No segundo filme de Venom, vemos um personagem engraçado, tentando ter uma vida normal ao lado de Eddie Brock. Em 90 minutos, temos aqui uma boa diversão, com uma história bem fechada.

Venom está de volta às telas de cinema para uma sequência do primeiro filme. Nesta continuação temos uma melhora em todos os aspectos: roteiro, atuação e efeitos especiais. Antes de tudo, é preciso pensar na proposta da Sony de fazer um filme que não se leve a sério e pegar o personagem, inicialmente um vilão nos quadrinhos, e transformá-lo em herói, uma criatura mais simpática aos olhos do público. E essa estratégia da Sony é atingida com sucesso, com um protagonista engraçado e carismático.

Tempo de Carnificina começa com Eddie Brock e o simbionte vivendo uma vida conjunta, até que o jornalista é convidado pelo serial killer, Cletus Kasady, para contar a história de sua vida. Porém tudo sai errado, e Brock provoca a fúria em Cletus. Em uma briga entre ambos, o assassino é contaminado pelo simbionte, dando vida ao vilão Carnificina.

A história do segundo filme de Venom é bem fechada, que faz o básico de roteiro, porém com uma escrita redonda, onde a jornada dessa vez é uma aventura divertida de acompanhar. Temos muita comedia e piadas, principalmente com a interação entre Venom e Eddie Brock. A química entre os dois personagens é fluida, com Eddie Brock fazendo o papel de rabugento e o simbionte sendo o alívio cômico, dando um contraste divertido para o filme. No fim, temos uma cena pós credito que se conecta ao Universo do MCU, com aparição de Tom Holland como Homem-Aranha.

Tom Hardy mais uma vez detona como Venom. Fica claro que ele está se divertindo em sua atuação, o que traz para o personagem uma carga leve, em um trabalho onde se destaca. Já o Carnificina, interpretado por Woody Harrelson, é um vilão raso, porém seu jeito de atuar como serial killer é fantástico. As expressões que o ator faz nos convence do perigo que o Carnificina representa. Ambos os atores se destacam e entregam um trabalho competente na parte cênica.

Os efeitos especiais estão melhores que o primeiro filme, mas eles são camuflados pela ambientação escura. Temos uma cena final que poderia ser épica, mas devido ao tom dark da fotografia ele perde conteúdo. Portanto, a filmagem e fotografia deixam a desejar em alguns momentos, principalmente na ação.

Venom 2: Tempo de Carnificina é um filme divertido, bom para passar o tempo e dar algumas risadas.

*Texto por Rafael Bittencourt

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