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Por: Letícia Bortoleto Vargas 24/09/2020
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Bakuman – O case de sucesso

Dois jovens correndo atrás do sonho de ser mangaká

Bakuman é uma das maiores imersões no mundo da produção de mangás e se você discorda, está errado. Um shounen que reúne sonhos, frustrações (dias de luta/dias de glória) e a dura realidade que é viver como “sensei” de uma obra em terras nipônicas.

Bakuman GIF - Find on GIFER

A história começa com dois jovens do 9º ano, Morikata Mashiro e Akito Takagi, onde Takagi é ótimo escrevendo histórias, mas não presta pra desenho (sei como é), então seu sonho de ser mangaká estava meio comprometido. Todavia, ele descobre que seu colega de classe, Mashiro, desenha muito bem e pede para que eles formem uma dupla de mangakás.

No começo Mashiro rejeita a ideia (tem toda uma treta envolvendo seu tio que era mangaká), mas no final ambos decidem embarcar nessa com um objetivo claro: fazer com que uma de suas obras vire anime, de forma sua colega de classe (Miho Azuki) duble a protagonista. Além disso, tem também o lance do casamento dela com o Mashiro…

Opa, espera aí, como é?

Então, nosso jovem cheio de timidez sempre gostou da Miho e resolveu se declarar, todavia sua declaração foi um pouco além e ele a pediu em casamento. Nossa jovenzinha aceitou (acredite se quiser) e no meio disso tudo veio essa condição dela dublar o anime deles, já que o sonho dela é ser dubladora (é um anime cheio de sonhos). Isso que eu disse não chega a ser spoiler, só para deixar claro.

Quero ser Mangaká! | Recomendação Bakuman | Otanix Amino
Quem não reconhece?

Enfim, os protagonistas adotam um nome para a dupla (Ashirogi Muto) e nós vamos acompanhando a vida desses jovens em busca de seus sonhos. 

Primeiro de tudo, a imersão que eu mencionei logo ali em cima. Se você tem alguma curiosidade sobre como funciona o processo de ideia/produção/comercialização de um mangá, aqui irá aprender tudo. Vemos eles quebrando a cabeça para desenvolver a história e arte, depois tentando entrar em uma das maiores editoras do gênero no Japão para vender a história (sim, estou falando da Shueisha). Acredite, se entrar já é difícil, pior ainda é conseguir permanecer por lá.

Bakuman é uma história cheia de metalinguagem, com episódios que aprofundam a relação entre editor e mangaká, mostrando como é difícil ter uma obra aprovada e mantê-la na revista semanal da Jump. Ainda mais quando ela depende, entre outras coisas, de popularidade entre os leitores e ainda está concorrendo com várias outras obras, inclusive com aquelas que já são famosas. Já acompanhou algum mangá que sentiu que terminou muito rápido? Talvez esse possa ter sido o motivo.

Bakuman

Das coisas que mais gosto, uma é a evolução da história e dos próprios personagens. Nós vemos o tempo passar e ambos envelhecendo e amadurecendo, se formando, etc. Nada é imutável, então vemos várias mudanças acontecendo ao redor dos dois, algumas boas, outras ruins, mas todas acrescentando mais e mais a história. E não pensem que a menina ficou esquecida lá no começo da história, também temos o prazer de ver ela crescendo atrás do seu sonho de ser dubladora.

Outra coisa muito legal é a criatividade dos gênios por trás de Bakuman (alerta de puxa-saco). Estou falando de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, mesmos criadores de Death Note, que conseguem trazer tantas histórias diferentes pra dentro da obra. Quero dizer, além dos mangás que os protagonistas “criam” pra vender pra Shounen Jump, também temos os mangás dos personagens secundários, outros mangakás que “concorrem” com os protagonistas dentro da editora. O melhor é que essas histórias criadas só para o universo de Bakuman parecem tão boas que poderiam muito bem ser publicadas na vida real.

Segue aqui um momento de apreciação só para os personagens secundários, todos com seus próprios sonhos e frustrações:

Temos mangakás frustrados que não conseguem evoluir suas obras, que acabam por tê-las  canceladas na revista. Aqueles que nem conseguiram virar mangaká e acabaram só como ajudantes desses profissionais. E temos O prodígio, Niizuma Eiji, que virou um mangaká famoso logo jovem e tem uma das maiores vendas na revista.

Logo que ele aparece, você já pensa que ele vai ser o vilão da história e ferrar com a vida dos nossos jovens. Só posso dizer que Eiji é o melhor rival que se poderia querer! (pra não dar spoilers)

Como mencionei, o pano de fundo é a editora Shueisha, mais especificamente a Weekly Shounen Jump (revista semanal de mangás), afinal a obra original foi publicada lá. Então, além de aprendermos mais sobre o trabalho na empresa, vira e mexe nos deparamos com menções e imagens de obras famosas da mesma.

De repente alguém passa por um corredor e vemos um pôster de Naruto, ou uma estante de mangás de Dragon Ball, ou uma menção ao número de vendas de One Piece. Tudo isso acontece mesmo.

Como criar um mangá | parte 1 ( Criação de um mangá ) • | °Desenhistas Do Amino° Amino

Bakuman teve sua história inteiramente adaptada para anime (escorre até uma lágrima de felicidade), com 3 temporadas e um total de 75 episódios, produzidos pelo estúdio J.C. Staff (conhecido por obras como Toradora e Shokugeki no Souma). Inclusive, a história também ganhou uma adaptação para filme live action, em 2015.

Na minha sincera opinião (nem um pouco fã), se você gosta/consome conteúdos como anime e mangá, principalmente, deveria se dar uma chance de aprender mais sobre eles. Eu digo aprender, mas não de uma maneira maçante.

A história realmente te envolve e cada vez mais você só quer ver os protagonistas alcançando seus sonhos, e até fica triste pelos outros personagens que acabam levando uma rasteira da vida.

Então coloque Bakuman na sua lista de prioridades, você vai me agradecer depois. Segue a primeira abertura, só pra alegrar:

Por: Letícia Vargas

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