Do Filme ao Profissional: Produtores Culturais – e todos – precisam ver “Axé: Canto do Povo de Um Lugar”
Você que sonha em ser ou está estudando para se tornar produtor cultural, entenda que Axé: Canto do Povo de Um Lugar é um filme necessário durante sua formação.
Assisti tarde demais – tendo em vista que o filme é de 2016 e iniciei na formação em 2018, mas esse filme me auxiliou a entender melhor sobre diversas coisas, e principalmente, sobre o produtor musical e a origem do Axé.
O longa coloca a visão e opinião de diversas pessoas do meio da comunicação, tais como: artistas, produtores musicais, compositores, cantores, radialistas, técnicos de som, entre outros profissionais incríveis que souberam exemplificar a profissão do produtor cultural – tanto quanto produtor musical como produtores de eventos se tratando dos eventos de rua como o carnaval e trios elétricos.
A história contada de forma – parecida com – documental nem faz parecer que estamos diante de quase 120 minutos de filme, o que me fez ficar apaixonada e pensar no quanto isso poderia se tornar uma série ou uma sequência contando os diversos gêneros musicais que conhecemos – fica a sugestão. Temos grandes nomes da música que passaram pelo Axé e suas jornadas em diversas bandas e grupos musicais que nem acreditava que seria possível.
Já nos finalmente do filme, são mostrados os novos nomes do Axé Pop, Ivete Sangalo e Cláudia Leite. Neste ponto, o entrevistador questiona a Ivete: “Alguns artistas que entrevistei que disseram que não existe o movimento porque a música baiana não dá mão, um artista não dá mão ao outro que…” ao que a nossa Vevete lindíssima responde:
“Alguém lhe disse isso? Então vai ver eu sou doida (…) A minha postura diante aos meus colegas e a tudo que é gerado aqui é uma postura de partilhar, de dividir. Eu particularmente tanto na minha busca na minha deliberação de dividir quanto no contrário. Eu não sinto isso”, disse Ivete. Além de ser a cantora incrível que é, o profissionalismo intrínseco dela é esplendoroso.
Quando me interessei em assistir, inicialmente, foi por conta da religiosidade que está envolvida, já que o gênero do axé não teria exatamente este nome se não tivesse se originado na Bahia, estado de origem do Candomblé. Se observarmos, o Axé se utiliza de muitos objetos de percussão, objetos que são usados para cultuar a religião do Candomblé, Umbanda e Umbandonblé – Terreiros que cultuam a Umbanda e o Candomblé.
Trailer “Axé: Canto do Povo de Um Lugar”:
Posso concluir que, além de um grande aprendizado de cultura com a origem do gênero musical de Axé, conheci muitos artistas, cantores, musicistas, técnicos e produtores musicais que têm o domínio do que fazem e amam sua carreira. Entendi a perspicácia que o produtor cultural e musical precisa para estar nesse universo da música.
*Texto por Caroline Dias
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