Greenleaf – O black Casos de Família
Sexo, barraco, traição, segredos, disputas de poder e conflitos internos. O assunto é GREENLEAF, o black Casos de Família.
E é disso que a gente gosta (gif de uma criancinha dançando), só que com um detalhe: O CENÁRIO É GOSPEL.
A descrição poderia ser de uma série sobre ensino médio ou durante anos iniciais da faculdade, mas não é. É de se esperar que “onde tenha ser humano, tenham coisas ruins”, então dentro da igreja não é diferente e a série é mais uma prova disto. Ora, ora, também não estou dizendo que na igreja SÓ TENHA COISA RUIM. Cada um sabe o que é bom ou não para si.
A obra que tem produção só da nada conhecida Oprah Winfrey respeita esta ideia e não interfere na espiritualidade dos espectadores. Mas vamos do início pra ficar mais fácil, né?
Greenleaf é o nome da série e de uma família negra que possui uma mega igreja cristã-protestante nos Estados Unidos. Esta família é formada pelos pais, as três filhas e o filho com seus respectivos cônjuges e filhos. Só aí a gente já presume que tenha enredo o suficiente para barraco, já que a maior parte dessa família convive sob a mansão Greenleaf.
E é a partir deste cenário que o enredo é construído: uma família negra com muito dinheiro que possui um igreja. É importante frisar que é uma família negra porque algumas questões dentro da história fazem menções raciais -outro detalhe: a congregação toda é negra.
Voltando à descrição que poderia ser sobre a série de ensino médio: tem bastante sexo, traição e fornicação – termo cristão referente a sexo fora do casamento. Se posso comparar a série a algo que conhecemos no Brasil, diria que é um black Casos de Família. Exemplo (2ª temp): existem duas primas entre 17 e 18 anos que em determinada altura da história brigam por um menino e elas são MELHORES AMIGAS e moram na mesma casa. Esse é só um dos barracos que eles têm entre si, mas também existem brigas externas (umas de sair no soco).
Greenleaf está na 4ª temporada e quem distribui é a Netflix. A Oprah, além de ser personagem forte na 1ª temporada, fazendo uma tia confidente, é uma das produtoras-executivas e a série foi exibida primeiro em seu canal (OWN) -maravilhosa, né mores?
Parece muito estranho falar da série sem citar o nome das personagens? É que a lista de atores e atrizes marcadas como principais (ou elenco, como queiram chamar) é extensa: são 11 pessoas! E se fosse para escrever sobre a personalidade e a construção de cada uma, seria uma serenata.
Quem ama moda -e neste caso, lê-se roupas sociais- vai curtir a série também, pois a maior parte do tempo eles passam vestidos de social ou esporte fino, que é o traje utilizado no trabalho (na igreja).
Notas finais
– A série apresenta a Calvary Church (Igreja Calvário, em tradução livre) como uma empresa: tem o pastor líder, que seria o patrão e todos com cargos recebem salários e isso é outro tema de discussão.
– Embora a série fale de “amor, arrependimento e redenção”, que são abordagens muito frequentes nas igrejas cristãs-protestantes, a produção não “prega” para os espectadores, mas reproduz a vivência e as falas deste ambiente. Então volto a dizer: é possível assistir de boa, sem se sentir conduzido ou intimado a nada (até porque, é tanto barraco, que fica difícil lembrar das coisas santas, rsrs).
– Este foi um apanhado geral das 4 partes da série, pensando em quem vai assistir Greenleaf, por que cada “a” diferente no texto poderia soltar um spoiler, pois a obra é um mosaico e aos poucos a gente vai entendendo principalmente as reações de cada personagem sob determinada situação.
Agora, sem mais, espero que gostem, assistam e me procurem para falar mal de umas personagens (que causam raiva de tão bobas!) e bem das roupas (que amei e quero todas). Vamos de trailer e saquem do que estou falando: da 1ª temp e 3ª temp.
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