Away, mais que uma série sobre Espaço
A série Away da Netflix é muito mais que uma simples história dos primeiros astronautas que vão para Marte. Não que essa temática seja simplória, longe disso. A ideia de levar pessoas para o planeta vermelho, com certeza está nos planos de empresas que tem programas de exploração espacial. O seriado traz discussões extremamente importantes como: relacionamento a distância entre cônjuges e filhos, carreira profissional, prevenção de doenças, empoeiramento feminino, preconceito, religião, diversidade de raça e gênero.
A história da Away é centralizada na comandante Emma Green. Além de ser mãe e esposa, ela também é uma astronauta incrível. A Emma passou anos se preparando para cumprir a missão de ir para Marta. O lado da Emma profissional é forte, determinado e focado. Em muitos momentos ela é questionada se tem habilidade em liderar e em todos eles a astronauta prova que merece estar na posição que chegou.
A Emma mãe é incrível, dá vontade de receber os conselhos dela de noite. Já a Emma esposa é companheira e amorosa. O legal dessa série é que o casal se conheceu no mesmo treinamento para participar da viagem espacial inédita. Por isso, eles se entendem muito bem e se respeitam. Tanto que, nesse caso, diferente do que estamos ainda acostumados a ver, a mãe foca em sua carreira profissional enquanto deixa os cuidados da filha, já adolescente, sob os olhos do pai por um período longo (3 anos).
Essa chamada troca de papéis, acontece porque o pai que teoricamente era o mais indicado para liderar a missão, descobre que herdou uma doença rara, chamada CCM, que traduzida para o português é Malformação Cavernosa Cerebral. Esse mal ocorre porque existem vasos sanguíneos no corpo que foram criados com anormalidades, causando problemas no cérebro ou na medula. A doença aparece em vários momentos para causar tribulações para o marido da Emma.
Posso dizer, com toda a certeza que essa série não foi feita para quem não aguenta emoção. Não acontecem coisas surpreendentes o tempo todo, mas elas ocorrem com bastante frequência. No início, quando os astronautas estão chegando na Lua, a primeira parada antes de ir para Marte, a nave quase pega fogo. Muita tensão! Além disso, por conta dos problemas que começam a acontecer com seu marido e filha, a comandante quase volta para casa.
Ao longo dos 10 episódios, enquanto os personagens estão a caminho de Marte, são abordadas temáticas bem diferentes. Durante quase 1h você é transportado para o passado de cada um, conhece um pouco mais do que levou cada tripulante para essa aventura singular. Como eu comentei acima tem cenas na série Away que fazem seu coração dar uma congeladinha. Em um momento eles perdem o aparelho responsável por filtrar a água na nave. Isso me fez refletir muito sobre a importância que a água tem na nossa vida.
Em outra situação, um dos tripulantes fica doente, e para ajudar, a doença é contagiosa. Já pensou? Um pessoa no meio de 5 ficar mal, sem poder fazer uma quarentena decente? Mas a parte que mais me assustou, apesar de não ter acontecido de verdade, é quando a comandante e outro astronauta saem da nave para consertar um aparelho. A Emma é tão corajosa, que se desprende e literalmente voa até o outro lado.
Tem diversidade na série Away: ainda bem!
Ainda bem que as produções estão mudando! Nos últimos anos tem havido mais investimento em séries e filmes que não focam na supremacia do homem branco. Apesar do marido e da filha da protagonista serem americanos e brancos, o seriado apresenta importantes personagens de outras raças e nacionalidades.
Os astronautas são um bom exemplo disso. A outra mulher que ocupa a nave vem da China, já os outros três homens vem da Rússia, África e Índia. Algo que me chamou bastante atenção sobre a diversidade cultural é que são faladas outras línguas na série, além do inglês. Cada astronauta fala em seu idioma materno em diversos momentos.
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