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Por: Jamerson Nascimento 11/07/2024
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MaXXXine: Nós merecíamos (muito) mais

“MaXXXine” já está em cartaz nos cinemas

Depois do ótimo “X – A Marca da Morte” (2022) e do excelente “Pearl” (2023), Ti West retorna as telonas para concluir a sua trilogia com “MaXXXine”.

Em “MaXXXine”, continuamos acompanhando a jornada de Maxine Minx (Mia Goth) em sua tentativa de se tornar uma grande estrela de Hollywood nos anos 80. Porém, um assassino em série pode colocar seus planos em risco quando ele ameaça relevar ao mundo o passado sombrio da mulher.

Confesso que não esperava que o diretor conseguisse superar a qualidade técnica e narrativa apresentada em “Pearl”, mas tinha a expectativa de que, pelo menos, esse novo capítulo ficasse acima do que foi entregue em  “X – A Marca da Morte”. Infelizmente, arrisco dizer que esse seja o mais fraco dos três.

Enquanto que em “X” Ti West bebeu muito da fonte dos filmes de terror setentistas onde temos grupos de jovens sendo alvos de um ou mais assassinos e em “Pearl” que, além de integrar a seleta lista onde é abordado a temática de horror à luz do dia, também fez paralelos com “O Mágico de Oz”, em “MaXXXine” o diretor opta por levar a franquia para o gênero de thriller.

Não que os elementos de terror não tenham sido utilizados. Eles permanecem aqui, porém, de maneira mais pontual. De qualquer forma, em certo ponto, o roteiro se torna cansativo de acompanhar, repetitivo em alguns momentos e não consegue gerar a tensão e curiosidade necessária para que seja possível embarcar realmente nessa nova fase da história.

Outra questão também se refere a identidade do assassino, o qual é baseado em um criminoso real, responsável por levar a óbito mais de 10 vítimas nos anos 80 nos EUA. Você não precisa ir muito longe para descobrir quem é, basta assistir com atenção os longas anteriores que você conseguirá sacar com facilidade. Se tornando mais uma falha que o filme comete quando se trata do “elemento surpresa“.

Em compensação, apesar do roteiro não ajudar em nada, Mia Goth ainda consegue entregar uma boa performance, mas nada perto do que ja presenciamos nos filmes anteriores.

O elenco também inclui Kevin Bacon, Giancarlo Esposito, Lily Collins e Elizabeth Debicki, os quais até funcionam na narrativa, mas sem nenhuma atuação excepcional, que comporte o peso que cada um desses nomes tem na indústria.

A obra ainda carrega algumas referencias interessantes como o Bates Motel de “Psicose“, por exemplo, mas, apesar de brilhar os olhos quando surge a primeira vez, rapidamente, o encanto é desfeito quando retornamos para a narrativa.

Com exceção de uma única cena realmente angustiante envolvendo o processo de fazer um molde de cabeça, a maquiagem em conjunto aos efeitos visuais patinam entre entregar algo verossímil ou exagerado. Digo isso pois, a primeira cena em que vemos um ferimento feito a faca pode ser decepcionante ao passo que uma das últimas cenas onde envolve a explosão de parte do corpo de um dos personagens pode ser visualmente impactante.

No mais, “MaXXXine” da A24 não empolga com sua previsibilidade e caminha em direção oposta ao que foi mostrando anteriormente, entregando um final mediano para uma franquia que parecia em constante evolução.

Texto Elaborado por Jamerson Nascimento.

Trailer Oficial
Maxxxine Mia Goth Ti West
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