Lançado este mês na Netflix, o filme Ainda Estou Aqui é protagonizado por Joey King e Kyle Allen

Era uma vez… uma jovem apaixonada por fotografia, que usava as lentes da câmera para capturar e expor tudo o que sentia. Certo dia, ela fotografa um rapaz na praia e segue sua vida tirando fotos. Pouco depois, ela o reencontra no seu cinema favorito.

Ainda Estou Aqui, novo filme da Netflix, tinha tudo para ser um filme de romance teen, com férias de verão, praia, romance e muitas fotos, mas, diferente do esperado, as coisas saem dos eixos após um acidente brutal tirar a vida de Skyler (Kyle Allen), o primeiro amor de Tessa (Joey King). Por conta disso, o filme entrega ao público um enredo que explica o quanto a fase do luto é complicada e, talvez, pouco compreendida por quem está fora daquela ‘bolha’.

Tessa teve uma vida bastante instável antes de conhecer Sky. Se baseando nos romances de sua mãe, que não está mais viva, ela não acredita que o amor seja para sempre. Por conta disso, ela se retrai e deixar transparecer o que sente apenas em seu hobby favorito, fotografias.

Mas por que assistir um romance que, como você já deve ter percebido, não tem um final feliz? Porque Ainda Estou Aqui mostra que a vida é agora e amanhã tudo pode mudar. A mensagem é clara, Tessa provou que não dá para deixar de falar o que pensa e sente. Isso porque ela não se lembra com exatidão o que aconteceu nos minutos antes do acidente, fazendo com que ela se culpe por não ter dito o eu te amo ao seu amor de verão.

Com isso, a trama se desenvolve com Tessa tentando relembrar esse momento e até recebendo alguns sinais de Sky, através de sons ligando sozinhos, fotos reveladas e outras formas de conversar com pessoas que já morreram, que ela encontrou com a ajuda de sua amiga, Shannon (Celeste O’).

Fique tranquilo se, por diversas vezes, você encontrar cenas que remetem ao filme Ghost: Do Outro Lado da Vida, lançado em 1990, pois a produção da Netflix tem a mesma pegada, mas com uma linguagem atual.

Em relação à parte técnica, temos que dar pontos aos responsáveis pela montagem e edição. Por não seguir a linha do tempo exata, intercalando passado e presente, as cenas sofreram alterações de cores. Nos momentos em que Tessa e Skyler estão juntos tudo é mais vivo e quente, os cenários são basicamente ensolarados, laranjas. Já nas partes em que ela está lidando com o luto tudo fica frio e mórbido, o mundo dela fica cinza.

Com quase duas horas de duração, o filme Ainda Estou Aqui, roteirizado por Marc Klein e dirigido por Arie Posin, está no Top 10 Brasil.

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