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Por: Larissa Regina Diniz 12/10/2020
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Unravel the Dusk (Elizabeth Lim)

Não importa a forma como a história se lembrará de nós, se ela irá nos relacionar ao sol e a lua – que têm permissão de se encontrar apenas uma vez no ano – ou simplesmente a um garoto e uma garota tocados pelas estrelas. O destino fez sua dança para que nos encontrássemos.” (Unravel the Dusk – Elizabeth Lim – Tradução livre)

 

Unravel the Dusk (Desfiar o Anoitecer) é a continuação e volume final da duologia, baseada em mitologia chinesa, The Blood of the Stars (O Sangue das Estrelas), da autora Elizabeth Lim, iniciada pelo livro Spin the Dawn (Tecer a Alvorada – a resenha deste título você encontra aqui).

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Capa Internacional de Unravel the Dusk (Imagem Divulgação)

 

Em Unravel the Dusk, continuamos acompanhando nossa protagonista Maia Tamarin, uma garota que em Spin the Dawn, precisou se disfarçar de homem para participar da competição que decidiria o próximo Alfaiate Real, e acabou entrando em uma jornada para criar os três lendários vestidos da deusa Amana: os vestidos do Sol, da Lua e das estrelas. Vestidos estes que guardam, em sua costura, uma magia antiga, e que seriam responsáveis por finalmente trazer paz à A’landi.

O problema é que os vestidos sozinhos parecem não ter sido o suficiente, e as escolhas que Maia teve que fazer até aqui voltam nesse segundo livro para atormentá-la. Dentre elas, o contrato com Bandur, o demônio protetor de Lapzur, lar das estrelas.  Agora a coitada da moça está aos poucos se transformando também em um demônio.

E claro, como demônio pouco é bobagem, os esforços para manter a paz em A’landi estão indo por água abaixo, já que a verdadeira face do Shansem, inimigo da nação de Maia, finalmente mostra as caras: o demônio Gyurak.

 

Da mesma forma que no primeiro livro, o ponto mais forte de Unravel the Dusk com certeza é a ambientação e a escrita da autora, dois elementos que se complementam com perfeição para entregar aquela vibe asiática tão rara em produções ocidentais. Elizabeth Lim escreve como se tecesse um conto de fadas com as palavras, o que faz da protagonista uma personagem que parece enxergar tudo com uma áurea de encantamento e delicadeza, uma vez que o livro é escrito em primeira pessoa.

Unravel the Dusk é um livro de aproximadamente 400 páginas que passam sem você nem perceber, pois ritmo da história é muito fluído. A beleza da narrativa, porém, não impediu que, infelizmente, o roteiro desse segundo volume fosse ligeiramente inferior ao do primeiro.

Se em Spin the Dawn tínhamos um roteiro que fechava claramente um arco antes de começar outro, dessa vez a história toma um rumo meio “tudo junto e misturado”, o que, na minha opinião, deu aquela impressão de que a autora quis colocar várias ideias (que eram boas até) no enredo, mas que poderiam ter sido resumidas em algumas poucas cenas que já entregariam a mensagem sem precisar de muito vai e vem dos personagens. 

Algumas inconsistências do plot me incomodaram também, como os poderes que apareciam do nada mas que de repente a Maia era capaz de usar nos momentos de clímax da história. Outro ponto negativo foi a quebra de regras do próprio mundo criado pela autora: como afinal funcionam os poderes dos vestidos de Amana? Nunca entenderemos… eles davam certo ou errado de acordo com a conveniência do plot.

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Maia e Edan. The Blood of the Stars tem um dos romances mais fofinhos dentro das fantasias que li nos últimos tempos, tanto que considero essa uma fantasia romântica (arte por @doodlingraka)

Unravel the Dusk é um livro que entrega uma finalização satisfatória e nos deixa passar mais um tempinho nesse mundo tão encantador criado pela autora, além de nos entregar mais aventuras de personagens carismáticos que aprendemos a gostar em Spin the Dawn, como o feiticeiro Edan, a maravilhosa Lady Sarnai, que conseguiu, nesse volume, sua chance de brilhar. Ah, e a Ami, claro, a simpática criada do castelo do Imperador.

Apesar de não ser uma história 5 estrelas, The Blood of The Stars é uma fantasia romântica super gostosinha de ler, com uma ambientação original dentro dos nossos padrões eurocêntricos. Até por isso, estou aqui de dedos cruzados para que alguma editora nacional finalmente note essa história e traga para o Brasil!!

 

Nota da Larissa (@cons.ciencialiteraria): 3.5 estrelas

 

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