Druk: Mais uma Rodada – filme indicado ao Oscar discute alcoolismo
A corrida pelo Oscar chegou. O filme que estreou na última quinta-feira, Druk – Mais uma rodada – foi indicado a Melhor Filme Internacional, e vem trazendo uma reflexão sobre os abusos do álcool.
Druk é um filme dinamarquês que esta concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Discutindo temas como alcoolismo, crise da meia-idade, juventude e relacionamentos, a obra entrega um possível cult moderno.
O filme de Thomas Vinterberg, – Druk: Mais Uma Rodada-, estreou no Brasil dia 25 de março. É indicado aos prêmios do Oscar de Melhor Diretor e Melhor Filme Internacional. O longa-metragem chega simultaneamente nos cinemas e nas plataformas de video on demand ( NOW, Vivo Play, Sky Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube)
Druk conta a história do professor de história Martin, que entra na crise da meia idade e se vê um homem diferente em relação a sua juventude: desanimado, desmotivado, triste, desconfortável. Em uma reunião com seus amigos professores, descobre que eles estão sentindo o mesmo. Em busca de uma mudança e em uma tentativa de regaste ao passado, os 4 amigos resolvem fazer um experimento: se alcoolizarem durante o dia para ganhar coragem, entusiasmo e ânimo.
A princípio o resultado começa sendo positivo. Eles se tornam professores melhores, com aulas mais espontâneas e divertidas, e logo Martin se torna o professor mais queridos dos alunos.
Mas nem tudo é festa nesta vida de bebedeira, e isso é uns dos grandes méritos do filme, mostrar como o álcool potencializa a personalidade humana, tanto para mal, quanto para o bem. Logo vemos problemas de alcoolismo afetando a vida dos professores, que passam por crises em seus relacionamentos e na profissão.
Druk consegue ser uma obra que divide entre drama e comédia de uma forma bem clara, o que ajuda a transmitir sua mensagem. Quando os personagens estão vivendo seu ápice, sendo excelentes professores e se divertido diante de tanta bebedeira, Druk se torna uma comédia com um humor sutil, apresentado situação engraçados de bêbedos. Nessas ocasiões, o filme tem cores vivas, cortes dinâmicos e diálogos divertidos, passando uma sensação leve.
Quando o filme parte para seu drama, para discutir os problemas do alcoolismo, Druk muda sua estética, com tons mais frios, grandes planos sequencias, deixando o filme lento e cadenciado. Nessas cenas vemos brigas, discussões e um momento bastante triste envolvendo os amigos.
Alguns momentos de Druk são arrastados, deixando o filme meio parado, mas fora essas cenas, a dinâmica entre os atores promove momentos engraçados e divertidos, como a dança dos professores ao som de Cissy Strut da banda The Meters.
Podemos classificar Druk como um cult moderno. Um filme com uma estética bastante europeia, edição limpa e uma bela fotografia. Uma obra que entra em discussões de alcoolismo e identidade de maneira leve. Certamente, é mais que merecido sua indicação como Melhor Filme Internacional.
Sinopse:
Para alegrar um colega em crise, um grupo de professores de ensino médio decide testar uma ousada teoria de que serão mais felizes e bem-sucedidos vivendo com um pouco de álcool no sangue. Parece a solução perfeita para quebrar o marasmo de seus dias. E, assim, começa esta embriagante sátira social de Thomas Vinterberg.
Ficha Técnica
Direção: Thomas Vinterberg
Roteiro: Thomas Vinterberg & Tobias Lindholm
Produção: Sisse Graum Jørgensen & Kasper Dissing
Elenco: Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang, Lars Ranthe, Maria Bonnevie, Helene Reingaard Neumann, Susse Wold, Magnus Sjørup, Silas Cornelius Van
Direção de Fotografia: Sturla Brandth Grøvlen
Desenho de Produção: Sabine Hviid
Montagem: Janus Billeskov Jansen, Anne Østerud
Gênero: drama, comédia
País: Dinamarca, Suécia, Holanda
Ano: 2020,
Autor: Rafael Bittencourt
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