As mulheres ocuparam lugares importantes na cultura geek, incluindo no gênero fantasia, onde relatam diversos lados das protagonistas femininas, que cada vez mais dominam o espaço principal das páginas e telas espalhadas pelo mundo.

Por muitos anos, o mundo ‘’geek’’, principalmente na fantasia, destacou, majoritariamente, protagonistas masculinos como em Harry Potter, Percy Jackson, Star Wars e muitos outros, tanto em filmes, séries ou livros. Neles, as mulheres eram resgatadas pelo mocinho, pelo qual eram perdidamente apaixonadas, além de serem sexualizadas ou colocadas em posições menos importantes que a do homem, ou seja, não fazia algo muito útil em uma história que merecesse destaque. Muito menos o protagonismo.

Mas ao longo do tempo, as ideologias foram mudando, os criadores das histórias evoluíram suas ideias, e então começaram a surgir protagonistas femininas em filmes, séries e livros, algumas delas aparecendo de forma frágil e evoluindo ao longo do tempo, outras iniciando fortes e terminam com o coração quente de amor e mais poderosas. E com isto, os espectadores também modificaram seu modo de ver essa nova adaptação feminina ao mundo geek, e aos poucos abraçaram esta causa. Até mesmo algumas mulheres secundárias começaram a virar inspirações, como a Hermione, de Harry Potter, por exemplo.

Assim, as protagonistas femininas começaram a ter voz. Bella Swan, Katniss Everdeen, Tris Prior, Elena Gilbert, Capitã Marvel, Mulher Maravilha e muitas outras, dando espaço para a representatividade e mostrando que a força de uma mulher é muito surreal, e quando as mesmas percebem esse poder, ninguém as detém.

Em filmes e séries, algumas personagens vão se desconstruindo ao longo da trama, outras só melhoram após vários problemas, quando se veem obrigadas a passar por um desafio. É nessa hora que a maioria das protagonistas acabam virando referência para quem assiste ou lê essas histórias. Como no caso das super-heroínas da Marvel e DC. Qualquer que seja o seu destino ou o que enfrentarão, ainda mais se do outro lado da batalha for um homem, a mulher protagonista parece ficar mais forte e também consegue o amor da sua vida, mostrando que é capaz de tudo.

Nos livros, o protagonismo feminino na maioria das vezes vem acompanhada de uma escritora mulher. Por exemplo, as Peças Infernais, Instrumentos Mortais da Cassandra Clare, onde as protagonistas têm seus poderes e se destacam por algo de especial que ao longo da narrativa que as torna melhor do que jamais imaginaram ser. Todos os livros da Sarah J Maas, como Corte de espinhos e Rosas, Trono de Vidro e Cidade da Lua Crescente, têm mulheres no comando, todas com suas histórias e evoluções. Além de muitos outros livros de fantasia que retratam a mulher, focando principalmente na sua evolução durante a história.

Este movimento é um grande avanço para o entretenimento e o mundo geek, pois incentiva as pessoas a explorarem e admirarem histórias contadas por mulheres. Elas ajudam a integrar a ideia, cada vez mais presente em nossa sociedade, de que toda mulher é capaz, e tem diferentes formas de mostrar força, ainda mais quando se trata da família e da sobrevivência.

Incentivar ao protagonismo feminino é extremamente necessário para colocar na cabeça dos leitores, telespectadores e consumidores, que mulher tem seu espaço garantido e pode ser tão útil e admirada quanto um homem, e além disso, levar a histórias para meninas e mulheres nas quais a protagonista será sua própria heroína e fará seu próprio final feliz.

*Texto por: Rafaela Ribeiro

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