“Fuja” – Novo Suspense da Netflix chegou com novo talento, chamada Kiera Allen
Apesar de previsível, “Fuja” veio para mostrar que pode ser surpreendente
O longa que estreou no catálogo da Netflix nesta sexta (02/04) com uma proposta interessante e mesmo que com roteiro previsível trouxe à tona um final muito interessante e surpreendente. E mesmo que com a ideia de superproteção de uma mãe carente e em busca de construir uma família faz com que crie sua filha dopada com remédios e seja controladora durante um longo período do filme.
Posso garantir que este é um dos “Fuja” em que é possível prever todas as suas reviravoltas nos primeiros momentos. Mas mesmo com a premissa familiar, o impacto de ver uma garota sofrendo nas mãos da própria mãe, criada em uma vida de mentiras, se mantém intacto em uma obra repleta de tensão.
A trama acompanha Chloe Sherman (Kiera Allen), uma garota que, por complicações no nascimento, tem asma, hemocromatose, paralisia, diabetes e arritmia cardíaca. Apesar de uma intensa rotina de cuidados e remédios, a jovem de 17 anos anseia por um futuro promissor na universidade. Um dia, quando percebe que sua mãe, Diane (Sarah Paulson), age de forma suspeita com uma nova medicação, Chloe passa a questionar as boas intenções de sua cuidadora.
O filme segue as regras de reviravolta de exemplos como Louca Obsessão ou mesmo a adaptação The Act, e a repetição em Fuja a torna um pouco batida. Mas reduzi-lo à sua falta de originalidade diminui os seus muitos acertos. Muita da força do longa está na direção de Aneesh Chaganty. O cineasta já havia demonstrado potencial em Buscando… (2018), suspense com John Cho gravado inteiramente por telas de computador e celular. Enquanto Fuja é menos inventivo, é visível que Changanty sabe trabalhar muito bem a atmosfera ao deixar o espectador tão apreensivo quanto Chloe, que rapidamente percebe ter sido isolada pela mãe.
Certamente o que me deixou motivou com o longa foi descobrir que a Netflix fez a feliz escolha de se utilizar da atriz Kiera Allen para o elenco, atriz esta que não apenas interpretou uma personagem deficiente para o filme, mas que na vida fora das telonas também trata da deficiência em sua realidade. A representatividade está gradativamente chegando as telas de forma casual, mas incisiva como no suspense.
Mesmo que sua abordagem não seja das mais originais, “Fuja” conquista pela execução e pelo talento envolvido. Aneesh Chaganty novamente entrega um suspense altamente sufocante, ainda que não seja tão marcante quanto Buscando…, capaz de prender o espectador a cada nova virada, e se estabelece como um dos diretores novatos mais interessantes para ficar de olho.
*Texto por Caroline Dias (@caroldias.oficial)
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