudou e eu gostei bastante nessa nova versão foi a volta de Mulan para a aldeia, após salvar o imperador. No desenho, ela retorna feliz por ter feito sua parte, mas triste por deixar o capitão. Quando chega em casa, ele está falando com seus pais para pedi-la em casamento. No live action, Mulan está super tranquila por deixar a paixonite para trás.
O soldado até grita: “ainda vamos nos encontrar”, mas ela nem se abala. Depois dessa fala, eu tinha certeza que ele estaria na casa dela, mas não estava. A protagonista é aceita de volta em sua família, tem seu lugar de honra perante à comunidade e ainda é convocada para fazer parte do exército do país.
Casamento, who? A atividade designada para as mulheres trazerem honra a família nem é mais mencionada. A heroína finalmente vira motivo de orgulho para os pais por ter salvado a China, mas principalmente, por ter atendido ao seu chamado e encontrado seu lugar.
Trailer filme Mulan
Se você ainda não assistiu ao filme, recomendo que veja e tire suas próprias conclusões. Nele já dá para ter uma boa ideia de como será a pegada da nova adaptação.
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