“Downtown Abbey II: Uma Nova Era” | A Nova Era chegou mesmo?
O longa “Downtown Abbey II: Uma Nova Era” que estreou nesta quinta (28) traz mais segredos e festas, mas não sustenta a atenção do público (pelo menos não a minha!)
Mesmo que “Downtown Abbey II” tenha iniciado com muita alegria de um casamento e a tristeza de um funeral, não devemos nos apegar aos fatos para acompanhar o longa. O que nos conduz na história é a chegada dos novos ares e por uma herança inesperada a Violet Crawley, a condessa viúva de Grantham (Maggie Smith).
Com a saúde enfraquecida a Condessa Violet Crawley não perde a oportunidade de nos fazer rir com a icônica frase: “Eu recusaria uma vila no Sul da França?”. O deboche no rosto de Maggie Smith nos persegue desde os primeiros longas em que atuou tão perfeitamente e não se faz diferente nesse longa.
O longa “Downtown Abbey II: Uma Nova Era” retrata uma herança recebida pela viúva de um homem que conheceu a 70 anos atrás quando a jovem Violet encantou o Marquês de Montmiral durante o período que passou em sua vila francesa. Com a morte do Marquês, mesmo que eles nunca mais tivessem se visto, ele deixou a ela de herança a mansão na Riviera Francesa.
A viúva do Marquês está disposta a brigar pela mansão, mas seu único filho deseja conhecer a família que vai ficar com o imóvel, sendo assim, metade da família da Condessa Violet vai até a França com parte de seus criados para passarem uma temporada no local, seu filho – Conde de Grantham, descobre o passado de sua mãe, trazendo-lhe uma dúvida enorme sobre sua própria história.
Em Downtown, o restante da família que ficou consegue a aprovação da Condessa para algo improvável, a gravação de um filme na mansão da família. A principal aceitação deste acontecimento é para a reforma do telhado, sendo o principal argumento de toda família. Os empregados aprovam em uníssono, já que haverão muitos astros do cinema dentro de casa.
Nota-se de cara que as duas histórias vão passar uma correlata a outra, no mesmo instante que as loucuras das filmagens acontecessem, as descobertas do passado de Violet são reveladas. Confesso que tenho grandes ressalvas com um filme sendo dividido ao meio, enquanto acontece um fato aqui e outro lá minha mente não se adaptou aos cortes secos e sem preparação para as transições nada saudáveis entre os fatos.
A fotografia de Downtown Abbey II é impecavelmente bem feita e bem pensada para a época em que se passa, entre 1928 e 1929. A sonoplastia é limpa e deliciosa de se ouvir, entretanto não posso dizer o mesmo sobre os cortes e transições de cena, que acabam prejudicando nossa apreciação e embaralhando nossas cabeças (além de confundir os poucos neurônios que habitam minha mente).
“Downtown Abbey II” faz sua mente trabalhar incanssavelmente para compreender todos os fatos que estão acontecendo, se não estiver muito conectado com a história posso garantir que não valerá a pena. O que prende muito nossa atenção certamente são as deliciosas piadas e tiradas divertidas que nos fazem ficar mais “confortáveis”, mesmo que sem compreender muito bem onde estamos.
O fato de trazer em seu título “Uma Nova Era” o longa não preenche a grandeza que o nome traz, fazendo que seja mais do mesmo e nada de novo. Caso você seja fã da saga, desconsidere 20% do peso deste texto e vá de peito aberto para o longa. Me deixou muito intrigada (e confortável!) o fato de colocarem sempre os serviçais em ação e darem o devido valor aos mesmos durante o longa.
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