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Por: Thais Moreira 07/11/2024
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Sucesso de público e crítica, Brilho Eterno, com Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, reestreia no dia 10 de janeiro de 2025 no Teatro Bravos

Dirigida e idealizada por Jorge Farjalla, a peça Brilho Eterno teve temporadas esgotadas em 2022 e venceu quatro prêmios, incluindo o Bibi Ferreira de melhor espetáculo. Ingressos já estão à venda no sympla.com.br e na bilheteria 

O papel cada vez mais essencial das relações humanas, sobretudo no mundo pós-pandemia, reflete-se em Brilho Eterno, espetáculo com idealização, direção e encenação de Jorge Farjalla e os atores Reynaldo Gianecchini, Tainá MüllerWilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian no elenco.

A montagem, que estreou em 2022 com grande sucesso de público e crítica, volta em cartaz de 10 de janeiro a 23 de fevereiro de 2025, no Teatro Bravos, com apresentações às sextas, às 21h, aos sábados, às 17h e às 21h, e aos domingos, às 18h. Os ingressos já estão disponíveis em www.sympla.com.br e na bilheteria do Teatro.

O trabalho é livremente inspirado no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), escrito por Charlie Kaufman, dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey e Kate Winslet. A nova temporada do espetáculo celebra os 21 anos desse longa-metragem vencedor do Oscar de melhores roteiro original e atriz. Recentemente, a obra ganhou uma outra homenagem da cantora estadunidense Ariana Grande, que lançou o videoclipe para a canção “We Can’t Be Friends (Wait For Your Love)” inspirado no drama.

Brilho

Brilho Eterno também festeja a parceria entre Reynaldo Gianecchini Tainá Müller, iniciada com a série “Bom Dia Verônica”, que é sucesso na Netflix. A encenação ainda consolida o encontro artístico entre Farjalla e Gianecchini, que também co-produz a montagem, ao lado de Marco Griesi (Palco 7 Produções) e Daniella Griesi (Solo Entretenimento) como produtores associados. 

A parceria havia sido idealizada há mais de quatro anos, imediatamente após o diretor revelar ao ator seus planos para o texto. Contudo, compromissos profissionais de ambos e, posteriormente, a pandemia da Covid-19, adiaram temporariamente o projeto.

Uma nova história

Com dramaturgia de André Magalhães e do próprio Farjalla, Brilho Eterno não conta no palco a história já vista nas telas. A peça questiona, de maneira lúdica e por muitas vezes cômica, o quanto as pessoas se mostram dispostas a viver situações de sofrimento por amor durante a vida. 

Na trama, Jesse e Celine sentem a necessidade um do outro, de maneiras e intensidades diferentes. Com a detecção de uma incompatibilidade, a necessidade continua sendo o mote da relação do casal, mas não a do amor dependente, cinematográfico e de últimos capítulos. Que o amor gera sofrimento todos sabemos, ao menos aqueles que já amaram, de fato.  O quanto as pessoas estão disponíveis a assumir esses momentos de sofrimento durante a vida? 

Para Reynaldo Gianecchini, o espetáculo presta uma homenagem ao filme e a seus fãs, mas, ao propor uma nova trama atualizada e contada de maneira leve de forma não linear – variando entre presente, passado e alucinação -, permite que cada espectador “monte seu quebra-cabeças”, encontrando outros significados a partir das próprias experiências. 

“Você pode até apagar um amor da mente, mas não pode apagar do coração. O brilho eterno é esse, o que não se apaga. Acredito que esta essência é a maior conexão entre a peça, o filme e o público que irá nos assistir”, resume.

Brilho

A convicção de que os afetos e os valores passaram por grandes transformações desde o lançamento do filme (2004) também foi um elemento preponderante no processo de criação da peça. Mais à frente, foi preciso levar em consideração ainda o impacto da crise global de saúde global no cotidiano. 

Tainá Müller ressalta que, por tudo isso, alguns temas da obra original, ainda que tenham marcado o imaginário de uma geração, hoje podem ser discutidos de outra forma, especialmente a representatividade feminina. Para tanto, a peça investe em uma abordagem mais contemporânea e equilibrada entre os protagonistas.

“Era preciso compreender quem são, hoje em dia, esse homem e essa mulher. Além disso, em nossos diálogos, concordamos que a personagem feminina deveria estar em cena mais como ‘sujeito’ e menos como ‘objeto transformador’ do personagem masculino”, relata a atriz.

Jorge Farjalla acrescenta: “Joel e Clementine, personagens originais, servem como referência e espelho para Jesse (Reynaldo Gianecchini) e Celine (Tainá Müller), porque ambos são fascinados pelo filme. Mas a partir daí criamos um novo texto que obviamente traz elementos e o fio condutor do original, mas com outros personagens e situações em torno dos protagonistas”

O espetáculo, por sinal, sugere uma ruptura do diretor e encenador com o estilo barroco – consagrado em trabalhos recentes como Dorotéia (2017)Senhora dos Afogados (2018) O Mistério de Irma Vap (2019). Desta vez, ele aprofunda seu olhar sobre o fazer teatral e a teatralidade da cena, colocando-os em primeiro plano. 

Esta intenção se manifesta ora com elementos mais realistas – desde a concepção dos figurinos casuais, também assinados pelo diretor, até o jogo proposto entre atores, objetos e adereços -, ora envolto em um universo mítico – como a referência à Caixa de Pandora, base da cenografia de Rogério Falcão, que dialoga com o intenso design de luz de César Pivetti e a precisa música original de Dan Maia. Na visão do diretor, essa tríade no jogo cênico ganha status de personagem durante a montagem. 

“Tenho refletido ultimamente sobre o quanto será importante fazer teatro desta forma, falando sobre amores e dores, com leveza e humor em certos momentos. A pandemia tem nos mostrado diariamente a importância dessas relações para o todo”, conclui o diretor. 

Sinopse

Jesse e Celine sentem a necessidade um do outro, de maneiras e intensidades diferentes. Com a detecção de uma incompatibilidade, a necessidade continua sendo o mote da relação do casal, mas não a do amor dependente, cinematográfico e de últimos capítulos. Que o amor gera sofrimento todos sabemos, ao menos aqueles que já amaram, de fato.  O quanto as pessoas estão disponíveis a assumir esses momentos de sofrimento durante a vida? Isso é o que nos questiona “Brilho Eterno” de maneira lúdica, mas não leve de efeitos colaterais.

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