A 100 days my prince – as aparências enganam
O histórico de amnésia mais engraçado que eu já vi
A 100 days my prince (Baekirui Nanggunnim, no original) é um dorama romântico de época, cheio de comédia e que conquistou o 5° lugar como drama coreano de maior audiência na história da televisão por assinatura, na Coréia do Sul.
A história se passa durante a dinastia Joseon (entre 1392 e 1897), que um dia virá a se tornar Coréia. O príncipe herdeiro ao trono, Lee Yool (Do Kyung-soo) ordena que todos os solteiros do reino se casem, para que volte a chover e, assim, acabar com a seca (a galera da época acreditava muito nesse tipo de profecia).
Tudo lindo, não fosse o fato do príncipe perder a memória num acidente e ir parar num vilarejo distante do palácio, onde acaba esbarrando em Hong Shim (Nam Ji-hyun), uma jovem que, para os padrões da época, já havia até passado do tempo de se casar e que, por conta do decreto, precisa casar logo. Adivinha quem vai ser o sortudo, desconhecido e sem memória que vai acabar nessa roubada…
Casados contra a vontade, Won Deuk, como passou a ser chamado, já que não lembra de quem é, começa a viver com Hong Shim e, aos poucos, vai se apegando a jovem. Ao mesmo tempo, ele começa a procurar saber o que aconteceu com ele, quem ele realmente é. Vale ressaltar que ninguém percebe que o cara é o príncipe herdeiro porque era comum, na época, o príncipe nem deixar o palácio, então seu povo nem conhecia direito o seu rosto, ainda mais um vilarejo tão distante da capital.
Apesar de ser um dorama de época, o foco se mantém no romance entre o casal principal e na comédia, diferente de outros doramas que normalmente focam em guerras e intrigas políticas. Claro, aqui também vai ter gente tentando usurpar o trono, mas, como eu disse, o foco é no príncipe reaprendendo a viver, sem luxos.
A interação entre os personagens é muito divertida, Won Deuk acaba taxado como o “burro” do vilarejo, então as pessoas não o levam a sério, ainda mais quando ele começa a agir como realeza, como esperar que façam coisas para ele e não se adaptar a vida pobre (o cara nem sabe que é, mas a vida de marmanjo está tão enraizada nele que o corpo não esqueceu).
Hong Shim é uma protagonista feminina de peso porque ela entrega uma personagem forte e carismática, que trabalha duro desde cedo, já que rolaram uns problemas na sua infância, então ela teve de se virar. E a moça, definitivamente, não estava nem aí para casar, mas lei é lei, né.
A parte desse casalzinho, temos a realidade do palácio, com um príncipe herdeiro desaparecido, possivelmente morto e sua esposa (sim, jovens, ele já era casado) que não é flor que se cheire. Isso aqui faz parte dos clichês de casamentos políticos, onde a moça está interessada no poder e em gerar um herdeiro para garantir seu lugar, mas o príncipe não tem o menor interesse nela e, do nada, ela está grávida. De que forma isso vai se desenrolar na trama? Fica aí o mistério.
Além da história, por ser um dorama de época, ainda ganhamos toda uma chance de aprender sobre a cultura da época, das roupas que diferenciam as diferentes hierarquias, ao comportamento e crenças das pessoas.
A 100 days my prince teve 16 episódios, exibidos pela emissora TvN, na Coréia do Sul, em 2018. Todavia, jovem, você pode conferir essa pérola dos doramas históricos na Netflix. Fica a indicação que, por sinal, é um ótimo dorama para começar a se embrenhar em histórias mais de época, se você nunca viu.
Por: Letícia Vargas
LEIA TAMBÉM: A Dama e o Vagabundo: live action dá vida a personagens clássicos
[…] LEIA TAMBÉM: A 100 days my prince – as aparências enganam […]
[…] 100 Days My Prince […]