Entre Mulheres: Filme retrata luta das mulheres por seus direitos
Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado, ‘Entre Mulheres’ chega aos cinemas brasileiros
Entre Mulheres chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 02/03, trazendo uma grande discussão em relação aos direitos das mulheres sobre seus corpos, e deveres perante a sociedade.
Baseado no livro homônimo de Miriam Toews, o filme com roteiro e direção de Sarah Polley conquistou duas indicações ao Oscar deste ano, como Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado – o que não surpreende quem já conferiu o longa.
Na trama, mulheres de uma colônia distante da cidade grande se unem contra homens que as agrediram sexualmente. Conforme é retratado em tela, membros do grupo dopavam as mulheres e, no meio da noite, invadiam o quarto e as estupravam. Mas, por causa do remédio, elas notavam o que havia acontecido apenas ao acordar.
Por conta da crença da colônia, essas mesmas mulheres eram influenciadas a acreditarem que forças do mal haviam cometido aqueles crimes. Até que em uma das noites, uma das vítimas não sofreu o efeito do remédio e flagrou o agressor antes que ele entrasse na casa e o reconheceu.
Como já sabemos, a arte imita a vida e, assim como na vida real, essas mulheres tiveram suas vozes caladas e foram desacreditadas perante a sociedade, sendo forçadas a perdoar, para agradar ao Senhor. Por isso não é chocante quando aparece a seguinte frase na telona: “Esta história é fruto da fértil imaginação feminina”.
No decorrer da história, as irmãs Salome (Claire Foy) e Ona (Rooney Mara), ao lado de Mariche (Jessie Buckley), Agata (Judith Ivey) e Greta (Sheila McCarthy) buscam por uma solução, mas acabam dívidas entre ficar e lutar ou partir. Dessa forma, elas iniciam um debate memorável sobre os prós e contras de se arriscarem a continuar ao lados dos homens. Dentre os assuntos abordados, também tem o direito de voto das mulheres e a violência doméstica.
Mas é indiscutível que o elenco fez com que Entre Mulheres se tornasse um grande sucesso, pois, apesar do enredo comovente e bastante real, a garra e determinação das personagens fazem com que o público se renda à história, esperando um final libertador.
++ Belo, mas doloroso, “Close” é uma melancólica viagem pelo fim da inocência
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