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Por: Letícia Couto 11/12/2020
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Documentário – “Emicida: AmarElo é tudo pra ontem” e história para hoje

Recém-lançado na Netflix, documentário de Emicida é repleto de referências históricas e representatividade

Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida, escreveu sua própria história e se tornou um dos maiores rappers do Brasil. Filho de dona Jacira, ele tem a carreira marcada por grandes sucessos como Triunfo, e também, por seu trabalho como empreendedor na Laboratório Fantasma (agência de entretenimento).

No documentário “Emicida: AmarElo é tudo pra ontem”, lançado no último dia 8 na Netflix, o rapper traz a música, mas também traz a história da população negra e de suas representações, com cenas de bastidores, conversas e trechos de seu show no Theatro Municipal de São Paulo. O trabalho escravo no mundo e, principalmente, no Brasil é abordado de forma tão explicativa e com uma linguagem informal, que se alguém não entendeu é porque assistiu errado. 

O racismo é pauta no documentário e – infelizmente – precisa ser, principalmente em um ano marcado por manifestações sobre as mortes do menino Miguel, do João Pedro, de George Floyd e muitos outros. O surgimento do hip hop, lá nos anos 70 no subúrbio do Bronx, bairro de Nova York, também é citado na produção.

Como o próprio nome já diz, é tudo para ontem. É um grito por mudanças que já deveriam ter sido realizadas há muito tempo. É pelo fim do racismo. Mas assim como a construção do Theatro Municipal, bloco por bloco, a mudança acontece pouco a pouco, até se concretizar, igual as paredes do ponto histórico de São Paulo, levantadas por mãos negras. “A gente precisa lutar por que a única coisa que a gente tem é uns aos outros”, é o que diz Emicida, e é confirmado na letra de Principia: “Tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis”.

Emicida
Emicida | Foto: Divulgação/Netflix

Outro ponto marcante do documentário são as participações, de Pablo Vittar a Fernanda Montenegro. A atriz brasileira aparece recitando o poema Ismália de Alphonsus de Guimaraens, deixando a narrativa ainda mais tocante e emocionante. E já que estamos falando de narrativa, o roteiro segue uma linha do tempo dividida em atos, que puxa o público para dentro da história, deixando tudo explicativo.

Como foi citado, Pablo Vittar aparece no documentário, ao lado do rapper e de Majur, durante a apresentação no Municipal, fechando o documentário ao som de AmarElo e com o público do Theatro aplaudindo de pé e, o de casa, arrepiado. Com o selo da Laboratório Fantasma, outros artistas fazem parte do projeto, entre eles: Evandro Fioti, irmão e sócio de Emicida, responsável pela produção.

Já era previsto que o documentário seria marcante e um sucesso. O álbum de mesmo nome foi lançado ainda em 2019 e ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.

Sem contar o refrão da faixa título, que traz ao público uma esperança de tempos melhores. E em ano de pandemia do coronavírus, é este trecho que queremos cantar em 2021: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”.

“AmarElo é tudo pra ontem” está disponível na Netflix. Confira ao trailer:

Texto: Letícia Couto (@ilecouto)


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