“Ricos de Amor” – As custas do carisma e atuação dos Atores
Longo e incoerente, longa brasileiro “Ricos de Amor” da Netflix só se sustenta no carisma de elenco.
O longa é a típica comédia romântica que cheia de brasilidades, há Brasil em todo canto do filme: desde as cidades pequenas e afastadas do Rio de Janeiro até as baladas que foram completamente envolvidas ao som de Alok, funk, sertanejo e a Mamonas Assassinas. E com todo roteiro, misturando um elenco mega carismático e junto a diversos elementos que poderiam se tornar belos aliados para uma obra incrível parece que não deu em festa. Ricos de Amor teve um roteiro fraco e transbordando clichês baseados em príncipes e princesas recheados de mentiras que nos leva a uma grande frustração.
Sinopse: Teto (Danilo Mesquita) é filho de Teodoro, um empresário rico que é conhecido como “O Rei do Tomate”. O rapaz, que em breve herdará a fábrica do pai, se apaixona por Paula (Giovanna Lancellotti), uma jovem decidida que estuda para ser médica e não vê a hora de se tornar independente. Com medo da reação da garota, Teto mente sobre sua condição financeira e finge ter origem humilde. Porém, essa mentira o coloca em uma série de desentendimentos.
O longa, apesar de tentar, demonstra a desigualdade e os privilégios que o filho do dono de uma grande empresa tem em relação a seus subordinados. O filme tem cenas e situações óbvias de troca de identidades como “O Diário de Uma Princesa” – no caso são “gêmeas” – que no longa “Ricos de Amor” troca-se de papéis Teto (Danilo Mesquita) e Igor (Jaffar Bambirra) que seria o “rico” e o “pobre” que vez ou outra até nos arranca risadas, principalmente quando as cenas são com o personagem do zelador (Marcos Oliveira).
De forma não muito trabalhada, o roteiro se vê diante de um cenário de assédio no trabalho que é colocado para os espectadores, onde a personagem Paula sofre assédio, porém não conseguimos enxergar onde e como isso pode nos levar, já que não temos o desfecho dessa parte da história. Pareceu mais uma falha e preguiçosa tentativa de mostrar que existe, mas que não merece atenção, enquanto vemos a resistência de Paula para seguir apesar do assédio.
Em outra ponta, temos Igor que se passa por Teto, batalhando por uma posição que Teto teria apenas por ser filho do presidente. Igor é constantemente abordado por sua superior, Alana (Fernanda Paes Leme), que demonstra sem nenhuma ponderação que está interessada no rapaz. Se o intuito era colocar como comédia, sinto lhe informar, mas a situação se torna tão incoerente que acaba gerando um desequilíbrio.
Acompanhe o trailer de “Ricos de Amor”:
Podemos concluir que, “Ricos de Amor”, teve seu final fácil demais para um filme tão longo,se tornando sem sustentação nenhuma. Chega a ser esquisito ver que uma comédia romântica como tal não tenha seguido as regras do gênero até o final.
*Texto por Caroline Dias
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