É Assim Que Acaba: A verdade escondida nos detalhes
“É Assim Que Acaba” estreia nesta quinta-feira (08) nos cinemas
A espera chegou ao fim e já está entre nós a adaptação de “É Assim Que Acaba“, longa baseado no bestseller de Colleen Hoover.
No filme, Lily (Blake Lively) se muda para Boston para realizar um sonho: abrir sua própria floricultura. Nessa nova fase de sua vida, em uma noite, ela conhece Ryle (Justin Baldoni), um neurocirurgião e, juntos, iniciam um relacionamento. Mas quando Atlas (Brandon Sklenar), um amor da adolescência, retorna para a sua vida de forma inesperada, Lily descobrirá que apenas 15 segundos serão suficientes para mudar tudo.
Antes de prosseguir com a resenha, é importante ressaltar o aviso de gatilho envolvendo violência doméstica.
“É Assim Que Acaba” foi o único livro que eu li da autora e é fácil entender o por que ele se tornou um sucesso, apesar de Colleen ter feito algumas escolhas controversas para o licenciamento de produtos envolvendo essa marca.
A sua escrita viciante e sua protagonista são os responsáveis por nos fazer devorar página após página e também por apertar o nosso coração e nos colocar em um estado de alerta crescente conforme surgem os primeiros indícios do que está por vir.
A forma honesta com que ela desenvolve um tema tão sensível e que ainda nos dias atuais reflete o cotidiano de tantas mulheres ao redor do mundo, nos fazendo entender no intimo todas as atitudes de Lily durante sua jornada e as dificuldades e questões envolvidas, é um dos grandes trunfos dessa história.
Dito isso, o enredo do filme não é nenhuma surpresa para mim e acredito que o material de divulgação entrega detalhes até demais sobre a obra.
Mas afinal, essa é uma boa adaptação? A resposta é sim. O diretor Justin Baldoni consegue conduzir bem a história, mas o roteiro de Christy Hall soa inchado em alguns momentos da projeção, passando a sensação que o longa tem uma duração maior do que a real.
A sempre carismática Blake Lively está excelente como a protagonista e não decepciona em momento algum da narrativa, sendo capaz de arrancar lágrimas do espectador com facilidade. A escolha da atriz Isabela Ferrer como sua versão jovem foi um grande acerto do casting, uma vez que ela possui traços físicos que impressionam pela semelhança com Lively, nos fazendo crer que aquela adolescente realmente se tornou aquela mulher em sua fase adulta.
Baldoni, agora na função de ator, e Brandon Sklenar completam o trio principal e estão ótimos em seus respectivos papéis, mas, novamente, por conhecer a história e saber quem é quem, desde o início é difícil você se relacionar e se afeiçoar com um dos personagens sabendo quais serão as suas atitudes futuras, por mais que o mesmo tenha passado por uma situação extremamente delicada no passado. E ainda assim, esse trauma não justifica de forma alguma suas ações no presente.
Por fim, Jenny Slate que interpreta a melhor amiga de Lily e é irmã de Ryle, Alyssa, e Hasan Minhaj que dá vida ao marido dela, Marshall, conseguem trazer um certo alívio cômico dentro de uma história que trata de um tema tão denso. São divertidos e convencem como um casal que está a um tempo considerável juntos.
Os figurinos de Eric Damán, que causaram reboliços na internet quando as primeiras imagens das filmagens vazaram por serem excêntricos demais, de maneira impressionante, casam bem com a fotografia de Barry Peterson e não incomodam de forma alguma. Pelo contrário, eles também ajudam a contar a narrativa e algumas composições emulam bem a máxima do “lobo em pele de cordeiro“, uma sacada inteligente e que será percebida com facilidade por aqueles mais atentos.
A direção de arte de Marci Mudd e Annie Simeone faz questão de inserir flores sempre que possível pelo cenário, sejam nas dezenas de vasos belíssimos à mostra na floricultura de Lily como também em algumas estampas de roupas, cortinas, entre outros, evidenciando a paixão da personagem por esse elemento.
Ressaltando a importância de uma rede de apoio, “É Assim Que Acaba” da Sony Pictures é forte em sua mensagem e, assim como o livro, é capaz de arrancar lágrimas do espectador. Então leve lencinhos para a sessão, você pode precisar.
Texto Elaborado por Jamerson Nascimento.
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