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Por: Redação Nerd Recomenda 19/10/2020
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“Enola Holmes” e a representatividade feminina

Lançado em setembro pela Netflix, “Enola Holmes”, surpreende na discussão sobre Direito das mulheres
Enola Holmes
Poster de “Enola Holmes” apresenta uma impressionante imprecisão histórica

Uma das surpresas do mês de setembro para mim foi o filme “Enola Holmes”, da Netflix. Eu vinha passando meus dias focada em “Território Lovecraft” (inclusive, assistam!) e não entrei no hype da adaptação estrelada por Millie Bobby-Brown logo de cara. Porém, assim que parei para assistir, uma coisa no filme me surpreendeu: o apelo ao feminismo.

Aqui não vai ter grandes spoilers, não se preocupe.

A protagonista Enola, a jovem irmã de Sherlock Holmes (ele próprio), é uma garota um tanto quanto diferente do esperado para os padrões da época. Criada por uma mãe solteira, vista como excêntrica, Enola teve uma educação que pouco se parecia com a das demais meninas: enquanto elas aprendiam a bordar e dançar, Enola aprendia a lutar e lia livros de políticos clássicos. Logo no início do filme, nos é apresentado que sua mãe é uma sufragista, mulher que lutava pelo direito do voto feminino, ou seja, uma feminista. O irmão mais velho dela, Mycroft, repudia essa criação e os modos de sua mãe veementemente sobre a irmã caçula, a querendo obrigar a ir para uma escola interna para garotas aprender a se “portar como uma dama”. Um cara machista, como dá para ver.

Enola Holmes

Porém, em uma determinada noite, a mãe de Enola desaparece do mapa. Começa-se então uma busca pela mulher, que deixa algumas pistas em lugares que só a filha (e, claro, o esperto Sherlock) saberia encontrar.

Muito da história, como vocês podem perceber, gira em torno dos direitos e da liberdade da mulher. Isso é parte decisiva e importante do filme, o que eu acredito que é algo que deva ser mais divulgado, algo que com certeza, atrairia muito mais pessoas a assistir o longa, caso soubessem do pano de fundo do filme!

Além disso, achei muito bom (e importante!) terem colocado uma mulher negra num papel decisivo na história. Poderiam ter mais pessoas não-brancas no filme? Sim, com toda certeza, e devemos torcer (e cobrar a Netflix) para que isso ocorra nas sequências, caso haja.

Gostei muito da forma como a história é contada, se utilizando de flashbacks com a mãe de Enola e usando de quebra da quarta parede (uma técnica que eu AMO!) para que a protagonista se comunique com o telespectador. Todos esses recursos fazem desse um filme interessante e diferenciado, algo que eu não esperava.

Todos os plot twists da história foram, de fato, plot twists! Eu, que estou acostumada com histórias de mistério e suspense, não esperava nada do que aconteceu, me deixando realmente surpresa com o final. 

“Enola Holmes” é, acima de tudo, um filme com mulheres fortes. A própria protagonista é uma personagem encantadora, com toda a sua esperteza e seu jeito incansável. Fui assistir esperando um filme mais ou menos de mistério, e me peguei vidrada em uma produção sobre empoderamento que me divertiu do início ao fim! Estou ansiosa pelas próximas notícias da Netflix para saber se irá haver continuações.

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