Prisão nos Andes ganha sessão debate Folha com presença do diretor Felipe Carmona
Sessão debate Folha de Prisão nos Andes será no Espaço Augusta, na próxima quarta-feira (18/09), com mediação da jornalista Julia Barbon
PRISÃO NOS ANDES, primeiro longa-metragem do diretor chileno Felipe Carmona, terá sessão com debate em parceria com a Folha de SP na próxima quarta-feira, 18 de setembro, no Espaço Augusta, às 19 horas. O debate terá a presença do cineasta e será mediado pela jornalista Julia Barbon. A sessão será gratuita; com retirada dos ingressos a partir de 18h30.
Com estreia para em 19 de setembro, o longa-metragem retrata cinco cruéis torturadores da ditadura de Pinochet, que cumprem suas penas em uma luxuosa prisão aos pés da cordilheira dos Andes. O local possui piscina, jardins e aviários, e os presos são vigiados por guardas que mais parecem empregados. A tranquilidade é abalada quando uma equipe de televisão entrevista um dos internos, cujas declarações geram um impacto inesperado. Temendo uma transferência para um presídio comum, os militares condenados entram em um estado de delírio e violência em meio à paisagem montanhosa.
Confira o trailer abaixo:
Baseado em uma história real que teve forte repercussão em seu país, este é o primeiro longa-metragem dirigido por Felipe Carmona, cuja trajetória inclui curtas como “William Shakespeare’s Dream in Constantinople” e “Los Camarones Tienen el Corazón en la Cabeza”. O elenco conta com Andrew Bargsted, Hugo Medina, Bastián Bodenhöfer, Mauricio Pešutić, Alejandro Trejo, Óscar Hernández e Daniel Alcaíno.
O diretor também trabalhou com atores que foram vítimas da ditadura, o que trouxe ainda mais autenticidade às cenas. Hugo Medina, por exemplo, foi detido durante a ditadura. Ele foi brutalmente torturado enquanto estava preso e viveu no exílio em Londres por muitos anos.
Carmona revela que o ponto de partida para o filme foi sua curiosidade sobre as conversas, pensamentos e emoções dos homens condenados por crimes contra a humanidade, enquanto cumprem pena nas prisões extravagantes. Segundo ele, o filme também busca questionar o que significa ser chileno e examinar o impacto contínuo do legado da ditadura na sociedade.
O diretor traça um paralelo entre os acontecimentos retratados em 2013 e o Chile atual, destacando como as ideias políticas que sustentaram a ditadura de Pinochet ainda estão presentes e se fortaleceram. Ele reflete sobre a perpetuação das desigualdades sociais no Chile, a brutalidade da ditadura e a persistência do “Pinochetismo” como uma forma de pensar que fragmentou a sociedade e levou a um ciclo de autoritarismo.
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