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Por: Letícia Bortoleto Vargas 12/09/2021
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HAMNET, de Maggie O’Farrell

Arrebatador, o premiado romance histórico sobre uma família destroçada pelo luto conta como a morte do filho teria inspirado Shakespeare a escrever Hamlet

Em 1596, o filho de onze anos de William Shakespeare, Hamnet, morreu em Stratford-upon-Avon, pequena cidade na Inglaterra, de causa desconhecida. Poucos anos depois, o famoso dramaturgo inglês escreveu a peça considerada por muitos sua obra-prima, dando a seu herói trágico uma variação do nome de seu filho morto. Passados quase quatro séculos, Maggie O’Farrell era adolescente, quando, na escola, ouviu falar do menino pela primeira vez.

Hamnet
HAMNET, de Maggie O’Farrell | Tradução: Regina Lyra Páginas: 384, Editora: Intrínseca, Livro impresso: R$ 64,90, E-book: R$ 44,90

A semente da curiosidade plantada há trinta anos se transformou em um romance premiado e arrebatador que, sem mencionar o nome do dramaturgo, mergulha profundamente na história da família ― focando na trajetória da mãe da criança, a quem a autora chama de Agnes (outra variação do nome da esposa de Shakespeare seria Anna), e nas suas tentativas desperadas de salvar o filho.

É a partir dessas poucas referências disponíveis sobre a vida do bardo que Maggie O’Farrell cria magistralmente a trama protagonizada por Agnes, uma mulher excêntrica e selvagem que costumava caminhar pela propriedade da família com seu falcão pousado na luva e tinha dons extraordinários, como prever o futuro, ler pessoas e curá-las com poções e plantas.

Enquanto isso, o personagem mais famoso do romance não tem nome; ele é chamado de “seu marido”, “o pai”, “o tutor de latim”. Filho de um luveiro caído em desgraça e com péssima reputação na cidade, ele casou-se com a protagonista, detentora de uma generosa porção de terra e alguns anos mais velha. Tiveram uma filha e um casal de gêmeos.

Após o casamento, Agnes se torna uma mãe superprotetora e a força centrífuga na vida do marido, que seguira para Londres com o objetivo de se estabelecer como dramaturgo. A vida do casal é gravemente abalada quando o filho Hamnet sucumbe a uma febre repentina.

Saudado pela crítica e vencedor do Women’s Prize for Fiction em 2020, Hamnet chega às livrarias brasileiras no dia 8 de setembro, pela Intrínseca. Em julho, o romance foi lançado com exclusividade para os assinantes do clube do livro da editora ― o intrínsecos. O livro é um retrato brilhante de um casamento, uma evocação devastadora de uma família destroçada pelo luto e pela perda e uma reconstituição delicada e memorável de um menino cuja vida foi esquecida, mas cujo nome intitula uma das peças mais celebradas de todos os tempos.
 

"Hamnet é a prova de que sempre há novas histórias a serem contadas até quando se trata de uma das figuras históricas mais conhecidas. A obra também revela a escrita extremamente versátil de O'Farrell, com um entendimento profundo dos laços humanos ― qualidades atribuídas também a um certo professor de latim de Stratford."
―The Observer
Hamnet
Maggie O’Farrell. © COPYRIGHT PHOTO BY MURDO MACLEOD All Rights Reserved

Nascida na Irlanda do Norte em 1972, MAGGIE O’FARRELL cresceu no País de Gales e na Escócia e mora atualmente em Edimburgo. Também é autora de A mão que me acariciouprimeiro (vencedor do Costa Novel Award); Instructions for a HeatwaveThis Must Be thePlace; e, mais recentemente, Existo, existo, existo: dezessete tropeços na morte.


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