BGS 2022 – De volta à maior feira de games da America Latina.
Depois de 2 anos de pandemia, Brasil Game Show (BGS) voltou com sua maior feira de jogos da America Latina, onde tivemos reencontros, e-sports e games
A Brasil Game Show (BGS) voltou com seu evento presencial depois desse período pandêmico. Completando 10 anos de festival aqui em São Paulo, a maior feira de games se modifica ao longo do tempo, e hoje já não tem mais o foco em videogames. Em 2022 vi uma exposição mais heterogenia, onde os jogos dividiram seu protagonismo com os e-sports e tecnologia.
Lembro que minha primeira BGS foi em 2012, há exatos dez anos. Na época, o evento foi marcado por trazer em antecipado alguns games que seriam lançados. Lembro muito bem de jogar God of War Ascension e testar o multiplayer online do games, Assassin Creed 3, Pokemon X e Y, Metal Gear Rising, Halo 4 e uma DLC inédita para Battlefield 3.
Foi muito impressionante testar algumas das novidades meses antes de seu laçamento no mercado, mas dez anos depois, o foco mudou, e a experiência ganha um novo significado, assim como seu público. Em 2022, ao chegar na BGS meu primeiro movimento foi andar em volta do ambiente, e de cara percebi que não estava mais em uma simples feira de games. Os esportes eletrônicos eram o grande destaque, com alguns toques de cultura pop, chegando próximo de uma CCXP.
Há poucos metros da entrada principal tinha uma arena de e-sports patrocinada pelo Monster Enérgico, com um público ansioso para as partidas de CS e Valorant. De longe uns dos lugares mais empolgantes da BGS, com uma torcida super aquecida. Andando pelo evento não deixar de como as marcas de tecnologia estavam fortemente presente: Twitch, Tik Tok, AMD, Intel, samsung entre outras empresas (muitas delas patrocinadoras dos times de e-sports), tinham seus espaços interativos, com PC gamers e brindes para galera, proporcionou uma grande vivência para o público.
O protagonismo na BGS 2022 foi sem dúvidas dos pro-players, sempre presente nos maiores stands. Sejam jogadores de LOL, CS, Valorant ou outros e-sports, eles sempre comparecimento os palcos. Mesmo eu, que não sou um entendedor desse mundo de pro-player e espote eletrônicos, consegui aproveitar esse momento.
Um pouco mais afastado, tinha um espaço enorme paras duas gigantes japonesa, Nintendo e Playstation, uma do lado da outra. Sem dúvida foi o lugar que mais gostei, onde testei o PS5, jogando Ratchet & Clank: Rift Apart, Gran Turismo 7, Horizon Forbidden West e The Last of Us Remake. No fim do último, tivemos um momento emocionante com os dubladores dos games da Sony. Foi muito ver uma empresa desse porte investindo no Brasil, só lamento que não tivemos novidades de God of War Ragnarok.
Já pelo lado vermelho da Nintendo, foi um show a parte, diversos jogos recém lançados disponíveis e de quebra uma novidade quente e exclusiva da BGS: joguei por alguns minutos o próximo lançamento da Nintendo, Mario + Rabbids Sparks of Hope, game que chegará dia 20 de outubro nas lojas. Foi incrível a experiência que Nintendo possibilitou, mostrando uma vontade de voltar ao mercado brasileiro.
Outra empresa japonesa que marcou a BGS foi a Capcom, com uma demo exclusiva de Street Fighter 6, que será lançado ano que vem. Talvez esse tenha sido o game da Brasil Game Show 2022, com filas enormes para os jogadores testarem o game de primeira mão. Fora que sexta-feira, tivemos uma entrevista exclusiva com os desenvolvedores de Street Fighter 6, Takayuki Nakayama e Shuhei Matsumotono palco do Tik Tok.
Não posso deixar de mencionar aqui a Avenida Indie, um espaço dedicado aos jogos de desenvolvedores independentes brasileiros, com games espetaculares, mostrando a potência que a indústria tem no Brasil. Jogos feitos por alunos do Senac, ou de estúdios menores, com um ou dois desenvolvedores expondo seus trabalhos na maior feira de games da America Latina. Destaque para Parallel, game super lindo e bem feito por uma única pessoa.
BGS 2022 foi um momento de encontro, onde a feira mostrou novas tendências dentro do mercado de games. E-sports, influencer e uma forte participação da cultura pop transformaram a BGS, indo além dos nichos gamer.
Texto Por: Rafael Bittencourt
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