O Telefone Preto – filme com Ehtan Hawke tem boas ideas, mas decepciona em seu roteiro
Com direção de Scott Derrickson e atuação de Ethan Hawke, O Telefone Preto traz um bom conceito, mas é mal escrito.
O telefone preto promete um suspense, mas decepciona, sem nenhum propósito, e com uma história mal contada. Apesar de ter uma estética e clima de suspense e tensão, filme tem roteiro fraco e não assusta.
Scott Derickson volta ao cinema, após complicações em Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura, que culminou em sua saída da direção do filme e a consequente substituição pelo diretor Sam Raimi. Logo após sua saída, o diretor foca em O Telefone Preto, filme que chega esse mês às telonas.
Protagonizado por Ethan Hawke, esse é um filme de terror que se vendeu como um grande suspense, uma obra de horror com um vilão icônico e aterrorizante, porém decepcionante.
O Telefone Preto se passa nos anos 70, em uma cidade pacata no subúrbio dos Estados Unidos, que vive um mistério em sua sociedade: um serial killer está raptando crianças. Nessa premissa conhecemos os protagonistas do filme, Finn, garoto que foi sequestrado, logo após do desaparecimento de seu melhor amigo Robin. A outra personagem e Gwen, irmã de Finn, que desenvolve habilidades espiritas.
Finn agora vai lutar para sobreviver nas mãos desse serial killer, interpretado por Ethan Hawke. Em seu cativeiro, Finn encontra um telefone preto, que esconde segredos e o ajudará nessa jornada para sobreviver.
Esse filme tinha tudo para ser uma obra de suspense e terror psicológico fantástica, pois a direção de fotografia e ambientação são executadas com maestria. Você imerge nos anos 70, com paisagens de uma cidade suburbana, conexão mecânica referentes à época. O próprio telefone, objeto central do filme, com seu rolamento e fio, se torna um personagem importante para o filme.
O clima construído pelo diretor, acompanhado pela trilha sonora, realmente cria um ambiente de suspense, que faz mergulhar na proposta de terror, porém ela é quebrada pelo roteiro do filme. O texto em O Telefone Preto é péssimo, a história é contada em cima de um vilão mal construído, sem uma motivação ou razão de seus atos, deixa a obra solta, perdida em sua própria narração.
O serial killer se mostra um personagem esquecivel, sem causar impacto ou medo com sua presença, até mesmo bobo e tolo, sendo muito frustrante, afinal, a identidade visual vendida é de um psicopata ardiloso, com sua máscara de demônio, como mostra o cartaz do filme.
No fim das contas, O Telefone Preto se torna mais um filme genérico, sem graça, sem sal e sem o principal… o terror.
texto: Rafael Bittencourt
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