Campos de concentração no Ceará são tema do filme “Currais”
“Currais” recebeu o Prêmio Abraccine de Melhor filme de diretor estreante na 43ª Mostra Internacional de São Paulo
O documentário “Currais”, dirigido por Sabina Colares e David Aguiar é um dos destaques das estreias do mês da distribuidora O2 Play.
O filme mostra os bastidores de uma história pouco contada no País. É que durante o período da seca de 1932, no Ceará, foram criados vários campos de concentração para aprisionar e impedir que os flagelados chegassem à cidade de Fortaleza, capital do Estado. Militares e representantes da sociedade civil decidiram escravizá-los, legitimando os interesses da elite econômica por meio de políticas de repressão e higienização social. Remanescentes narram fragmentos de memórias e lutos interrompidos, testemunhados nos casarões em ruínas das concentrações e no culto das “almas da barragem”, resistentes ao forte apagamento histórico.
“Currais” recebeu o Prêmio Abraccine (Associação Brasileira dos Críticos de Cinema) de Melhor Filme de diretor estreante durante a 43a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e percorreu outros festivais, incluindo o tradicional Cine Ceará (Prêmio de Melhor Filme Olhar do Ceará), a Mostra Competitiva de Tiradentes (MG), foi premiado no Festival de Aruanda do Audiovisual Brasileiro em João Pessoa (PB) como Melhor Direção, Direção de Fotografia, Direção de Arte e Atriz (Zezita Matos), e ainda foi premiado como Melhor Direção no Amazônia Doc (AM). Foi selecionado também para o International Documentary Film Festival de Buenos Aires, na Argentina e para o Festival Cine del Mar em Punta del Leste, no Uruguai.
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