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Por: Thais Moreira 02/09/2021
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Modern Love: Uma série sobre todos os tipos de amor

A série que te mostrará um novo tipo de amor a cada episódio.

Das séries originais da Amazon Prime Video, uma das que mais se destaca é Modern Love. A série estadunidense é dirigida por John Carney, e é inspirada em uma coluna do The New York Times que leva o mesmo nome. Os episódios antalógicos da primeira temporada conquistaram uma legião de fãs e, agora, a série retornou para uma segunda temporada cheia de histórias de amor.

Para os fãs de comédia romântica, como eu, Modern Love é uma ótima pedida. A série acompanha histórias diferentes em cada um dos episódios, todas histórias de amor contadas pela coluna Modern Love do The New York Times. Coluna essa que virou livro e podcast do mesmo título, antes de virar programa de TV, ou seja, independente da forma que você prefira consumir conteúdo, você poderá aproveitar as histórias da coluna. A série, em especial, lançada em 2019, incorpora essas histórias em belos capítulos que farão você chorar, com certeza.

O diferencial de Modern Love é que, por mais que fale sobre histórias de amor, a série está longe de se prender no clichê do amor romântico. Pelo contrário. Ela mostra diversos tipos de amor: entre amigos, figuras paternas, filhos e, quando mostra o amor romântico, a série explora suas formas, com todos os tipos de casais e relacionamentos, que funcionam e que não funcionam, deixando bem clara a imperfeição e versatilidade em que o amor se apresenta dentre os seres humanos.

Modern Love
When The Doorman is Your Main Man / Reprodução: Brian Rea, para o The New York Times

A primeira temporada possui muitos episódios fortes e muitos consideram ser melhor do que a segunda. Algumas menções honrosas da primeira temporada com certeza são: o primeiro episódio When The Doorman is Your Main Man, que apresenta a relação entre Maggie (Cristin Milioti) e seu porteiro, Guzmin (Laurentiu Possa).

A relação é completamente platônica, quase parental, e o papel que o porteiro desempenha na sua vida enquanto ela passa por diversos conflitos, inclusive uma gravidez imprevista, é essencial, sem ser romântico. É muito bonito ver como a série contou essa história real de forma tão complexa, a fazer parecer fictícia.

Outro episódio que merece menção honrosa é o terceiro, Take Me As I Am, Whoever I Am, estrelando Anne Hathaway no papel de Lexi, fazendo uma estrelar performance sobre bipolaridade, e como condições psicológicas afetam os relacionamentos. Quando vemos Lexi tentando manter sua rotina e seus relacionamentos, principalmente românticos, enquanto vive com bipolaridade, conseguimos entender pelo menos um pouco a doença e quem vive com ela. É com certeza um episódio completamente fora do comum visto em comédias românticas. E o final, com a Lexi finalmente fazendo uma amiga que está disposta a compreendê-la, é muito bonito.

Além desses episódios, com elenco maravilhoso, temos também Dev Patel, Catherine Keener e Caitlin McGee no mesmo episódio, o segundo da primeira temporada: When Cupid Is a Prying Journalist. No episódio, a personagem de Catherine Keener é Julie, uma jornalista que está entrevistando o personagem de Dev Patel, Joshua, criador de um aplicativo de relacionamentos. Os dois acabam contando um para o outro a história de suas maiores paixões, a de Joshua sendo Emma, interpretada por Caitlin McGee. Julie, que é casada, também conta como sua maior paixão não é o seu marido. O episódio entra na questão da traição e do perdão, e é muito bonito ouvir os dois personagens narrando histórias cheias de nuance.

O elenco é parte marcante de Modern Love. Além dos nomes já mencionados, a primeira temporada também tem como elenco Andrew Scott, Olivia Cooke, Brandon Kyle Goodman e Ed Sheeran, no sétimo episódio Hers Was a World of One. No quarto episódio, Rallying to Keep the Game Alive, temos Tina Fey e John Slattery contracenando como casal em crise. E isso é só na primeira temporada.

Modern Love
On a Serpentine Road, With the Top Down / Reprodução: Brian Rea, para o The New York Times

A segunda temporada, que foi lançada dia 13 de agosto, trouxe de volta o aconchego e as lágrimas que só Modern Love sabe proporcionar. A série retorna com mais 8 episódios tocantes e cheios de dimensão. O primeiro episódio da segunda temporada, On a Serpentine Road, With the Top Down, traz Minnie Driver no papel de Stephanie, uma mulher lidando com o luto e a perda de seu primeiro marido e, consequentemente, se tornando apegada ao carro que eles usavam.

Ela, que se casa novamente, compartilha a realidade de quem passa pelo luto e tem que lidar com o “deixar ir” de uma pessoa amada que se foi. A forma como isso é retratado com ela, sua filha e seu atual marido são de uma sensibilidade ímpar.

O segundo episódio, The Night Girl Finds a Day Boy, acompanha Zoe (Zoe Chao) e Jordan (Gbenga Akinnagbe) enquanto eles tentam manter um relacionamento dentro da dinâmica dos dois. Zoe sofre de Síndrome do atraso das fases do sono, uma condição em que a pessoa não dorme durante a noite, e tem um atraso de horas na fase do sono.

Por Jordan não ter a síndrome e Zoe não conseguir simplesmente readaptar suas fases de sono, os dois estão acordados em momentos diferentes, Zoe apenas a noite e Jordan apenas durante o dia. Isso gera diversos conflitos e desencontros, e nos ensina uma importante lição sobre comprometer e fazer sacrifícios em prol da pessoa amada. Além, é claro, de nos ensinar sobre uma síndrome nova e bastante rara.

O sétimo episódio, How Do You Remember Me?, é, talvez, um dos mais tocantes da temporada, por mais simples que ele seja. O episódio retrata o reencontro de Ben (Marquis Rodriguez) e Robbie (Zane Pais). Os dois passaram um noite juntos e, quando veem um ao outro anos depois na rua, a série mostra a forma como os dois se lembram da noite. É perfeito como podemos ver o paralelo entre a percepção diferente que eles tiveram dos acontecimentos do momento e, consequentemente, o que os levou a não falarem mais um com o outro.

A segunda temporada é fechada com chave de outro no último episódio com a história de Elizabeth (Sophie Okonedo) e Van (Tobias Menzies), um casal divorciado que, ao reatar o relacionamento, se veem aprendendo a amar um ao outro novamente. Porém, Elizabeth é diagnosticada com câncer, o que coloca um muro de sentimentos confusos entre os dois. É um episódio marcante sobre os desafios encontrados por casais que lutam juntos com doenças, além de falar sobre reencontros e perdão dentro de um relacionamento reatado.

Modern Love
Modern Love – Segunda Temporada / Reprodução

Com esses exemplos, fica claro que Modern Love tem uma premissa familiar, de comédia romântica, mas é muito diferente do que estamos acostumados a ver. Todas as histórias retratadas na série são reais, isso traz um peso diferente para as lições que a série nos passa. Além de nos proporcionar a experiência de aprender como funcionam diferentes tipos de amor e diferentes tipos de pessoa, Modern Love inova ao manter a realidade das histórias, tornando a experiência de assistir a série algo estranhamento familiar.

Diferente da primeira temporada, o episódio final da segunda temporada não apresenta o crossover de todos os personagens aparecendo e pela cidade de Nova York. Isso se dá, possivelmente, porque as histórias da segunda temporada se passam em lugares diferentes do mundo, e isso é algo que os fãs notaram, pois muitos esperavam pelo crossover. Isso, porém, não compromete a qualidade da temporada.

Mesmo que muitos tenham achado a segunda temporada um pouco mais fraca que a primeira, a recepção do público foi boa. Muitos já esperavam pela nova temporada, e foi reconfortante ver a série de volta. Modern Love, por ser antalógica, é uma série mais tranquila, sem muita preocupação com continuidade entre episódios e temporadas. Então, mesmo que não traga a intensidade da primeira temporada, a segunda não fica atrás nas histórias.

Sendo assim, Modern Love é uma excelente recomendação para que gosta de comédia romântica, e séries com mensagem. Ela é leve, e pode ser maratonada em um fim de semana no máximo, e é a típica série que começamos a assistir rindo, e terminamos chorando.

Texto por: Thais Moreira


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Comentários
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