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Por: Letícia Bortoleto Vargas 09/03/2023
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Desaparecida: uma premissa simples, mas com reviravoltas ótimas

Protagonista não mede esforços para localizar sua mãe “desaparecida” e descobrir os envolvidos na história

Desaparecida (Missing, no original), é um suspense, baseado na história de Sev Ohanian e Aneesh Chaganty e se trata da sequência de “Buscando”, filme de 2018, mas, caso não tenha assistido o primeiro, não se preocupe, isso não atrapalha em nada a experiência. Digo por experiência própria, já que eu mesma não sabia que se tratava de uma sequência, antes de ver e pude compreender tudo e me surpreender da mesma forma.

Na trama, June (Storm Reid) é uma jovem de 18 anos que mora com a mãe, Grace (Nia Long), em Los Angeles. Seu pai já é falecido. Um belo dia sua mãe viaja para Colômbia, com o namorado, Kevin (Ken Leung) e June fica em casa, sozinha, mas com o contato de uma amiga da mãe dela, como emergência, um pouco de dinheiro e o aviso de que ela voltaria tal dia e que June iria buscá-la no aeroporto.

Desaparecida

Como uma típica adolescente, June mete o louco e gasta o dinheiro de emergência a torto e a direita, faz festa em casa e ignora as mensagens da mãe, contando da viagem. Corta para o aeroporto, onde sua mãe nunca apareceu e então June percebeu que tinha algo estranho. Assim começa a busca dela, toda feita praticamente pela internet, para encontrar a mãe.

A primeira vista é uma premissa já um pouco batida, mas temos que considerar que nesses clichês, o protagonista, o herói que vai em busca de seus familiares, normalmente é um homem branco de meia-idade, e não uma mulher preta, muito menos adolescente. O elenco em si traz bastante diversidade, já que a maioria diretamente envolvida na história não é branca.

Desaparecida

Outro ponto muito interessante, é a forma de filmagem em si que, assim como o primeiro filme, ela é feita toda por câmeras de webcams, celulares, câmeras de vigilância, até a câmera de ré do carro. O filme inteiro é dessa forma, uma forma interessante de nos mostrar que estamos sempre conectados, de alguma forma e, vivemos o nosso próprio “Big Brother”, sendo monitorados constantemente e deixando nossos rastros por aí.

E falando em deixar rastros, esse é outro ponto muito importante nas buscas de June pela mãe, o fato de estarmos sempre conectados à tecnologia. Sempre com o telefone, que se tornou “uma extensão do nosso próprio corpo”, parafraseando o filósofo Herbert Marshall McLuhan, é justamente como June consegue rastrear os passos da mãe e do namorado dela.

Chega até a ser impressionante o trabalho de hacker da menina de entrar nas contas do Google de cada um, visualizar histórico de locais visitados, pessoas bloqueadas, extratos de cartão, etc. E tudo isso, não com a ajuda da polícia, mas a de um senhor colombiano, Javier (Joaquim de Almeida) que ela contratou por 8 dólares à hora, e que depois até viraram amigos.

Desaparecida

Mas, voltando ao desenrolar do filme, fui pega, constantemente, de surpresa pelos plot twists, sempre que eu começava a formular uma teoria do que estava acontecendo, algum fator mudava e levava junto toda minha ideia, então eu começava uma nova teoria, seguindo as novas informações que tinha. Tudo para ser tapeada e ter que deletar tudo do cérebro e seguir por um terceiro, quarto, quinto caminho. As conexões, coisas que eu nem cogitei e, no final, o verdadeiro “herói” do dia foi outro. Quem? Só vendo para você saber.

Nem vi o tempo passar, fiquei intrigada do começo ao fim e é assim que um bom suspense deve ser, e é assim que eu quero que todos se sintam, por isso, fica a recomendação. E não, até esse momento, eu ainda não vi o primeiro filme, o tal de “Buscando”, mas vou providenciar isso porque sou curiosa.

Desaparecida já está disponível nos cinemas brasileiros.

Por: Letícia Vargas

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