The Flash encerra de forma agradável o antigo DCU
The Flash é um filme aguardo por mais de 10 anos. E depois de tanta espera, temos um filme divertido, que fecha o ciclo do Snyder Verso e abre cominho para o reboot de James Gunn
The Flash estreia na semana passada, e tem como objetivo concluir o universo da DC por Zack Snyder, assim, entre sequências de filmes e um reboot pela frente, The Flash põe um ponto final em tudo isso, com um multiverso tão louco e nostálgico quanto o Homem Aranha Sem Volta para Casa.
A Warner trouxe o diretor Andy Muschietti, com experiências anteriores nos filmes de Terror It 1 e 2 para ser o líder nessa empreitada de The Flash, com a amarga missão de colocar um final para o Snyder Verso, e, ao mesmo tempo, limpar o terreno para a nova fase de James Gunn. E mesmo com todas as confusões de bastidores, The Flash consegue ser um filme de herói muito divertido.
The Flash começa com uma cena típica de quadrinhos, onde os heróis Batman, Flash e Mulher Maravilha salvam a cidade de um atentado. Nesse dia, vemos Barry Allen descobrindo seus poderes de viajem no tempo, ao mesmo tempo em que o julgamento de seu pai, preso injustamente pela morte de sua mãe, está próximo. Isso é gatilho para Barry voltar no tempo, salvar sua mãe e inocentar seu pai. E isso vai causar o caos no multiverso da DC.
The Flash é uma obra que bebe na sua fonte de quadrinhos. Com suas galhofas, dramas e ação, temos aqui um filme divertido, que cativa com um protagonista carismático. Sua estética de quadrinhos são retiradas das HQ, principalmente as cenas de como o regaste dos bebês, logo nos primeiros minutos, ou a pose de Barry para iniciar a corrida. As cenas de ação, principalmente envolvendo os Batmans (Ben Affleck e Michel Keaton) são impressionantes. Já o roteiro é baseado na HQ Flash Point, um texto com uma carga dramática e cômica. Nele vemos uma motivação válida de Barry para voltar no tempo e compramos sua dor.
Sua escolha, no entanto, vai bagunçar o universo do filme trazendo de volta Michael Keaton como Batman, Michael Shannon como General Zod, além de estrear Sasha Calle como Supergirl. Em The Flash também temos referências a outros universos como o Superman de Christopher Reeve e Brandon Routh.
Em The Flash, temos dois Flashs, e o ator Ezra Muller interpreta aqui ambos, o que é um desafio, até mesmo porque temos diversas cenas nas quais o ator contracena consigo mesmo, tendo sido necessário criar personalidade própria para cada Flash. Por isso temos um trabalho complexo e uma atuação competente de Ezra. Já Michael Keaton, mesmo com 71 anos dá conta do recado nas cenas de ação, mostrando todo seu talento que o consagrou como Batman no final dos anos 80.
Não temos nada de novo em The Flash, uma fotografia tipica de heróis, com referências ao estilo de Zack Snyder, com closes nos rostos, câmeras lentas, filmagens de baixos para cima. E, ao mesmo tempo, é um filme colorido e com bom humor, com um astral para cima. Porém, as CGI (Imagens de Computação Gráficas) deixam a desejar em alguns pontos dos filmes, perdendo um pouco da imersão da cena, mas isso apenas em alguns momentos pontuais do filme.
The Flash é um filme de herói, assim como tantos outros, sem nenhuma reinvenção, porém como ele absorve essa velha fórmula, diverte bastante. Um filme com bom humor, boas cenas de ação, e uma dose de drama natural envolvendo o protagonista. Temos em The Flash uma boa diversão, que encerra bem esse universo da DC.
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