Resident Evil 3 Remake – Como está o game após um ano de lançamento.
Um ano após Resident Evil 3 Remake, jogo com aspecto técnico muito bom, mas decepciona quem aguarda um game épico e grandioso como seu antecessor Resident Evil 2 Remake
Originalmente lançado em 1999 para o icônico Playstation, Resident Evil 3: Nemesis, ficou na memória e no coração de muita gente, sendo considerado por muitos fãs da série, o melhor Resident de todos os tempos, com dois protagonistas envolventes, Jill Valentine e Chris Redfield, ambos motivados para destruição da Umbrella Corps, e um vilão que constantemente deixava o jogador na beira da cadeira, assim que aparecia de repente sussurrando.- STAAARRS.
Vinte anos depois a Capcom trouxe uma nova versão do tão aguardando game, visto que no ano anterior (2019) a empresa brilhava os olhos dos fãs com o Remake de Resident Evil 2, que sem dúvidas nenhuma agradou a todos, respeitando tudo. Em abril de 2020, RE 3 Remake chegou às lojas das principais plataformas, e dividiu a opinião devidos aos seus pontos altos, que estão no aspecto técnico, mas desaponta em outros.
HISTÓRIA
O jogo original narra a jornada de Jill Valentine, que após os eventos de Resident Evil 1 dedica todos os seus esforços para acabar de vez com a Umbrella Corp’s. Apesar de ter obtido provas contra a Umbrella no primeiro jogo ao lado de Chris Redfield, Jill descobriu que a cidade de Raccoon City está sob o controle da empresa farmacêutica, então, nossa protagonista fica na cidade para obter outras provas contra a Umbrella.
Na linha cronológica, RE 3 ocorre junto aos acontecimentos do RE 2, mas preciso 24 horas antes e depois do segundo jogo, e vemos todo caos que o T-vírus está causando na cidade. Quase todos os cidadãos da cidade foram transformados em zumbis por um surto do T-vírus, um novo tipo de arma biológica secreta desenvolvida pela empresa farmacêutica Umbrella Corporation. No seu caminho para o RPD (Departamento da Polícia de Raccoon City), Jill encontra outro membro da equipe, Brad Vickers, e é aí que as primeiras impressões dos jogadores começam a se dividir no remake.
A nova versão do terceiro jogo é cheio de decisões controversas, inclusive com diversos fatos da trama, sendo modificados ou cortados, resultando em um jogo extremamente curto, perdendo toda a essência do original.
Momentos memoráveis como a Torre do Relógio, Jill na própria RPD e a morte de Brad, são apenas algumas das alterações que foram modificados ou de fato cortados por completo. É claro que toda essa reimaginação para a campanha prejudica a experiência de está decepcionando quem espera reviver os momentos gloriosos que RE 3 trouxe em 1999.
Um exemplo mais aprofundado dessa transformação na história é a morte de Brad: no jogo original o piloto do STARS é morto por Nemesis com seus tentáculos, enquanto na versão remake ele é mordido por um zumbi qualquer, se transformando em um deles. A parte da torre do relógio também foi retirada, onde temos apenas o confronto com Nemesis na parte de fora da torre.
As mudanças fazem com que o game seja curto, dando a sensação que poderia ter sido maior. Isso faz pensar se realmente vale a pena gastar seu dinheiro por um game tão curto, e que não tem nada para oferecer após seu termino. Realmente em termos narrativos, as mudanças não foram bem-vindas, o que empobreceu a história e encurtou o game.
GAMEPLAY
O game ainda tem uma Raccoon City predominante escura, como o ambiente do jogo é fechado, a exploração pode ficar limitada, sendo um game totalmente linear. Com uma jogabilidade fluida nos comandos, o game traz uma gameplay travada muitas vezes, que funciona muito bem para um tom de desespero que um bom survival horror tem. Os comandos do controle são intuitivos e segue a receita de RE2.
Uma das novidades bem-vindas é a possibilidade de Jill esquivar-se de ataques mudando a prática nos combates. Conseguindo executar a esquiva perfeita, a tela brilhará e você poderá executar um ataque crítico contra os inimigos, até mesmo contra as versões de Nemesis.
As transformações de Nemesis não te trazem muitas lembranças das que a criatura sofreu nos jogos originais, deixando o game ainda mais cara de ação do que a de terror. Mas o vilão, ainda causa momentos desesperadores, ao jogador principalmente durante as perseguições. Não espere quebrar a cabeça com puzzles memoráveis e únicos, como nos títulos anteriores. Os poucos momentos em que nos deparamos com eles, são extremamente simples e não oferecem dificuldade.
ÁUDIO
O áudio do game ajuda a trazer um clima de terror fazendo o jogador mergulhar de cabeça na cidade infectada, principalmente quando Nemesis está em ação. Você consegue ouvir os passos dos vilões te perseguindo quando ele entra em cena. Boa parte do clima de tensão em justamente do áudio ambiente que o game nos traz. A dublagem também está muito boa, dando vida aos personagens.
VISUAL
Tecnicamente o game é muito bom, repetindo a fórmula de Resident Evil Remake 2. A RE Engine continua a entregar tudo aquilo que RE2 entrega, um jogo realmente lindo e com uma jogabilidade muito fluida.
Sasha Zotova é a atriz Russa responsável por dar ainda mais personalidade a Jill Valentine, certamente um dos grandes acertos do game. Jill é dura na queda, e cada vez em que o Nemesis retorna vemos em sua expressão e tom de voz a frustração e raiva de enfrentar a arma biológica tantas vezes.
Modo Multiplay
RE 3 Remake, trouxe um modo online, chamado Project Resistence deve seguir essa mesma linha o game online é genérico, um multiplayer assimétrico de 4 x 1, no melhor estilo Dead By Dayligth. Jogar com vilão lembra muito os filmes de jogos mortais, pois é você quem dita o ritmo da partida. Porem a demora para achar alguma partida como vilão é grande. Jogar com os sobreviventes gera um estranhamento, pois a ambientação de alguns lugares é muito restrita, meio claustrofóbico dando muitas vantagens ao vilão. O trabalho em equipe é fundamental para vitória dos sobreviventes, se a equipe não tiver uma sincronia é capaz de todos morrer.
O multiplayer tem uma gameplay engessada, que funcionada na campanha de RE 3 Remake, mas irrita quem jogar o Project Resistence. Não final esse multiplayer não tem nada de novo e pode ser facilmente abandonado, pois, se enjoa muito fácil.
O modo Resistence além de ser esquecível, não compensa. Foi mais uma tentativa da Capcom emplacar um modo online de Resident Evil. Podemos dividir a crítica de RE3 Remake em dois tipos de públicos: O primeiro são pessoas que buscam o saudosismo e esperam uma experiência igual à do jogo original. Não tenho dúvidas que este grupo terão uma imensa decepção com o game.
O segundo são pessoas que não jogaram o primeiro game e vão entrar em contato pela primeira vez com RE 3 ou quem jogou o game de 1999 e vai de peito aberto ao jogo dispostos a mudanças. Se você faz parte deste segundo grupo, é garantido que o game vai te satisfazer, mesmo ainda deixando o gosto de quero mais, por ser tão curto. Ainda podemos dizer que RE 3 Remake carrega alguns elementos da primeira trilogia da franquia, que conquistou uma legião de fãs, porem um game é esquecível e não chega perto de ser brilhante como seu antecessor, acabara se resumindo em apenas é médio, e muito polêmico, que vai causar uma divisão de opiniões entre todos os fãs da franquia.
Texto por: Rafael Bittencourt
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