
‘Conto de Quem Sonha’ estreia debatendo temas importantes para crianças e adultos
Espetáculo estreia temporada gratuita de forma online, até 28 de março, com sessões aos sábados e domingos com acessibilidade

“Infância é tudo igual?” Com essa pergunta o projeto online ‘Conto de Quem Sonha’ estreiou sua temporada em 27 de fevereiro e que vai até 28 de março com sessões gratuitas aos sábados e domingos às 17h no Youtube. O projeto é apoiado pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria do Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
A ideia da peça, idealizada por Clara Equi e Alain Catein, nasceu quando a dupla viajava pelo Brasil com outro espetáculo infantil: ‘Curupira’, da Cia Boto Vermelho.
– Eu e Clara estávamos em viagem pelo Brasil com essa produção e nessas viagens tivemos contato com várias crianças do país inteiro e entramos em um debate sobre a “geografia da infância”. Daí, nasceu a ideia de falar um pouco sobre as infâncias que são invisibilizadas, que não ganham espaço. Reunimos elenco, ensaiamos e pesquisamos juntos até chegar no formato da peça: online, contando história de crianças bem diferentes, mas que sonham e que ainda são só crianças – explica Alain.
Sinopse: Infância é tudo igual? ‘Conto de Quem Sonha’ vem contar 3 realidades diferentes: como brinca uma criança num lixão? Como é a rotina de uma menina cega? Como uma criança que trabalha faz para se divertir? Através de efeitos, animações e brincadeiras em casa, contamos essas histórias sobre as infâncias que mesmo diferentes ainda sonham.

Apesar de ter como público inicial as crianças, a temática de ‘Conto de Quem Sonha’ pode ser entendida, absorvida e debatida por pessoas de diferentes faixas etárias. “É uma produção para crianças de todas as idades, para jovens, adultos e idosos, para pessoas que sonham e que tem saudade e amor pela infância. Além disso, de maneira lúdica, debatemos sobre a desigualdade social, sobre a má distribuição de renda e de falta de oportunidades no nosso país. Temos muitas crianças que não são tratadas como. Nossa peça vem para tentar mostrar que elas ainda são crianças, mesmo que a sociedade não as veja assim” – ressalta Catein sobre os temas debatidos.
A produção ainda trará em suas apresentações acessibilidade (Libras e áudio-descrição). Acreditamos que além de obrigatoriedade, acessibilidade é questão de democratização do acesso, inclusão social e justiça. Então, temos que ser o máximo acessíveis em todas as nossas comunicações – diz Catein.
O elenco é formado pelos atores Antônia Medeiros, Clara Equi, Gabi Levask e Mateus Penna Firme, trará para o espetáculo, elementos lúdicos que prometem levar ao universo que quer retratar. Além do nosso elenco, que está afinado com o tema, teremos animação 2D (desenhos), stop motion e manipulação de bonecos com contação de história. Temos como inspiração produções que fazem sucesso entre os pequenos e os adultos também (rs) como: ‘Castelo Rá-Tim-Bum’, ‘Irmão do Jorel’ e animações do estúdio Pixar – diz Alain, que também é o diretor de ‘Conto de Quem Sonha’.
O espetáculo não é um musical, mas trará alguns momentos com músicas. Quando pensamos em brincadeiras de infância, vemos que a musicalidade está sempre entrelaçada com esses momentos. No “Conto de Quem Sonha”, a música aparece dessa forma, como uma representante da brincadeira no cotidiano das crianças. As personagens cantam em cena como se essas músicas fossem compostas por elas no dia a dia – algo para trazer cor e alegria para o que se vive sempre – finaliza Clara que assina a dramaturgia da história.
Os ingressos podem ser adquiridos, de forma gratuita, pelo Sympla.
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